domingo, 28 de junho de 2015

Capitulo 110

Porque sou tão emotivo ? Isso não é bom, preciso de autocontrole 8'


- Como assim você quer a mim ? - perguntei assustada - Isso é um absurdo
- Não pra mim princesa, sou malditamente louco por você - abaixou o tom de voz - Só fico me imaginando tocando essa sua pele de seda, te beijando com fervor ...
- Para, para com isso - gritei quase deixando o celular cair - Eu nem conheço você seu pervertido, como pode sequestrar o meu filho por causa disso?
- Ah princesa, você não sabe nem a metade das coisas que já fiz pra tentar ficar com você
- Você, você já fez outras coisas ? - gaguejei
- Varias meu amor, pena que nenhuma delas deu certo, até agora claro - riu - Você pode esbravejar o quanto quiser querida, mas estou com seu filho e o único modo de eu mante-lo vivo e que você venha e fique comigo, pra sempre
- Pra sempre ? - engoli seco
- Pra sempre - confirmou - Se você me deixar, esse lindo bebezinho morre, você sabe que não tem escolha - assoviou - A policia chegou ai, preciso desligar
- Espera - disse mas já era tarde dimais, ele havia desligado e vi a policia entrar pela porta, eles a arrombaram e antes que eu pudesse impedir pegaram o celular de mim.

Luan Narrando

Não era possível que ela não iria sair daquele quarto, já faziam mais de vinte minutos e ela ainda estava la dentro, meu pai tentava me acalmar e por varias vezes me impediu de arrombar a porta e tomar o telefone da mão dela. O meu nervoso só aumentava e eu quase explodi quando a ouvi gritando pra que a pessoa parasse, dessa vez estava decidido a arrombar aquela porta a qualquer custo, mas não tive tempo pois a policia chegou
- Cade ela ? - o delegado perguntou
- No quarto, o que esta acontecendo ? - perguntei aflito
- É um homem, ele ligou pra ela mas não conseguimos o rastrear - ele disse apressado - Ouvimos parte da conversa até ele mandar ela pegar um outro celular
- Outro celular ???
- Sim, ele disse que estava em baixo da cama, depois disso viemos o mais rápido que pudemos pra cá, e olha temos um péssimo pressentimento
- Como assim ? - minha mãe que havia acordado com o barulho veio até a sala - O que esta acontecendo, e cade a Jéssy?
- Ela esta no quarto falando com o criminoso - o policial Paulo respondeu - Precisamos pegar o celular dela agora, talvez ele tenha deixado algum rastro - ele nos explicou rapidamente que o que ouviram foi que o tal não queria dinheiro, mas que não puderam ouvir o que ele queria já que a Jéssy devia estar usando o tal celular que ele infiltrou em nosso apartamento. - Não temos mais tempo, precisamos entrar la - concordei e pedi que meus pais ficassem ali, não queria botar eles em perigo também, não poderia aguentar mais nada. Os policiais arrombaram a porta do quarto e encontraram a Jéssy com o celular no ouvido, sem esperar o delegado o pegou das mãos dela e começou a mexer a procura de qualquer coisa que pudesse ajudar
- Não tem nada, o desgraçado não deixou rastro - rosnou o delegado - E essa porcaria é descartável, não temos nada que nos mostre onde ele esta - fitou a Jéssy - Ele te disse onde estava, deu alguma endereço, alguma localização?
- Na, não, ele só disse o que queria - disse gaguejando
- E o que ele tanto quer ?? - perguntei desesperado
- Ele quer a mim - me olhou - Ele disse coisas repulsivas, disse que se eu não ficasse com ele mataria meu filho - começou a chorar - Meu filho
- Não, ele não vai conseguir - me sentei a abraçando - Façam alguma coisa, vocês tem que dar um jeito nisso, ele não pode fazer isso
- Nós vamos fazer tudo que pudermos senhor, precisamos ir pra delegacia - um dos policiais disse olhando pro delegado
- Sim, mas o Paulo vai ficar aqui, precisamos ter certeza de que ela estará segura, e vocês venham comigo - chamou os outros policiais, eles saíram e o Paulo avisou que ficaria na sala vigiando a porta, e mandou que ficássemos no quarto por questão de segurança.

Narrado pela 3° pessoa

 Ele ainda se sentia tenso, mas ainda continuava confiante até agora seu plano estava correndo como ele havia planejado, dessa vez ele não poderia falhar, era sua ultima chance de conseguir te-la em seus braços, de realizar o sonho da irmã de se casar com o cantor famoso e de quebra ficaria com o pirralho, criaria como se fosse dele. Na cabeça doentia do rapaz, ela o amava e não admitia, mas de uma coisa ele sabia, sabia que estava doente por ela, que a queria em sua cama de todas as formas possíveis, mostraria a ela como se satisfaz uma mulher, como se é um homem de verdade
- Temos um pequeno problema - a outra o interrompeu entrando na sala
- O que foi agora ? - ele a olhou com desprezo
- O bebe esta com a fralda suja - bufou - Como vou cuidar dele assim ?
- Se vira, não tem um pano vélho por ai? - disse virando sua bebida pouco se importando se o bebe estava todo cagado ou seja la o que fosse


- Não, não tem um pano velho - se enfureceu - E ele vai ficar com fome em algum momento sabia ? Ele precisa de leite pra não morrer de fome
- Eu to me lixando pra esse bebe, com tanto que ele dure até meu plano dar certo - revirou os olhos - Posso me virar sem ele depois
- Não seja idiota, ele vai abrir o berreiro se ficar com fome - bufou - Quer mesmo ficar ouvindo ele chorar pelas próximas horas?
- Saco, toma aqui a porcaria do dinheiro - disse o jogando na mesa - Mande ela buscar, você fica e cuida pra que ele segure a porra do choro
- Mas que merda, porque não posso ir?
- Por que vai fugir, acha que eu sou trouxa ? Acha que não sei que vai correndo contar pra policia aonde eu estou ? - rosnou - Agora entregue o dinheiro pra ela e vá cuidar do maldito bebe como eu estou mandando, é surda ?
- Não, eu não sou surda - se levantou e foi entregar o dinheiro a outra, que revoltada saiu como disse pra "comprar as porcarias pro pirralho" , quando voltou trouxe fraldas vagabundas e uma lata de leite em pó junto com uma garrafa de água.
- Deve ter alguma panela velha se precisar esquentar, agora anda, aquela merda de bebe esta começando a chorar e eu não vou aguentar isso - Seguindo as ordens dos dois ela foi para a cozinha e achou uma pequena panela velha, esquentou a água e colocou o leite, depois improvisou uma mamadeira e alimentou a criança. Enquanto via o bebe mamar, se arrependia de ter cometido tal ato, aquilo era traição e ela mesma nunca se perdoaria, deveria ter arrumado outro meio de conseguir o dinheiro que precisava, deveria ter sido uma amiga melhor.

Jéssy Narrando

 Já era de madrugada quando ouvi alguma coisa tocando, Luan que pegou no sono nem se mexeu na cama, me levantei com cuidado pra não acorda-lo e encontrei um pequeno celular tocando perto dos meus sapatos, fui até o banheiro e me tranquei la
- Alô ?
- Oi princesa, sentiu saudades ?
- Não seja idiota, você sabe que não - disse com nojo
- Ainda se fazendo de difícil - riu - Olha só eu sabia que eles levariam aquele, então escondi esse ai, vejo que foi esperta pra achar onde estava
- Ah sim, agora pare de enrolar, me diga alguma coisa - esbravejei - Onde você esta com o meu bebe?? E o que eu tenho que fazer?
- Olha, gosta de ir direto ao assunto, eu gosto - riu - Vou te passar um endereço, você precisa vir antes de amanhecer, sem que ninguém veja você
- Ok já entendi, me fala logo o endereço - ele me passou um endereço que eu nem sabia onde ficava e me explicou como chegar, desliguei o celular e o levei comigo na bolça. Sai sem fazer barulho do quarto e na sala encontrei o policial, respirei aliviada quando vi que ele dormia sentado no sofá, abri a porta sem fazer barulho e sai, desci pelo elevador e peguei o carro do Luan. Nervosa respirei fundo e dei a partida, precisava chegar la o mais rápido possível.

