domingo, 21 de junho de 2015

Capitulo 107


"Eu amo esse lugar, mas ele é assombrado sem você"


- Eu,eu posso ver ela ? - perguntei aflito, ele balançou a cabeça negativamente
- Creio que vê-la agora só fara mal ao senhor - me olhou com pena - Peço que se acalme um pouco, antes de eu o autorizar a ver sua mulher. Agora se me der licença - ele se foi e eu me sentei. Bruna chorava descontroladamente e Lucas tentava me acalmar dizendo que tudo ia ficar bem.
- Cara se acalma, só vai piorar se você ficar nervoso
- Você não entende Lucas, se eu perder ela não vou ter forças pra continuar - o fitei - Nem vou saber como cuidar dessa criança - olhei pras minhas mãos - Eu teria que largar minha carreira pra cuidar do bebe, e eu nem sei se aguentaria fazer isso
- Você não tem que pensar assim Luan, ela vai ficar bem - colocou a mão em meu ombro - Ela já passou por uma situação pior e sobreviveu, ela é uma mulher forte Luan, tenho certeza que ela vai passar por isso - pausa - O corpo dela só precisa de um tempo pra se curar - Assenti e abaixei a cabeça, naquele momento eu não conseguia falar, não saia nenhum som da minha boca.

( ...)

Sei que devia ter ligado antes mas foi tudo tão rápido, quando finalmente consegui ligar pros meus pais e contar tudo o que estava acontecendo eles entraram em desespero, me mandaram ficar calmo e disseram que estavam vindo pra cá. Não fiquei surpreso ao vê-los entrando em questão de menos de dez minutos, eles devem estar tão aflitos quanto eu. Minha mãe se sentou ao meu lado e me abraçou sem dizer nada, olhei pro meu pai e ele parecia compreender a minha dor, parecia estar sentindo dor também, afinal, a Jéssy é a da nossa família agora, e nós a amamos.
- Nossa senhora vai salvar ela filho, eu tenho fé - minha mãe disse apertando o seu terço
- Não se desespere meu filho, nós estamos aqui com você, vamos te apoiar - meu pai disse batendo em meu ombro - Ela é forte, vai melhorar, eu sei que vai
- Vocês querem alguma coisa? Uma água, algo pra comer ? - Fernando perguntou se levantando - Preciso comprar cigarros - disse mostrando seu maço vazio - Posso trazer algo se quiserem
- Não querido, muito obrigado - minha mãe respondeu - Ah não ser que os meninos estejam com fome - nos olhou, eu e Bruna fizemos que não, Lucas também recusou
- Bem, se precisarem me liguem, a Bruna tem meu numero - fez um gesto de cabeça. Ele saiu e voltamos a ficar em silêncio, eu não sentia fome, não sentia sede, não sentia nada, só a dor, era só a dor que dominava os meus sentidos.

Narrado pela 3° pessoa 

 Na rua, ele andava com rapidez, parecia estar nervoso e nenhuma pessoa que passava por ele deixava de notar o quanto ele parecia a ponto de ter um infarte, algumas pessoas chegaram a lhe parar na rua para prestar ajuda, perguntaram-lhe se ele estava bem e ele apenas dizia que sim e as dispensava com um aceno de mão. O tempo estava passando rápido, e ele precisava fazer alguma coisa.
- Temos um problema - ele disse ao telefone
- O que houve dessa vez ? - ela respondeu aflita
- Vamos perde-la, preciso daquela injeção - disse se certificando de que não estava sendo seguido
- A injeção ? Mas é arriscado demais - respondeu em desespero - Pode não dar certo
- Não temos alternativa - ele disse já perdendo a paciência - Olha, eu não fiz tudo isso pra perde-la agora, você vai ou não me entregar a maldita injeção? - disse ríspido
- Vou, maldição !! - praguejou - Vou levar-lhe a maldita injeção, aonde você esta ?
- Estou naquele posto de gasolina, você sabe qual é
- Sei - disse ofegante - Fique ai, eu não demoro
 A ligação foi encerrada e ele esperou, esperou aflito e nervoso, não havia maneira de ficar parado e teve que diversas vezes disfarçar para não levantar suspeitas as pessoas que ali estavam. Meia hora depois quando ha avistou, sentiu um grande alivio, ele não tinha mais tempo a perder, cada segundo era precioso.
- Você trouxe? - disse a puxando pro canto
- É claro que eu trouxe - olhou em volta - Alguém viu você? Alguém te seguiu?
- Não, já verifiquei - ele disse impaciente - Agora me de isso aqui, não temos mais tempo
- Tem certeza de que isto vai dar certo ? - ela disse titubeando um pouco com o pacote que continha a injeção em suas mãos
- Não, mas tenho que tentar - disse arrancando-lhe o pacote das mãos - Agora vá, não podemos ser vistos juntos - Ele concordou e ambos seguiram caminhos diferentes. Ele caminhava a passos largos, precisava chegar la o mais rápido possível, e precisava arrumar um jeito de chegar a ela sem que o vissem, sem que desconfiassem.

Luan Narrando

 Mais de meia hora havia se passado, não vi mais o Fernando e nem fazia questão que ele voltasse, o hospital estava em um silencio desgraçado, não passava ninguém por aqui e isso só ajudava a aumentar a minha angustia, eu não sabia por quantas horas mais teria que esperar, não sabia quando poderia vê-la. Minha cabeça permanecia abaixada, só a levantei quando vi enfermeiras correndo em direção ao corredor, um barulho ensurdecedor vinha de algum dos quartos. Me levantei agoniado e vi o médico que falara comigo mais cedo indo em direção ao corredor também, tentei o seguir mas fui barrado, eu não podia entrar ali e não tinha como saber o que estava acontecendo. Houve mais tumulto, vi alguém correr com um desfibrilador, Bruna já chorava novamente e eu queria mais que tudo entrar naquele corredor e achar ela, saber se ela estava bem. ( ... ) Dez minutos mais tarde a confusão parou, as enfermeiras vinham de volta com ar cansado, pareciam ter perdido uma luta, uma batalha. O médico só apareceu pouco depois, seus olhos estavam voltados pro chão, e ele parecia estar se preparando para outra guerra, quando finalmente seus olhos se levantaram, foram para mim que olharam, senti meu coração gelar e vi o médico vir até mim.
- Eu sinto muito - ele disse tirando seus óculos - Muito mesmo
Ao ouvir  aquilo minha cabeça começou a rodar e tudo em volta parecia ter sumido, eu não podia estar ouvindo aquilo, não depois de tudo que passamos juntos, não podia acabar assim, eu não podia perder ela desse jeito, não agora, não desse jeito. Um filme começou a passar na minha cabeça, cai de joelhos no chão enquanto via cada momento que passei com ela, cada beijo, cada jura de amor, cada briga e cada reconciliação. Tudo estava ali, como um filme de nossas vidas até aqui, eu quase podia tocar, quase podia sentir o que senti naqueles momentos, mas não me permiti, não poderia sentir felicidade sem ela do meu lado. Não seria justo sentir felicidade quando ela esta sentindo dor, e a dor dela é a minha dor, se ela sofre eu sofro mais ainda, ela é a lua do meu céu, o mel que adoça a vida.
- Não - me levantei - Isso não vai ficar assim, não vai
- Luan por favor - Bruna disse chorando - Por favor se acalma
- ME ACALMAR BRUNA ? COMO POSSO ME ACALMAR, É O AMOR DA MINHA VIDA QUE TA LA DENTRO - comecei a chorar pra valer - EU NÃO POSSO DEIXAR QUE ELA MORRA, NÃO POSSO. ELA É O MOTIVO PRA EU TER FORÇAS, ELA É A RAZÃO DE A MINHA VIDA TER ALGUM SENTIDO - gritei apontando pro corredor - E SE ESSA MERDA DE HOSPITAL NÃO TEM A CAPACIDADE DE SALVAR ELA, EU TENHO !
- LUAN NÃO, POR FAVOR - Bruna gritou tentando me segurar
- ME SOLTA BRUNA, ME SOLTA - me soltei e sai correndo pelos corredores, abri todas as portas que encontrei até achar em que quarto ela estava. Quando finalmente a encontrei peguei em sua mão e comecei a sacudir - JÉSSY ACORDA, POR FAVOR MEU AMOR, MINHA VIDA, ACORDA, EU NÃO VOU SABER VIVER SEM VOCÊ. EU NÃO AGUENTO MAIS, NÃO AGUENTO ESSA ÂNSIA DE TE PERDER, É A SEGUNDA VEZ QUE TE VEJO ASSIM EM UM HOSPITAL, VOCÊ NÃO PODE ME DEIXAR, NÃO TEM ESSE DIREITO - cai de joelhos ainda sem soltar a sua mão. Dois seguranças vieram mas foram barrados pelo médico
- Deixem ele, tenho certeza de que ele não vai causa problemas - Os dois saíram meio contrariados e agradeci ao médico em silêncio, ele se foi e vi Bruna entrar, ela se ajoelhou e colocou as mãos nos meus ombros, deitando sua cabeça na minha e chorando comigo. A mão dela parecia estar ficando fria, o meu desespero dava lugar a dor, e eu pouco me importei quando um enfermeiro entrou no quarto, disse que precisava fazer alguns procedimentos, sua voz era estranha e não notei como era seu rosto, estava ocupado demais chorando, sentindo a perda.