( ... )

 Na ultima curva entrei em uma estrada no meio do mato, passar por ali era quase impossível e no meio do caminho tive que descer do carro e seguir apé, antes de ir coloquei o celular pequeno no sutiã e segurei o meu nas mãos, andei alguns metros e avistei uma casa abandonada, la dentro pude ver que havia claridade e achei estranho, mas claro era um cativeiro, eles logicamente arrumaram um jeito de colocar luz ali. Andei mais um pouco e fui surpreendida com alguém me puxando, quando fui colocada contra parede e abri os olhos quase não acreditei
- Fernando ??
- Xiii - colocou os dedos na minha boca - Quietinha agora


- Então era você? Esse tempo todo era você? - perguntei surpresa
- Ah sim, era eu sim - roçou seu nariz no meu - Não sabe o quanto eu senti falta dessa sua boquinha - a acariciou com os dedos - Quanto senti falta dessa sua pele - passou as mãos pelos meus braços, tentei me esquivar mas ele me segurou - Xi, assim não vamos nos entender
- Eu tenho nojo de você - cuspi as palavras - Como pode ser tão frio ? Eu acreditei em você, confiei que você era um cara decente
- Aparências enganam princesa, agora vamos pra dentro, esta frio aqui fora e tem gente te esperando la dentro - ele colocou meus braços pra traz e foi os segurando assim enquanto me empurrava pra dentro, fomos para um quarto e ele me jogou em cima de um colchão velho - Alguém pode trazer essa porra de bebe aqui - ele gritou pra fora. Minutos depois vi uma mulher com um moletom de touca trazer o bebe pra mim, ela o deu a Fernando que por sua vez me entregou. O abracei com força e chorei enquanto sentia que meu pedaço faltando estava de volta em seu lugar, Fernando me observava com olhar curioso, parecia me analisar
- Como você pode amar isso dai ?
- Você ta falando do meu filho?
- É, esse treco pequenininho, como consegue amar ele se ele mal acabou de nascer?
- Ele é meu filho, já o amava desde que soube que estava gravida - esbravejei - Como pode questionar isso? Seu imbecil
- Só não entendo, como sabe que ele não vai ser como eu ?
- Ele não tem pais loucos, já você deve ter tido - cuspi as palavras
- Haha boa, mas você sabe que meus pais não foram loucos
- Como é que eu poderia saber ???
- Não se lembra? - se sentou ao meu lado, me encolhi com o meu filho nos braços e ele riu da minha tentativa de fugir - Quando tínhamos 15 anos estudamos juntos, eu sempre fui apaixonado por você, mas você nem notava que eu existia - começou a contar - Meus amigos me empurravam em cima de você, e você e suas amigas riam de mim. Ah, queria tanto me vingar, queria te mostrar que eu era o certo pra você - pegou minha mão a força e a segurou entre as suas - Não se lembra? Te roubei um beijo e você ficou toda nervosinha - riu - Mas tenho certeza que ficou caidinha por mim, só não admitiu por causa das suas amigas, dai você mudou de cidade e .. - me olhou - Eu não consegui te esquecer, arrumei essa profissão apenas pra te achar, e achei - sorriu - Mas aquele vesguinho já estava no meu caminho, ai tive que me virar
- Meu Deus, você já era doente desde aquela época ? - me afastei ainda mais soltando minha mão da dele - Como pode pensar que sinto algo por você ?? Eu nem lembrava que você algum dia existiu, meu Deus - o olhei com horror
- Não se faça de difícil - ele disse vindo pra perto de mim - Sei que não resiste, me da esse bebe aqui pra podermos ficar a sós - relutei mas ele foi mais forte e tirou Breno dos meus braços, entregou a mulher do capuz e mandou que ela saísse, depois veio pra cima de mim beijando meu pescoço


 Tentei o empurrar mas ele tinha vantagem, era mais forte que eu e ainda tinha a vantagem de eu ainda sentir fraqueza por conta do que aconteceu comigo. Fechei as pernas quando ele tentou colocar as mãos ali e ele riu mordendo minha orelha, estava me sentindo com nojo de mim mesma naquele momento e se não fosse pelo celular dele que tocou tenho certeza de que ele teria abusado de mim ali naquele colchão sujo e velho.

Fernando Narrando 

 Levantei frustrado e fui atender o telefone longe dali, queria saber quem foi o filho de uma puta que me interrompeu justo naquele momento, ajeitei as calças tentando abaixar o meu menino e atendi, do outro lado estava o meu informante, o tal que se dizia pai do irmão morto da Jéssy
- O que foi agora caralho ??? Me ligou justo na hora que eu ia fuder aquela gostosa
- Ah me desculpe, pode fuder ela depois - gritou - Mas só depois mesmo, porque o desgraçado do Luan ta quase chegando ai
- Como assim ele ta quase chegando aqui ??? - rosnei
- A você não viu ??? A putinha ta com o celular dela, essa merda tem rastreador porra, ele e a policia já estão se preparando, estão armando a melhor forma de entrar ai e te prender - gritou - Como você foi burro desse jeito seu filho da puta ?
- Não venha me xingar seu velho bêbado, eu deixei essas merdas pra você cuidar - gritei - Agora se vira, atrasa esses desgraçados que eu vou dar o meu jeito aqui - desliguei o celular e quase o quebrei, sai apressado até onde as duas estavam e fui logo dando ordens.
- Você vai ficar na estrada, se faz de morta sei la - gritei - A porra da Jéssy trouxe o celular com rastreador, desgraçada, eu não vi esse celular !!!
- Porra Fernando, o que vamos fazer agora ???
- EU NÃO SEI PORRA, FAZ O QUE TO MANDANDO, PRECISO DE TEMPO - esbravejei - E você sua vagabunda, vai com esse bebe e fica com a Jéssy
- Mas ela vai me ver!!!!
- FODA-SE, FAZ O QUE EU TO MANDANDO - peguei a arma da cintura apontando pra ela, ela se levantou e foi com o bebe pra fora - Anda porra, vai logo, tu quer fuder tudo ??? Vai se fingir de morta na estrada, mostra o cú pros policiais mas atrasa eles caralho
- Já vou maninho, se acalma filho da puta - disse nervosa
- Tu também é filha da puta, agora vaza - a empurrei
 Apaguei todas as luzes que eu pude e fiquei de vigia nos fundos, qualquer coisa era só eu fugir ali e foda-se os outros, não vou ser preso, a não vou mesmo.

Luan Narrando 

 Acordei no meio da madrugada e olhei pro lado, a Jéssy não estava na cama e eu me levantei com tudo, ela não tinha que sair do quarto assim, aonde ela foi??? Me levantei e fui procurar pelo apartamento, não encontrei em lugar nenhum e me desesperei, já ia ligar pra policia mas eles novamente apareceram na hora certa
- O que foi agora ??? - perguntei nervoso - E porque esse policial tava aqui dormindo???? Achei que ele fosse proteger a minha mulher - quis ir pra cima dele
- Se acalme Luan - o delegado me parou - A Jéssy levou seu carro e o celular dela, conseguimos rastrear o sinal e vamos pra la assim que soubermos como abordar o criminoso
- ESPERAR??? TEMOS QUE IR AGORA - gritei nervoso
- Não podemos Luan, ele esta com seu filho e sua mulher, esqueceu ???
 Respirei fundo e vi meus pais assustados entrarem na sala, o delegado explicou o que estava acontecendo e disse que provavelmente havia outro celular escondido aqui no apartamento, foi por ele que a Jéssy deve ter se comunicado com ele. Demoraram quase uma hora pra decidir o que fazer, e pelo endereço eu sabia que iriamos demorar a chegar la, aquilo não estava me cheirando bem, eu sabia que algo de muito ruim iria acontecer.

Jéssy Narrando

 Depois que o Fernando saiu procurei meu celular mas não achei, devo ter deixado cair quando ele me assustou la fora. Peguei o celular que estava no sutiã mas a porcaria estava sem sinal e não pegava de jeito nenhum, já estava desesperada e ainda ouvi o Fernando gritando com o que pareciam ser mais duas mulheres, ouvi que ele mandou uma delas pra cá e fiquei com medo do que fosse acontecer comigo e com meu filho, não sabia nem se o meu bebe seria trazido de volta pra mim. Me levantei tentando chegar até a porta, queria achar meu filho e fugir dali. Ouvi mais gritos e a mulher de capuz passou correndo pelo corredor, voltei alguns passos com medo de que ele tivesse surtado e fosse atirar, mas nunca esperaria ver o que eu vi, ver quem eu vi.
- Giovana ?? ...

 Mais um capitulo \o/ uhuuul, acho que é a primeira vez que escrevo dois capitulos no mesmo dia (não postei os dois no mesmo dia) mas escrevi kkkk e se não tivesse que dormir cedo provavelmente escreveria mais um ou dois, to no pique minha gente \o/ . E a fic ta quase no final, sinto que agora em três capitulos ou quatro (já disse isso kkk) mas sempre acabo dividindo em dois pra fic durar mais ! kkkk AGORA SÉRIO, a Giovana ???? nem eu esperava O.O meu Deus, que horror, e quem sera a outra ??? tenho dois nomes : Thais e Beatrice, quem sera??? haha comentem pra saber, quero saber a opinião de vocês por favoor, beijos.

Capitulo 109

               Esta evidente que isso não é amor, mas querida, fique comigo       


Jéssy me abraçou e eu não tive nenhuma reação, segurei sua cabeça e tentei entender tudo o que estava acontecendo, eu achei que finalmente fosse ter paz, que tudo daria certo dessa vez. Quando ela me soltou olhou pra mim chorando, meu rosto não se mexia, eu não sentia nada, nem queria, não acreditava que aquilo estivesse acontecendo, não comigo.
- VOCÊS SÃO UM BANDO DE IRRESPONSÁVEIS - gritei a plenos pulmões assim que a realidade do que aconteceu me atingiu - COMO PODEM ENTREGAR O BEBE PRA UMA PESSOA QUE NÃO SEJA A MÃE NEM O PAI ? - sai andando pelo hospital e quando os seguranças vieram até mim peguei um deles pela gola do paleto - VOCÊS NÃO TOMAM CUIDADO NÃO ??? SEGURANÇAS DE MERDA - o larguei e fui até a recepção - Olha aqui - disse tentando manter a calma - Minha mulher voltou a pouco de um coma, e agora esta sofrendo porque roubaram o nosso filho, eu vou processar essa porcaria de hospital - apontei o dedo na cara da mulher - Façam o favor de achar o meu filho, antes que eu quebre esse hospital todo
- Senhor se acalme por favor - a mulher disse assustada - Nós vamos fazer o possível ...
- NÃO, VOCÊS VÃO FAZER O IMPOSSÍVEL, E VÃO TRAZER MEU FILHO DE VOLTA - bati com as mãos no balcão - OU EU DESTRUO ISSO AQUI 
- O que aconteceu aqui ? - um policial apareceu acompanhado dos seguranças 
- Alguém levou meu filho - andei até ele desesperado - Eles entregaram meu filho pra uma qualquer, eu vou processar esse hospital
- Isso é muito grave, é verdade isso ? - olhou pra mulher da recepção
- Não sei senhor, disseram que uma amiga da mãe pegou e ..
- Irresponsáveis são o que vocês são, os únicos que podem pegar a criança sãos os pais - a fitou - Mas vou me preocupar primeiro com a criança, depois vejo que providencias tomar com os responsáveis por isso - disse sério - Onde esta sua mulher ? - perguntou pra mim
- Acho que na sala de espera - disse com voz afetada 
- Vamos até la - ele disse e o segui até a sala de espera, os dois seguranças e a mulher da recepção vieram logo atras, e não demorou muito pra todos estarem em volta observando o que havia acontecido, bando de curiosos, veem olhar a dor dos outros. Gritei pra que todos saíssem e quando o fizeram o policial conseguiu falar com a Jéssy.

Jéssy Narrando 

 Nunca vi o Luan daquele jeito, o rosto dele não demonstrava qualquer emoção, e quando ele caiu na realidade foi horrível, nunca o vi tão desesperado, tão revoltado. Ele correu xingando todos e quase bateu em um dos seguranças, me sentei ali e a mãe do Luan se sentou ao meu lado, ela me abraçou e eu chorei em seu ombro 
- Porque tudo tem que dar sempre errado pra mim ? - perguntei ainda chorando - Parece que eu não posso ser feliz por nem uma semana, sempre tem alguma coisa pra atrapalhar 
- Eu entendo meu anjo, mas vai ficar tudo bem - colocou meu cabelo atras da orelha - Vamos achar o Breno Gabriel, você vai ver - enxugou minhas lagrimas - Não vamos descansar até ele estar sã e salvo em seus braços, agora se acalme - deitei a cabeça novamente em seu ombro e recomecei a chorar, nada naquele mundo poderia diminuir a dor que eu estava sentindo Sera que era disso que o Téo falava no sonho ? Mas como o sequestro do nosso filho pode causar nossa separação ?? Eu estou tão confusa, sera mesmo que o Téo falou comigo ou não tem nada haver com o que esta acontecendo ?  ( ... ) Minutos mais tarde vi Luan aparecer acompanhado de um policial, fiquei com medo e com esperanças ao mesmo tempo, ele podia estar aqui pra procurar meu filho ou poderia estar aqui pra prender o Luan, sera que ele bateu em alguém??
- Você que é a Jéssy Rodrigues ? - ele perguntou parando em minha frente
- Sou eu sim - me levantei enxugando o rosto com as mãos 
- Soube que entregaram seu filho a uma estranha - me fitou sério - E sei também que não é um bom momento, mas precisamos ir até a delegacia 
- Vocês vão achar meu filho ? - perguntei em desespero
- Vamos fazer o impossível para acha-lo - afirmou - Uma enfermeira ligou pra delegacia, o delegado deve estar nos esperando - olhou pros pais do Luan - Vocês estão com eles ?
- Somos os avós - Seu Amarildo respondeu parando ao meu lado 
- Óh claro, podem vir se quiserem, pode ser útil pra investigação 
- Nós vamos sim - dona Marizete disse e assim foi feito
 Fomos todos até a delegacia, os pais do Luan foram com o carro dele e eu e o Luan fomos na viatura junto com o policial, que se apresentou como Paulo, ele nos explicou que o policial pediria todo tipo de informação e já nos perguntou se tínhamos alguma foto do bebe, por sorte Bruna havia tirado uma com meu celular pouco depois de eu voltar do coma. ( ... ) Ao chegarmos na delegacia fomos levados até uma sala, onde o policial nos deixou, logo depois o delegado apareceu 
- Olá, sou o delegado Daniel - estendeu a mão para nós dois, o cumprimentamos e ele se sentou. O delegado tinha pouco menos de 1,80m de altura, tinha os cabelos castanhos e os olhos um pouco puxados pro preto, ele não parecia ter mais que uns 32 anos - Soube do caso de vocês por uma enfermeira, eles não lhes disseram como era a mulher que levou a criança ?
- Não senhor - Luan respondeu - Na verdade acho que nem perguntamos, ficamos extremamente desesperados na hora 
- Entendo - disse colocando a mão no queixo - Policial Paulo, por favor vá até la com o desenhista e peça que descrevam a mulher - disse ao chama-lo, o policial assentiu e saiu novamente - Agora quero que me passem a lista de todas as pessoas conhecidas que estiveram no hospital hoje, sei que vocês não devem suspeitar de ninguém, mas qualquer um pode ser um criminoso - demos todos os nomes a ele que anotou em seu computador - Ótimo, pedirei ao hospital que me forneçam imagens da câmera de segurança pra ver se achamos algo 
- Mas doutor, mesmo que identifiquem quem foi, como vão achar a pessoa ?
- Temos nossos meios - disse me olhando - E caso seja um sequestro por dinheiro, logo irão receber ligações do autor do crime, vamos grampear seus celulares e telefones - nós assentimos - E peço que tentem mante-lo na linha pelo maior tempo possível, assim poderemos localizar de onde esta ligando e iremos pra la imediatamente. - mostramos a foto do Breno pro delegado que pediu pra que a enviássemos pro celular dele. Os pais do Luan também deram depoimentos e explicaram que não viram quem poderia ter levado o bebe, ele nos liberou e disse que assim que o retrato da mulher estivesse pronto ele nos chamaria na delegacia para a identificarmos. Fomos para o apartamento como ele havia nos instruído, Luan trancou a porta e postamos uma foto do bebe, pedindo pra que as fãs do Luan ficassem de olho e se vissem nosso filho nos avisa-se 

Negas, nosso filho Breno Gabriel foi sequestrado, pedimos que por favor vocês nos avisem se o virem em algum lugar, estamos desesperados !!!!! 


 Nos sentamos no sofá e o Luan me abraçou, não tinha como um consolar o outro pois estávamos os dois em total desespero, meus soluços deviam estar ecoando no prédio inteiro, tenho certeza de que eram muito altos, a dor no meu peito era insuportável e parecia crescer a cada segundo, era como se um pedaço tivesse sido tirado de mim. Era o meu filho, saiu de dentro de mim - coloquei as mãos na barriga ao pensar nisso - só o queria de volta, sã e salvo.  ( ... )
- Vocês precisam comer - dona Marizete insistia, já haviam se passado horas desde que eu e o Luan estávamos sentados chorando
- Não tenho fome nenhuma Mari - dizia em prantos - O delegado ainda não ligou, não tenho ideia do que fazer pra encontrar nosso bebe 
- Mãe não da, se eu comer vou botar tudo pra fora de tanto nervoso - Luan disse me abraçando mais forte - Só deixa a gente aqui quetinhos, por favor - a fitou - Enquanto não tivermos noticias do nosso filho não vou ter estomago pra nada 
- Vocês vão acabar ficando doentes desse jeito - ela balançou a cabeça - De qualquer forma vou preparar alguma coisa, não vou deixar que ninguém morre de fome aqui - disse e saiu apressada pra cozinha, seu Amarildo estava de pé perto da porta com os braços cruzados, parecia pensar em alguma coisa pois nem piscava direito. Olhei pro Luan e vi meu desespero refletido em seus olhos, aquele sofrimento parecia não ter fim. 

Narrado pela 3° pessoa 

 Ele já não se aguentava, andava de um lado pro outro sem parar, o desespero de ser pego sem conseguir o que queria era enorme, suas mãos suavam frio e seu coração batia acelerado. Ele se perguntava se teria feito a escolha certa em mandar que a outra em vez de sua protegida fosse buscar a criança, quem garantiria que ela era confiável ? Que traria a criança pra ele? Droga, e se ela contasse a todos seu plano, se contasse que sua protegida era sua irmã, ninguém podia saber disso, se soubessem sua vida estaria acabada, seus planos iriam ralo abaixo. 
- Onde você estava ? - ele gritou ao vê-la entrando no local do cativeiro - Cheguei a pensar que não viesse, cade a criança ?
- Esta aqui - a mostrou enrolada em um pequeno cobertor - Não sei pra que tanto nervoso, eu te disse que sou de confiança - se defendeu
- Como eu poderia saber ? Você era amiga dela - rosnou
- Ainda sou - o corrigiu 
- Por pouco tempo, ou acha que ela vai te perdoar depois de roubar o filho dela ? - ele riu nervoso - Se pensa que vai sair dessa sem ser descoberta esta enganada 
- Como? Você disse que eu não teria que ficar aqui, e que não contaria pra ninguém da minha participação nisso ! - ela gritou nervosa 
- Eu menti, sua idiota - esbravejou - Agora dê a criança pra ela - apontou para aquela que ele dizia ser sua protegida, mas era sua irmã
- Não, eu não vou participar disso nessas condições - andou pra traz com a criança - Você prometeu que eu não seria descoberta, sabe que só fiz pelo dinheiro - começou a chorar - Nunca faria isso se não precisa-se de dinheiro - gritou
- Claro, sempre o maldito dinheiro - a segurou pelos braços - Agora solte essa maldita criança, ou eu juro por Deus que eu mato você 
- Você é um canalha - ela gritou amedrontada, entregando a criança pra outra mulher - E você é uma vagabunda, como pode concordar com isso?
- Não seja idiota, você sabe o motivo - respondeu calmamente - Assim como ele eu também quero alguma coisa, e vou conseguir - riu enquanto levava a criança pra outro comodo da casa abandonada. A outra arrependida tentou se livrar das garras do homem 
- Eu vou embora, já fiz o que você queria - cuspiu as palavras - Agora me dê meu dinheiro, não quero ver sua cara nunca mais 
- Você não vai a lugar nenhum - ele disse e trancou a porta após solta-la - Agora vá cuidar daquela criança, ela esta me irritando - esbravejou ao ouvir que o bebe chorava  


- Você não tem coração seu maldito - lhe disferiu um tapa no rosto
- Olha aqui sua cadela - ele segurou sua mão - Se me bater de novo, eu vou arrancar um por um os dedos da sua mão, e depois vou fazer você come-los - a empurrou - Agora faça aquele desgraçado daquele bebe parar de chorar, antes que eu de um tiro na cabeça dele
- Seu filho da puta, eu te odeio - ela disse e sem outra opção seguiu até onde o bebe estava, precisava fazer com que ele ficasse queto, não podia deixar que o matassem. 