Narrado pela 3° pessoa 

 Ao abrir os olhos ela sentiu uma leve dor ao redor deles, a luz que veio em sua direção era forte demais, mais forte do que ela pensava que uma luz podia ser. Quando seus olhos se acostumaram ao lugar, ela se viu deitada em um banco no meio de um enorme jardim, ficou assustada e se sentou. Em volta não se via ninguém, onde estava o hospital? onde estava Luan ? Desesperada ela se levantou, começou a andar por aquele lugar estranho, o jardim era de uma beleza inebriante, ela quase desejou permanecer ali pra sempre, mas só se seu amado e seu filho estivessem com ela, seu filho, onde estaria seu pequeno bebe ? Ela queria gritar mas parecia que seria errado fazer isso ali, mas alguns passos a frente ela notou que havia alguém, um homem
- Com licença ? - tocou seu ombro e o rapaz se virou
- Oi, estava esperando por você - tamanha foi a surpresa dela que sua boca se abriu e dela não saiu som nenhum, estava sem fala, como poderia ? Quando finalmente conseguiu falar, foi o nome dele que ela pronunciou - Téo ?
- Oi maninha, sentiu saudades ? - ele sorriu a puxando para um abraço
- Como, como eu, você ? - ela dizia gaguejando
- Sabia que estaria confusa - ele disse paciente - Me mandaram aqui para conversar com você
- Quem .. quem te mandou ?
- Digamos que foram, os anjos - sorriu amigável - Vem, vou lhe explicar tudo - ele disse colocando a mão em suas costas, ainda assustada ela ia andando e escutava com atenção tudo o que ele falava