Luan Narrando 

 As horas iam passando e nada de noticias, o delegado não ligou e também não havíamos recebido nenhuma ligação de quem havia o sequestrado, aquilo estava virando um filme de terror e eu sentia que a qualquer momento iria ser engolido por algum monstro. Meu pai ainda permanecia conosco na sala e minha mãe estava dormindo no quarto de hospedes, ela estava cansada e já havia desistido de nos fazer comer. ( ... ) Já eram quase 23:00h da noite quando o celular da Jéssy começou a tocar, ela atendeu, se levantou e foi andando até o quarto, tentei ir atras mas ela fechou a porta. Aquilo não estava parecendo certo pra mim.

Jéssy Narrando

 Quando meu celular tocou senti que meu coração ia sair pela boca, o peguei e no visor aparecia que estava em privado, atendi e o coloquei no ouvido
- Eu sei que o seu marido esta do seu lado, então se não quiser complicações vá para longe dele e só ai me responda - assustada fiz o que ele pediu, Luan tentou entrar comigo no quarto mas eu fechei a porta e a tranquei
- Pronto, aonde esta meu filho? - perguntei soltando o ar
- Calma ai princesa, vamos por etapas - sua voz parecia estar modificada, parecia mas a voz de um computador do que de um humano - Primeiro vamos negociar 
- Certo, claro - revirei os olhos - Quanto você quer?? Pode falar, dinheiro pra mim não é problema, posso me virar aqui 
- Não seja tola - ele riu - Não quero dinheiro, o que eu quero é muito mais valioso 
- Se não é dinheiro é o que então ? me fala - disse desesperada - Qualquer coisa pra ter o meu filho de volta, qualquer coisa - choraminguei
- Ótimo, vejo que estamos nos entendendo - ele disse e riu - Primeiro, quando vier trazer o que eu quero, quero que venha sozinha entendeu? Nada de Luan ou da policia
- Entendi 
- Estou falando sério, se tiver policia aqui eu mato esse maldito bebe - rosnou me fazendo tremer - Agora escute bem, sei que esse telefone esta grampeado,e já me precavi, a policia não vai me achar - ele riu - Venho a uns bons anos planejando isso, sou esperto dimais pra ser pego
- Por favor fale logo o que quer e onde devo entregar - implorei 
- Não, primeiro você ira receber outro celular, sem grampo e sem rastreador, já me certifiquei de entrega-lo a você, esta em baixo da sua cama - me abaixei e vi um pequeno embrulho ali, o abri e havia um celular descartável - Vejo que o encontrou, agora vou ligar pra você nele, e espero que você não me trapaceie, seu filho esta na minha mira 
- Tudo bem, não vou trapacear ninguém - disse desesperada, ainda com o celular no ouvido percebi que o outro em minha mão estava tocando, larguei o meu e o atendi.
- Oi princesa, agora sim podemos nos falar  - disse calmamente 
- Vamos parar com isso - disse já sem paciência - Me diga logo o que você quer 
- A princesa ta nervosa - riu - Quer mesmo que eu diga o que eu quero?
- Mas é claro que eu quero, quero meu filho de volta e preciso saber o que você quer pra me devolve-lo - esbravejei enquanto chorava desesperada
- Pois bem, eu quero você ....

 Primeiramente quero dizer que fiquei sexta e sábado sem postar pois algum fdp mexeu no cabo da internet na rua. Enfim, vi que só duas pessoas comentaram o capitulo anterior e estou seriamente preocupada, vocês não estão gostando ? Me falem por favor, não tenho bola de cristal pra adivinhar, e preciso muito saber pra saber se estou indo no caminho certo. Pra finalizar quero pedir que comentem, e como já estou com o outro capitulo pronto, não vou demorar a postar, por isso sejam boazinhas comigo, comentem a fic e eu serei legal com vocês e postarei rapidinho o outro ta ? Agora vou indo, e fiquem com a foto da nova integrante da minha família, a Mel *-*


quarta-feira, 24 de junho de 2015

Capitulo 108

Musica do capitulo (clique)

Eu e a Bruna ainda não conseguíamos entender como aquilo tudo havia acontecido, o médico pediu pra fazerem alguns exames na Jéssy, e me disse que o resultado sairia dentro de um dia ou dois. Perguntei a ele se aquilo não a faria acordar, e ele me disse que não tinha como saber, talvez os exames mostrassem alguma coisa, mas até la tínhamos que esperar. E era essa espera que estava me matando, meus pais e o Lucas também custaram a acreditar que aquilo tudo havia acontecido, era difícil pensar que a pouco ela havia sido dada como morta e agora estava viva
- Filho, eu e o seu pai vamos comer alguma coisa na lanchonete do hospital, você quer ir com a gente ? Vai ser bom pra você comer alguma coisa - eu estava sentado ao lado da Jéssy
- Não mãe, tudo bem - disse a olhando - Não estou com fome
- Você precisa comer filho - insistiu - Vamos, por favor
- É serio mãe, estou sem fome nenhuma
- Menino teimoso, posso pelo menos te trazer alguma coisa ?
- Ta bem mãe. pode - concordei pra deixa-la feliz
- Assim esta bem melhor, já voltamos - se aproximou me dando um beijo na testa. Vi os dois saírem e logo em seguida a Bruna entrou no quarto, se sentou do meu lado no pequeno sofá e ficamos os dois em silêncio observando a Jéssy, que parecia estar em um sono profundo.
- Acho que vou ver meu sobrinho - Bruna disse após alguns minutos - Você vem?
- Depois Bru, agora preciso ficar um pouco queto
- Tudo bem, se precisar de mim sabe onde estou - sorriu de lado e saiu. Me levantei e sentei agora na poltrona ao lado da cama, peguei na mão dela e comecei a conversar com ela, tinha esperanças de que ela estivesse me ouvindo e de que voltaria logo pra mim. Contei pra ela que nosso filho estava bem e saudável e disse que ele também estava com saudade dela assim como eu, e depois de longos minutos me levantei e fui vê-lo no berçário, ele estava quetinho dormindo e Bruna ainda estava la o observando, quando me viu abriu um pequeno sorriso e me abraçou de lado. ( .. ) E assim se passaram mais dois dias, eu quase não saia daquele quarto, e estava começando a ficar preocupado com o Breno Gabriel, as enfermeiras disseram que estavam o alimentando, mas que ele precisava do leite da mãe, e com ela em coma era impossível.


 O Fernando não apareceu mais depois de que saiu a dois dias, achei estranho pois ele disse que voltaria, tinha alguma coisa de muito errado acontecendo e eu queria muito saber o que era, mas no momento eu só podia rezar pra que a Jéssy acordasse logo e pudéssemos ir pra casa com o nosso filho, que pudéssemos seguir nossas vidas normalmente.

( ...)

- Luan, posso entrar ? - o médico apareceu na porta
- Claro doutor - me levantei - Aconteceu alguma coisa?
- Não não - ele disse ajustando os óculos - É que saíram os resultados dos exames da Jéssy
- E então doutor, como ela esta ?
- Muito bem eu presumo - ele disse me deixando aliviado - O estranho, é que pude ver que ela esta com grande quantidade de adrenalina no sangue - me olhou desconfiado - E que eu saiba ela não esta correndo uma maratona, você sabe algo sobre isso ?
- Não doutor, claro que não - disse chegando perto dela - Talvez aquele enfermeiro saiba
- Que enfermeiro ?
- Aquele que veio aqui depois que o senhor disse que ela havia .. Bem você sabe, ele disse que tinha que fazer alguns procedimentos
- Procedimentos ? Você viu se ele aplicou algo na veia dela ?
- Não doutor, eu estava chorando muito e nem reparei no que ele fez - disse me sentando - O senhor acha que ele aplicou adrenalina na veia dela ?
- Provavelmente, mas eu não entendo, porque esse enfermeiro faria isso ?
- Também não sei, achei que o senhor tivesse o mandado aqui
- Não não, quando um paciente morre ele é encaminhado pro IML, la é que eles cuidam do corpo e tudo isso, aqui nós não fazemos nada - coçou o queixo - Vou perguntar aos enfermeiros, mas é muito estranho isso - me fitou - De qualquer forma, parece que foi isso que a trouxe de volta a vida
- Então deveríamos agradecer a esse enfermeiro, não!?
- Ah não, isso que o tal fez foi muito arriscado - ele disse sério - Poderia ter causado mais danos ao corpo dela, poderia até ter feito ela ressuscitar e morrer novamente - ele chegou mais perto dela - Teria sido doloroso pra ela, ela iria sofrer mais ainda - me olhou - Bem, acho melhor eu investigar qual dos enfermeiros fez isso, ele salvou a vida dela, mas não foi correto o que ele fez, precisamos o demitir imediatamente. Se me der licença - com um maneio de cabeça o vi sair e voltei-me para ela. Quem sera que fez isso e porque? Se ao menos eu tivesse prestado atenção
- Só to fazendo burrada sem você amor, volta pra mim - me sentei segurando sua mão na minha - Não aprendi a viver sem você, e nem sei se consigo - pausa - Eu e o Breno precisamos de você
- Luan ? - levantei a cabeça e olhei pra ela, seus olhos permaneciam fechados mas eu podia ver que sua cabeça se mexia, me levantei afoito e apertei sua mão


- Luan, cade você ? - ela perguntou com dificuldade
- Eu to aqui vida, to do seu lado - passei a mão em seu rosto - Fica calma, eu vou chamar o médico pra vir aqui ver você
- Não - apertou minha mão - Não me deixa Luan, não vai - vi que seus olhos foram se abrindo e uma lagrima caiu deles. Com o polegar enxuguei sua lagrima e sorri pra ela
- Ta bem, não vou sair do seu lado - apertei a campainha que ficava ao lado da cama, logo uma enfermeira apareceu no quarto - Ela acordou, você chama o médico pra mim ? - ela assentiu e saiu apressada pela porta - Vai ficar tudo bem, agora ta tudo bem - acaricie seu rosto
- Cade o nosso filho Luan? Cade ele ?
- Calma vida, ele ta bem - a silenciei com o dedo - Ele esta no berçário, estão cuidando muito bem dele viu? - vi que ela se acalmou e deu um pequeno sorriso
- Eu sonhei com o Téo - ela disse melancólica - Ele me contou dois segredos
- É, e que segredos ele te contou?
- Não posso contar, é segredo - ela riu e tossiu - Mas ele disse que você vai saber na hora certa, ele disse que eu não podia te contar
- Seu irmão é chato até do outro lado da vida - disse e ela deu uma risadinha. Fiquei sério novamente e a encarei - Como se sente ? Dói alguma coisa ?
- Só a barriga - fez biquinho - O que aconteceu? Eu não me lembro de nada
- Ai esta você - o médico entrou a interrompendo - Tenho certeza de que o Luan vai te contar tudo, mas depois, preciso te examinar agora tudo bem ? - ele disse e ela concordou fazendo bico - Ótimo, porque não avisa seus pais e sua irmã que ela acordou ?
- Tudo bem doutor, é isso que eu vou fazer - concordei, dei um beijo na testa dela e sai. Minha irmã estava sentada na sala de espera e meus pais haviam acabado de chegar, eles vieram e passaram os dois últimos dias inteiros aqui no hospital - Mamusca, pai, Bruna - cheguei os chamando - Ela acordou, a Jéssy acordou
- Ah filho, que noticia boa - minha mãe me abraçou - Já podemos vê-la ?
- Ainda não, o médico esta examinando ela - disse - Mas acho que ela esta bem, ela até disse que sonhou com o Téo - disse sorrindo feito bobo
- Mas ela reclamou de alguma dor, disse como estava se sentindo ?- Bruna perguntou
- Ela só disse que estava com dor na barriga, acho que deve ser normal - parei pra pensar e fiquei preocupado - Sera que tem algum problema ?
- Não deve ser nada filho, não vamos nos desesperar - meu pai disse
- Você tem razão - disse me acalmando - Bruna cade o Lucas ?
- Não sei, ele disse que precisava ir comprar uma coisa - deu de ombros - Daqui a pouco ele deve tar ai de novo - se sentou - Eu queria ver a Jéssy, vai demorar muito ? - bufou
- Acho que não - ri de sua ansiedade - Vamos ter que esperar de qualquer forma - dei de ombros e me sentei do lado dela. Ficamos assim por mais ou menos vinte minutos, até que o médico disse que poderíamos vê-la. Bruna foi a primeira a entrar no quarto, meio desajeitada ela deu um abraço na Jéssy e ficou tagarelando o quanto estava feliz por ela estar bem, meus pais foram mais dóceis e perguntaram como ela estava se sentindo e se precisava de alguma coisa. Só depois o Lucas chegou e ficou espantado quando entrou no quarto e viu a Jéssy acordada
- Ei, não esperou nem eu chegar pra acordar ? - se fez de bravo dando um beijo na testa dela - Se soubesse tinha voltado mais rápido
- Não se preocupe - ela riu - O importante é que você ta aqui agora
- Ei ei, vamos parar com isso - disse emburrado e todos riram - Não to vendo graça, a mulher é minha caramba - fiz bico
- Meu ciumento - ela riu - O médico me contou o que aconteceu - ela disse mudando de assunto - E também disse que eu estou bem, em dois ou três dias vou ter alta
- Não vejo a hora - dei um selinho nela - Quero curtir você e nosso filho fora desse hospital
- Eu também amor, não vejo a hora de sair daqui - sorriu - Agora eu queria ver meu filho, Lu pergunta pro médico se eu posso ? - assenti e sai correndo pelo corredor, encontrei o médico e ele me disse que com certeza ela poderia ver o filho, me disse pra esperar que uma enfermeira o levaria até o quarto pra Jéssy o amamentar pela primeira vez. Voltei pro quarto e pouco depois uma enfermeira chegou trazendo o meu filho
- Aqui esta seu filho - ela o colocou ao lado da Jéssy sorrindo


- Oi meu amor, a mamãe estava com saudade - ela disse segurando ele junto ao peito - Tinha me esquecido de como você é lindo - sorri vendo com ela estava feliz - Seu papai cuidou bem de você quando a mamãe não tava ? - me olhou e eu fiz que sim. Breno Gabriel começou a procurar o peito da Jéssy e nós rimos, ele devia estar faminto, a enfermeira a ajudou e em questão de segundos ela estava amamentando nosso filho. Depois que acabou de amamenta-lo a enfermeira mostrou como se fazia pra ele arrotar e depois saiu dizendo que o bebe poderia ficar conosco por algum tempo antes de ela o levar pra dar banho. Meus pais e a Bruna se sentaram no sofá, eu na poltrona e o Lucas ficou de pé, ele parecia estar nervoso e suando, não parava de olhar pra Bruna
- O que aconteceu Lucas? Ta parecendo que vai ter um infarto
- Estou prestes a ter um - ele disse andando de um lado pro outro - Seja o que Deus quiser - disse fazendo o sinal da cruz e indo até a Bruna - Amor, levanta um pouquinho ?
- Ta bom - ela se levantou confusa - Que foi?
- Eu preciso, preciso .. - disse se ajoelhando, do bolço ele tirou uma caixinha - Preciso aproveitar que ta todo mundo aqui, até o batutinha - disse olhando pro bebe, Jéssy riu e Bruna parecia estar em estado de choque - Já faz um tempão que a gente ta junto, e nesse tempo todo que eu estou do seu lado percebi que não saberia viver do lado de nenhuma outra mulher - pausa - E aqui na frente dos seus pais eu quero te perguntar, Bruna você aceita se casar comigo ?
- Óh meu Deus - ela colocou as mãos no rosto chorando - É claro que eu aceito - Lucas se levantou e colocou a aliança no dedo dela, Bruna fez o mesmo colocando a aliança no dedo dele e os dois se beijaram, eca


- Ta já podem parar - separei os dois, Lucas riu nervoso e olhou pros meus pais
- Eu queria pedir a benção de vocês - disse e ficou parado tremendo
- Você tem a minha benção querido - minha mãe se levantou o abraçando
- A minha também - meu pai disse depois de fazer uma cara feia de brincadeira, se levantou e deu um abraço no Lucas também. Ele então olhou pra mim
- Que é ?
- Quero saber se você aprova
- Aprovo né, fazer o que - revirei os olhos, Lucas me abraçou e eu o afastei - Para ow, não quero macho me abraçando - todos riram e dali em diante foi só alegria.

Narrado pela 3° pessoa 

- Você tem certeza de que vai ser necessário fazer isso ? - ela perguntou temerosa - Deve haver um outro jeito - dizia tentando o convencer
- Não, já disse - ele falou nervoso - Se não fizermos isso nunca vamos conseguir
- Mas é só uma criança - dizia a outra - Vocês tem noção disso ?
- Que se dane - disse a protegida - Você esta aqui pra nos ajudar ou não esta ?
- Sim eu estou - disse dando-se por vencida - Mas só porque preciso do dinheiro
- Então bico fechado, ou não vai ter dinheiro nenhum - a protegida disse colocando o dedo em seu peito e a empurrando
- Deixe ela - ele disse farto de brigas - Não podemos perder tempo com discussões, vocês já sabem o que devem fazer não sabem ?
- Sim - as duas responderam juntas
- Ótimo, agora só precisamos esperar o dia certo - Ele se sentou em sua poltrona, acendeu um cigarro e sorriu enquanto relembrava os passos de seu plano.