- Antes de mais nada, esse aqui é o céu - ele disse parando
- O céu? Então eu morri ? - ela perguntou confusa
- Sim e não - ele fez uma pausa - Você não vai ficar aqui, alguém vai intervir e te levara de volta a vida, por isso temos que ser breves, temos pouco tempo
- Quem, quem vai me salvar ?
- Aquele que depois lhe causara grande sofrimento
- Como alguém que vai me fazer sofrer pode me salvar ? - ela disse ainda mais confusa
- Isso não importa maninha, a mente humana é muito difícil de se decifrar - ele a guiou até um outro banco, este ficava perto de um pequeno córrego - A minha missão aqui é lhe contar duas coisas, preste bem atenção - ela concordou com um gesto - Você e o Luan não estão juntos por acaso
- Não? - ela perguntou surpresa
- Não - ele balançou a cabeça - Vocês já se amam desde outras vidas, vocês tiveram seus destinos cruzados a muito tempo
- Como assim Téo?
- Já vou lhe explicar - ele sorriu - A anos atras Deus resolveu que criaria duas almas gêmeas, um homem e uma mulher - lhe explicou - E essas duas almas estariam fadadas a se amarem em todas suas encarnações, e claro essas almas eram a sua e a do Luan - sorriu ao ver que a irmã também sorria - Mas em todas as vidas, os dois foram separados pelas pessoas, pelas coisas e pelo tempo. A maldade não os deixava ficar juntos, e Deus sempre intervinha, até que ..
- Até que ? - perguntou curiosa
- Até que ela se cansou de ver suas almas gêmeas sofrendo tanto, por tantas encarnações, então decidiu que esta seria a última - ela abriu a boca surpresa - Mas para isso, eles passariam por uma grande provação, aquilo que faria o mundo ver o quão um amor verdadeiro pode suportar a tudo e a todos - ele fez uma pausa - E é ai que entra a segunda coisa que preciso lhe contar, você e o Luan agora passarão por um grande sofrimento, o amor de vocês sera testado - ele disse sério dessa vez - Você terá que ser forte minha irmã, terá que ficar ao lado do Luan, você não pode ceder aqueles que lhe farão mal, eles tentarão lhe fazer mudar de ideia para proteger o Luan, mas não se deixe ser enganada minha irmã - ele fez uma pausa - Pode ser demais eu te dizer isso, mas se você ceder, você e o Luan estarão fadados a continuar reencarnando, e em todas as vidas se amarão mas nunca poderão ficar juntos de novo - ele a olhou preocupado com sua reação
- Então, se eu ceder a essa ou essas pessoas, minha alma e a do Luan nunca terão paz ?
- Exatamente - ele sorriu ao ver que ela havia entendido - Agora precisamos ir, você vai ser salva em poucos segundos - ele se levantou a guiando até um grande portão - E não se esqueça, você não pode contar isso ao Luan, ele saberá na hora certa - disse sorrindo
- Mas, Téo ... - ela não pode mais dizer nada, uma luz branca a envolveu e depois disso ela foi caindo sem parar, até se sentir em casa, se sentir no lugar certo.

Luan Narrando 

Pi .. Pi ... Pi ... Pi ...

Levantei minha cabeça, aquele barulho não estava la até aquele enfermeiro sair daqui, Bruna também levantou a cabeça procurando de onde vinha, me levantei do chão e olhei pra todos os lados, nada parecia diferente e só eu e Bruna estávamos naquele quarto. Olhei pra maquina que estava ligada ao corpo da Jéssy e vi uma pequena linha se mexer. aquilo era normal ? Sera que estava captando alguma coisa ? Olhei pra porta e vi o médico me encarando
- O que você fez? - ele perguntou vindo até nós
- Nada, eu não fiz nada - disse assustado - O que esta acontecendo ?
- Meu rapaz, eu não sei como, mas sua mulher esta viva ...


" Sua mulher esta viva, sua mulher esta viva, sua mulher esta viva, sua mulher esta viva" Aquelas palavras não paravam de se repetir na minha cabeça, e eu não sabia nem como agradecer a Deus, por tamanho milagre que ele havia me proporcionado ..

 Curtinho eu sei, mas aposto que eu matei todo mundo do coração aqui hein ?? haha O que acharam desse capitulo ? Precisam de uns lencinhos ? Porque a autora aqui precisa !!! kkkk Palmas pra mim, sqn kkkk Serio gente, vem coisa por ai e eu to ficando triste sem comentários, o que houve ? Vocês fugiram ? Voltem ! kk Seriooo agora, vou me retirar, comentem please, quero saber se estão gostando, mais uns capítulos e a fic acaba :( por isso comentem enquanto ainda da tempo, preciso muito saber se estão gostando pra mim saber se o final vai agradar vocês. Agora fui, beijos no coração <3 

6 comentários:

  1. Olha , sinceramente chorei , muito. Que capítulo perfeito. Não para por favor, continua que estou ansiosa para o próximo, então continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa pq se não eu vou morrer

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  2. Viadaaaaaaaaaaaaaaa continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa logooooooooooooooo

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  3. Acho que alaguei a casa mentira, tenho certeza contttt por favorrr

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  4. JESS DO CÉU, QUE CAP FOI ESSE? ESTOU DESMAIADA.
    Continuaa ♡ @flylandoserio

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  5. da pra parar de me fazer chorar? continua

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  6. Contínua continua continua continua continua continua continua continua continua continua continua continua continua continua continua continua

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