Luan Narrando 

 ( ... ) Mais dois dias tinham passado e ainda estávamos esperando que o médico libera-se a Jéssy e o bebe pra irem pra casa, meus pais viriam hoje mais tarde e a Bruna tinha ido com o Lucas procurar uma igreja onde poderiam marcar o casamento, o que eu acho que esta sendo muito apressado, eles poderiam esperar mais, uns anos, ou sei la. Estava sentado do lado da Jéssy e conversávamos sobre o bebe e sobre quando iriamos o batizar e tudo mais quando o médico entrou
- Com licença - disse entrando - Vejo que parece melhor - Jéssy assentiu sorrindo - Preciso te examinar de novo pra ter certeza de que esta tudo bem - Dessa vez fiquei no quarto com ela, e quando o médico terminou de examina-la disse que ela já estava liberada para ir pra casa com o bebe. Ficamos felizes da vida e eu liguei pros meus pais, que avisaram a Bruna e o Lucas, logo estavam todos aqui menos os pombinhos claro, e milagrosamente o Fernando voltou, quem também ficou sabendo e veio até o hospital foram a Beatrice a Giovana e a Thais
-Faz tempo que não vejo vocês - Jéssy disse enquanto eu a ajudava com as malas
- É, minha vida anda meio corrida - Giovana disse - To com uns problemas financeiros ai, ta difícil de vir visitar minha amiga - riu envergonhada
- Não se preocupe com isso - Jéssy disse descontraída - E você dona Thais ?
- Eu ? Eu estou cheia de dividas também - riu fazendo cara de cachorro
- Eu só não te visitei por que estava ruim - Beatrice se pronunciou - Me desculpe
 As três abraçaram a Jéssy e ficaram loucas com o bebe, vi Bruno e o Guto chegando e botamos o papo em dia, Fernando não se enturmou muito e só ficou de longe observando. Quando ficamos prontos pra ir embora, Jéssy pediu pra um enfermeira trazer o bebe que havia sido levado pra tomar um banho mais cedo. Enquanto isso ficamos conversando na sala de espera, eu meus pais e a Jéssy. Os outros já haviam ido embora
- Com licença senhora Jéssy - a enfermeira disse cautelosa - Mas me disseram que o seu bebe já foi entregue
- Como assim já foi entregue ??? Ninguém trouxe ele pra mim - se levantou assustada
- Bem, deve ter havido algum engano então, pois me disseram que uma amiga sua já havia buscado ele no berçário e ..
- COMO ASSIM UMA AMIGA MINHA ?? - disse desesperada - CADE O MEU FILHO ??
- Eu não sei senhora, me desculpe - a enfermeira disse assustada - Eu vou chamar os seguranças, eles podem ter visto alguma coisa
- Luan, meu filho - me olhou chorando - Levaram meu filho


 Oi gente, quero dizer que ontem minha inspiração fugiu e por isso não postei okay? Só estou postando a essa hora porque minha internet esta caindo muito hoje e porque acordei com a noticia de que o Cristiano Araújo faleceu, não sou fã dele, mas chorei feito louca ! Foi uma grande perda e só posso desejar forças pras fãs dele e pra família, porque se pra mim foi horrível perder um cantor tão talentoso imaginem as fãs e família, e também estou rezando pra que Deus conforte o coração dos familiares da namorada dele, que Deus os receba la em cima e cuide deles pra nós !! #Luto. 
 Espero que tenham gostado do capitulo e comentem, agora peço que façam um minuto de silêncio em homenagem a ele, sentiremos sua falta !!! 


domingo, 21 de junho de 2015

Capitulo 107


"Eu amo esse lugar, mas ele é assombrado sem você"


- Eu,eu posso ver ela ? - perguntei aflito, ele balançou a cabeça negativamente
- Creio que vê-la agora só fara mal ao senhor - me olhou com pena - Peço que se acalme um pouco, antes de eu o autorizar a ver sua mulher. Agora se me der licença - ele se foi e eu me sentei. Bruna chorava descontroladamente e Lucas tentava me acalmar dizendo que tudo ia ficar bem.
- Cara se acalma, só vai piorar se você ficar nervoso
- Você não entende Lucas, se eu perder ela não vou ter forças pra continuar - o fitei - Nem vou saber como cuidar dessa criança - olhei pras minhas mãos - Eu teria que largar minha carreira pra cuidar do bebe, e eu nem sei se aguentaria fazer isso
- Você não tem que pensar assim Luan, ela vai ficar bem - colocou a mão em meu ombro - Ela já passou por uma situação pior e sobreviveu, ela é uma mulher forte Luan, tenho certeza que ela vai passar por isso - pausa - O corpo dela só precisa de um tempo pra se curar - Assenti e abaixei a cabeça, naquele momento eu não conseguia falar, não saia nenhum som da minha boca.

( ...)

Sei que devia ter ligado antes mas foi tudo tão rápido, quando finalmente consegui ligar pros meus pais e contar tudo o que estava acontecendo eles entraram em desespero, me mandaram ficar calmo e disseram que estavam vindo pra cá. Não fiquei surpreso ao vê-los entrando em questão de menos de dez minutos, eles devem estar tão aflitos quanto eu. Minha mãe se sentou ao meu lado e me abraçou sem dizer nada, olhei pro meu pai e ele parecia compreender a minha dor, parecia estar sentindo dor também, afinal, a Jéssy é a da nossa família agora, e nós a amamos.
- Nossa senhora vai salvar ela filho, eu tenho fé - minha mãe disse apertando o seu terço
- Não se desespere meu filho, nós estamos aqui com você, vamos te apoiar - meu pai disse batendo em meu ombro - Ela é forte, vai melhorar, eu sei que vai
- Vocês querem alguma coisa? Uma água, algo pra comer ? - Fernando perguntou se levantando - Preciso comprar cigarros - disse mostrando seu maço vazio - Posso trazer algo se quiserem
- Não querido, muito obrigado - minha mãe respondeu - Ah não ser que os meninos estejam com fome - nos olhou, eu e Bruna fizemos que não, Lucas também recusou
- Bem, se precisarem me liguem, a Bruna tem meu numero - fez um gesto de cabeça. Ele saiu e voltamos a ficar em silêncio, eu não sentia fome, não sentia sede, não sentia nada, só a dor, era só a dor que dominava os meus sentidos.

Narrado pela 3° pessoa 

 Na rua, ele andava com rapidez, parecia estar nervoso e nenhuma pessoa que passava por ele deixava de notar o quanto ele parecia a ponto de ter um infarte, algumas pessoas chegaram a lhe parar na rua para prestar ajuda, perguntaram-lhe se ele estava bem e ele apenas dizia que sim e as dispensava com um aceno de mão. O tempo estava passando rápido, e ele precisava fazer alguma coisa.
- Temos um problema - ele disse ao telefone
- O que houve dessa vez ? - ela respondeu aflita
- Vamos perde-la, preciso daquela injeção - disse se certificando de que não estava sendo seguido
- A injeção ? Mas é arriscado demais - respondeu em desespero - Pode não dar certo
- Não temos alternativa - ele disse já perdendo a paciência - Olha, eu não fiz tudo isso pra perde-la agora, você vai ou não me entregar a maldita injeção? - disse ríspido
- Vou, maldição !! - praguejou - Vou levar-lhe a maldita injeção, aonde você esta ?
- Estou naquele posto de gasolina, você sabe qual é
- Sei - disse ofegante - Fique ai, eu não demoro
 A ligação foi encerrada e ele esperou, esperou aflito e nervoso, não havia maneira de ficar parado e teve que diversas vezes disfarçar para não levantar suspeitas as pessoas que ali estavam. Meia hora depois quando ha avistou, sentiu um grande alivio, ele não tinha mais tempo a perder, cada segundo era precioso.
- Você trouxe? - disse a puxando pro canto
- É claro que eu trouxe - olhou em volta - Alguém viu você? Alguém te seguiu?
- Não, já verifiquei - ele disse impaciente - Agora me de isso aqui, não temos mais tempo
- Tem certeza de que isto vai dar certo ? - ela disse titubeando um pouco com o pacote que continha a injeção em suas mãos
- Não, mas tenho que tentar - disse arrancando-lhe o pacote das mãos - Agora vá, não podemos ser vistos juntos - Ele concordou e ambos seguiram caminhos diferentes. Ele caminhava a passos largos, precisava chegar la o mais rápido possível, e precisava arrumar um jeito de chegar a ela sem que o vissem, sem que desconfiassem.

Luan Narrando

 Mais de meia hora havia se passado, não vi mais o Fernando e nem fazia questão que ele voltasse, o hospital estava em um silencio desgraçado, não passava ninguém por aqui e isso só ajudava a aumentar a minha angustia, eu não sabia por quantas horas mais teria que esperar, não sabia quando poderia vê-la. Minha cabeça permanecia abaixada, só a levantei quando vi enfermeiras correndo em direção ao corredor, um barulho ensurdecedor vinha de algum dos quartos. Me levantei agoniado e vi o médico que falara comigo mais cedo indo em direção ao corredor também, tentei o seguir mas fui barrado, eu não podia entrar ali e não tinha como saber o que estava acontecendo. Houve mais tumulto, vi alguém correr com um desfibrilador, Bruna já chorava novamente e eu queria mais que tudo entrar naquele corredor e achar ela, saber se ela estava bem. ( ... ) Dez minutos mais tarde a confusão parou, as enfermeiras vinham de volta com ar cansado, pareciam ter perdido uma luta, uma batalha. O médico só apareceu pouco depois, seus olhos estavam voltados pro chão, e ele parecia estar se preparando para outra guerra, quando finalmente seus olhos se levantaram, foram para mim que olharam, senti meu coração gelar e vi o médico vir até mim.
- Eu sinto muito - ele disse tirando seus óculos - Muito mesmo
Ao ouvir  aquilo minha cabeça começou a rodar e tudo em volta parecia ter sumido, eu não podia estar ouvindo aquilo, não depois de tudo que passamos juntos, não podia acabar assim, eu não podia perder ela desse jeito, não agora, não desse jeito. Um filme começou a passar na minha cabeça, cai de joelhos no chão enquanto via cada momento que passei com ela, cada beijo, cada jura de amor, cada briga e cada reconciliação. Tudo estava ali, como um filme de nossas vidas até aqui, eu quase podia tocar, quase podia sentir o que senti naqueles momentos, mas não me permiti, não poderia sentir felicidade sem ela do meu lado. Não seria justo sentir felicidade quando ela esta sentindo dor, e a dor dela é a minha dor, se ela sofre eu sofro mais ainda, ela é a lua do meu céu, o mel que adoça a vida.
- Não - me levantei - Isso não vai ficar assim, não vai
- Luan por favor - Bruna disse chorando - Por favor se acalma
- ME ACALMAR BRUNA ? COMO POSSO ME ACALMAR, É O AMOR DA MINHA VIDA QUE TA LA DENTRO - comecei a chorar pra valer - EU NÃO POSSO DEIXAR QUE ELA MORRA, NÃO POSSO. ELA É O MOTIVO PRA EU TER FORÇAS, ELA É A RAZÃO DE A MINHA VIDA TER ALGUM SENTIDO - gritei apontando pro corredor - E SE ESSA MERDA DE HOSPITAL NÃO TEM A CAPACIDADE DE SALVAR ELA, EU TENHO !
- LUAN NÃO, POR FAVOR - Bruna gritou tentando me segurar
- ME SOLTA BRUNA, ME SOLTA - me soltei e sai correndo pelos corredores, abri todas as portas que encontrei até achar em que quarto ela estava. Quando finalmente a encontrei peguei em sua mão e comecei a sacudir - JÉSSY ACORDA, POR FAVOR MEU AMOR, MINHA VIDA, ACORDA, EU NÃO VOU SABER VIVER SEM VOCÊ. EU NÃO AGUENTO MAIS, NÃO AGUENTO ESSA ÂNSIA DE TE PERDER, É A SEGUNDA VEZ QUE TE VEJO ASSIM EM UM HOSPITAL, VOCÊ NÃO PODE ME DEIXAR, NÃO TEM ESSE DIREITO - cai de joelhos ainda sem soltar a sua mão. Dois seguranças vieram mas foram barrados pelo médico
- Deixem ele, tenho certeza de que ele não vai causa problemas - Os dois saíram meio contrariados e agradeci ao médico em silêncio, ele se foi e vi Bruna entrar, ela se ajoelhou e colocou as mãos nos meus ombros, deitando sua cabeça na minha e chorando comigo. A mão dela parecia estar ficando fria, o meu desespero dava lugar a dor, e eu pouco me importei quando um enfermeiro entrou no quarto, disse que precisava fazer alguns procedimentos, sua voz era estranha e não notei como era seu rosto, estava ocupado demais chorando, sentindo a perda.

Narrado pela 3° pessoa 

 Ao abrir os olhos ela sentiu uma leve dor ao redor deles, a luz que veio em sua direção era forte demais, mais forte do que ela pensava que uma luz podia ser. Quando seus olhos se acostumaram ao lugar, ela se viu deitada em um banco no meio de um enorme jardim, ficou assustada e se sentou. Em volta não se via ninguém, onde estava o hospital? onde estava Luan ? Desesperada ela se levantou, começou a andar por aquele lugar estranho, o jardim era de uma beleza inebriante, ela quase desejou permanecer ali pra sempre, mas só se seu amado e seu filho estivessem com ela, seu filho, onde estaria seu pequeno bebe ? Ela queria gritar mas parecia que seria errado fazer isso ali, mas alguns passos a frente ela notou que havia alguém, um homem
- Com licença ? - tocou seu ombro e o rapaz se virou
- Oi, estava esperando por você - tamanha foi a surpresa dela que sua boca se abriu e dela não saiu som nenhum, estava sem fala, como poderia ? Quando finalmente conseguiu falar, foi o nome dele que ela pronunciou - Téo ?
- Oi maninha, sentiu saudades ? - ele sorriu a puxando para um abraço
- Como, como eu, você ? - ela dizia gaguejando
- Sabia que estaria confusa - ele disse paciente - Me mandaram aqui para conversar com você
- Quem .. quem te mandou ?
- Digamos que foram, os anjos - sorriu amigável - Vem, vou lhe explicar tudo - ele disse colocando a mão em suas costas, ainda assustada ela ia andando e escutava com atenção tudo o que ele falava


- Antes de mais nada, esse aqui é o céu - ele disse parando
- O céu? Então eu morri ? - ela perguntou confusa
- Sim e não - ele fez uma pausa - Você não vai ficar aqui, alguém vai intervir e te levara de volta a vida, por isso temos que ser breves, temos pouco tempo
- Quem, quem vai me salvar ?
- Aquele que depois lhe causara grande sofrimento
- Como alguém que vai me fazer sofrer pode me salvar ? - ela disse ainda mais confusa
- Isso não importa maninha, a mente humana é muito difícil de se decifrar - ele a guiou até um outro banco, este ficava perto de um pequeno córrego - A minha missão aqui é lhe contar duas coisas, preste bem atenção - ela concordou com um gesto - Você e o Luan não estão juntos por acaso
- Não? - ela perguntou surpresa
- Não - ele balançou a cabeça - Vocês já se amam desde outras vidas, vocês tiveram seus destinos cruzados a muito tempo
- Como assim Téo?
- Já vou lhe explicar - ele sorriu - A anos atras Deus resolveu que criaria duas almas gêmeas, um homem e uma mulher - lhe explicou - E essas duas almas estariam fadadas a se amarem em todas suas encarnações, e claro essas almas eram a sua e a do Luan - sorriu ao ver que a irmã também sorria - Mas em todas as vidas, os dois foram separados pelas pessoas, pelas coisas e pelo tempo. A maldade não os deixava ficar juntos, e Deus sempre intervinha, até que ..
- Até que ? - perguntou curiosa
- Até que ela se cansou de ver suas almas gêmeas sofrendo tanto, por tantas encarnações, então decidiu que esta seria a última - ela abriu a boca surpresa - Mas para isso, eles passariam por uma grande provação, aquilo que faria o mundo ver o quão um amor verdadeiro pode suportar a tudo e a todos - ele fez uma pausa - E é ai que entra a segunda coisa que preciso lhe contar, você e o Luan agora passarão por um grande sofrimento, o amor de vocês sera testado - ele disse sério dessa vez - Você terá que ser forte minha irmã, terá que ficar ao lado do Luan, você não pode ceder aqueles que lhe farão mal, eles tentarão lhe fazer mudar de ideia para proteger o Luan, mas não se deixe ser enganada minha irmã - ele fez uma pausa - Pode ser demais eu te dizer isso, mas se você ceder, você e o Luan estarão fadados a continuar reencarnando, e em todas as vidas se amarão mas nunca poderão ficar juntos de novo - ele a olhou preocupado com sua reação
- Então, se eu ceder a essa ou essas pessoas, minha alma e a do Luan nunca terão paz ?
- Exatamente - ele sorriu ao ver que ela havia entendido - Agora precisamos ir, você vai ser salva em poucos segundos - ele se levantou a guiando até um grande portão - E não se esqueça, você não pode contar isso ao Luan, ele saberá na hora certa - disse sorrindo
- Mas, Téo ... - ela não pode mais dizer nada, uma luz branca a envolveu e depois disso ela foi caindo sem parar, até se sentir em casa, se sentir no lugar certo.

Luan Narrando 

Pi .. Pi ... Pi ... Pi ...

Levantei minha cabeça, aquele barulho não estava la até aquele enfermeiro sair daqui, Bruna também levantou a cabeça procurando de onde vinha, me levantei do chão e olhei pra todos os lados, nada parecia diferente e só eu e Bruna estávamos naquele quarto. Olhei pra maquina que estava ligada ao corpo da Jéssy e vi uma pequena linha se mexer. aquilo era normal ? Sera que estava captando alguma coisa ? Olhei pra porta e vi o médico me encarando
- O que você fez? - ele perguntou vindo até nós
- Nada, eu não fiz nada - disse assustado - O que esta acontecendo ?
- Meu rapaz, eu não sei como, mas sua mulher esta viva ...


" Sua mulher esta viva, sua mulher esta viva, sua mulher esta viva, sua mulher esta viva" Aquelas palavras não paravam de se repetir na minha cabeça, e eu não sabia nem como agradecer a Deus, por tamanho milagre que ele havia me proporcionado ..

 Curtinho eu sei, mas aposto que eu matei todo mundo do coração aqui hein ?? haha O que acharam desse capitulo ? Precisam de uns lencinhos ? Porque a autora aqui precisa !!! kkkk Palmas pra mim, sqn kkkk Serio gente, vem coisa por ai e eu to ficando triste sem comentários, o que houve ? Vocês fugiram ? Voltem ! kk Seriooo agora, vou me retirar, comentem please, quero saber se estão gostando, mais uns capítulos e a fic acaba :( por isso comentem enquanto ainda da tempo, preciso muito saber se estão gostando pra mim saber se o final vai agradar vocês. Agora fui, beijos no coração <3 

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Capitulo 106

Musica do capitulo (cliquem) *-*

Luan pareceu estar em choque, e só depois de alguns segundos imóvel me olhando foi que ele me ajudou a sair do banheiro, me sentei na cama com certa dificuldade e ele abriu o gurda-roupas pegando uma roupa pra mim, depois me ajudou a me vestir.
- Respira fundo - me orientou - Faz respiração cachorrinho, sei la, mas fica calma
- Eu to calma Luan - ri de seu desespero - Aii, só vai logo pelo amor de Deus
- Sim, aonde ta a bolça do bebe ? Eu tinha colocado ela ali e
- Ta no canto ali Luan - disse apontando - Eu deixei ali no cantinho - me contorci na cama enquanto o Luan pegava a malinha do bebe e a minha. A dor só parecia ficar mais forte a cada segundo e eu comecei a ficar com medo, a hora tinha chegado e eu não sabia o que fazer. Lucas entrou no quarto preocupado e com cara de sono
- Que houve aqui ? Eu e a Bruna acordamos com essa barulheira
- Vai nascer Lucas, vai nascer - Luan disse colocando as mãos na cabeça - Vai ligar o carro, faz alguma coisa cara, me ajuda - segurou nos ombros do Lucas e o sacudiu
- Pera vai nascer o batutinha ? - Lucas disse usando o apelido que ele deu pro bebe - O BRUNA VAI NASCER SÁCRIANÇA - gritou e a Bruna apareceu de camisola
- Vai nascer ? Ai meu Deus, Luan o que ta fazendo parado ai ? Vai levar isso pro carro, liga pro médico da Jéssy anda - o empurrou - Eu vou me trocar e ajudo ela até o carro, e você Lucas vai se vestir e ajudar o Luan - Os dois saíram correndo e a Bruna me levou até o outro quarto, se trocou na minha frente mesmo e depois me ajudou a ir até o elevador. No corredor encontramos o Fernando, ele estava com um jornal na mão e parecia ter acabado de chegar em casa
- Ei, o que houve ?
- Ela esta em trabalho de parto - Bruna disse me levando pra dentro do elevador
- Peraí, deixa eu te ajudar - ele entrou antes de a porta fechar - Ta doendo ? - o fitei sem falar nada - Ah claro que ta doendo, eu sou um idiota. Respira fundo, cade o pai da criança?
- Ta no carro, ele e o Lucas tão no carro - disse já sem aguentar - Essa merda de elevador que não anda. Aiiiii - apertei a mão da Bruna
- Calma Jéssy vai quebrar minha mão - reclamou -A gente já ta chegando, olha ai abriu vem - me puxou. Fernando veio do outro lado segurando meu braço enquanto eu ia mancando até o carro, Lucas tava do lado da porta e eu entrei no banco de traz com a Bruna do meu lado. Luan viu o Fernando e fechou a cara, mas graças ao bom Deus não falou nada
- Vocês precisam de ajuda ? - Fernando perguntou ainda com a porta aberta
- Não - Luan disse seco
- Para com isso Luan Rafael, entra logo nessa merda - Bruna disse apontando pro outro lado do banco. Fernando se sentou do meu lado e a Bruna do outro enquanto o Lucas foi na frente com o Luan. A cada minuto que passava eu sentia as pontadas ficarem mais fortes e mais frequentes, agora elas vinham a cada cinco minutos, eu me contorcia no carro e a Bruna tentava me acalmar passando uma toalha na minha testa pra secar o suor, Pude sentir que o Luan estava acelerando o máximo que podia e o Fernando que estava ao meu lado parecia pensar em alguma coisa, achei estranho ele não estar tão concentrado em me ajudar como pareceu quando quis vir conosco. Mas também não importava eu só queria chegar logo ao hospital e acabar com aquela dor insuportável.

Luan Narrando 

 Tudo naquele momento só servia pra me deixar mais nervoso, o desespero dentro de mim era tão grande que se eu coloca-se ele pra fora gritando acabaria deixando todos ali dentro surdos. Não disse nada pra Jéssy mas passei esses últimos meses da gravidez dela rezando a Deus que nó dia ele não a levasse de mim, o que o médico disse aquele dia ainda martela na minha cabeça, quanto mais ficamos perto do hospital mais o meu medo vai aumentando. O medo de que ao chegar la eu vá a perder é quase insuportável, se depende-se de mim adiaria esse momento mais um pouco, adiaria até estar preparado, e a quem eu estou tentando enganar? eu nunca estaria preparado para isso. ( .. ) Chegamos ao hospital e sai do carro primeiro, entreguei as malas pra Bruna e junto com o Lucas ajudei a Jéssy a sair do carro, o inútil - Fernando- veio logo atras de nós
- Tem certeza que não precisam de ajuda ? - perguntou pela milésima vez
- Não Fernando, da pra calar a boca pelo amor de Deus ? - resmunguei
- Não precisa ficar nervoso, só estou tentando ser útil
- Seria mais útil se tivesse ficado na sua casa, agora vamos logo com isso - Uma enfermeira nos viu e correu trazendo uma cadeira de rodas e outro enfermeiro nos ajudou a sentar a Jéssy - Ela ta em trabalho de parto, já avisamos o médico dela - disse pra enfermeira
- É a senhorita Jéssy né? - concordei - Já vamos levar ela pra sala de parto, o senhor pode ir preenchendo os papeis enquanto preparamos ela
-AIII TA DOENDO, ME AJUDA - começou a se contorcer na cadeira
- Tragam uma maca, ela não vai aguentar ficar sentada - a enfermeira pediu e logo a transferiram para uma maca, me aproximei e acariciei seu rosto
- Vai ficar tudo bem amor, eu prometo - apertei sua mão
- LUAN TA DOENDO - apertou minha mão já com lagrimas nos olhos - Eu estou com medo
- Temos que leva-la - a enfermeira disse apressada
- Tudo bem - disse e olhei pra Jéssy - Não tenha medo amor, vai dar tudo certo - beijei sua testa a deixando ir - Daqui a pouco estarei com você - disse mas ela já não podia me ouvir


 Fui até a recepção com o coração na mão, preenchi alguns papeis de entrada da maternidade e me pediram que aguarda-se na sala de espera. Eu, a Bruna, o Lucas e aquele outro ficamos la por volta de uns quinze minutos, até que uma enfermeira entrou com um prontuário nas mãos
- Algum acompanhante de Jéssy Rodrigues ? - perguntou olhando em volta
- Aqui - me levantei - Sou o marido dela
- Ah claro, senhor Luan não é ?! - olhou pra ficha - Eles estão com você?
- Estão sim - concordei
- Certo, só um pode acompanhar o parto, quem de você sera?
- Eu - respondi - Eu vou acompanhar o parto do meu filho
- Claro, queira me acompanhar senhor Luan - disse e saiu andando. Olhei pra Bruna que apenas assentiu com a cabeça, segui a enfermeira e fui levado pra lavar as mãos e colocar aquelas roupas esquisitas de hospital, quando estava pronto ela me levou até a sala onde a Jéssy já estava. Vários enfermeiros estavam em volta dela, alguns mexendo em um soro outros em instrumentos cirúrgicos, minha esposa estava deitada com a cabeça virada pro lado, suas pernas estavam abertas em cima de um "suporte" e um médico já se preparava para fazer o parto
- Você deve ser o pai, estou certo ? - ele disse quando notou minha presença. Apenas acenei que sim e ele me guiou até perto dela - Preciso que você segure bem firme na mão dela, e não solte mesmo quando ela quase a quebrar - disse me orientando
- Quase quebrar ? - perguntei gaguejando
- Não se assuste rapaz - disse ao ver minha expressão, deu um pequeno tapa em minhas costas e se colocou de frente pras pernas dela. Fiquei observando ele colocar as luvas e depois começar a falar com ela - Agora eu preciso que você faça bastante força, tudo bem? - olhei pra ela e vi que ela assentiu. Vi ela começar a fazer força e os gritos dela ficavam cada vez mais altos, depois de uns dez minutos nisso vi o médico sorrir um pouco e me chamou - Ta vendo ali, a cabeça do seu filho - forcei a vista e vi que a cabeça do bebe já começava a querer sair, sorri e olhei pra Jéssy que estava com os olhos fechados - Vamos la querida, só mais um pouco - ele disse a incentivando - nessa hora soube o significado de "quase a quebrando", nunca pensei que ela pudesse apertar minha mão com tamanha força e por tanto tempo. Quando os gritos dela pararam mais dez minutos depois senti que ela afrouxou o aperto e depois de alguns segundos de silêncio ouvi um choro que começou baixinho e foi ficando cada vez mais alto - Parabéns, é um belo menino - o médico disse o entregando para os enfermeiros que o limparam, Parei perto deles e pude ver pela primeira vez o meu filho


Bruna Narrando 

 Já tinha mais de vinte minutos que o Luan foi pra la e ainda não voltou, já estava começando a abrir um buraco no meio do chão de tanto andar de um lado para o outro, e a dez minutos eu lutava contra a vontade de A: roer as unhas e B: invadir aquela sala pra ver o que estava acontecendo
- Você precisa ficar calma Bruna, desse jeito vai acabar precisando de um médico - Lucas disse me observando andar de um lado pro outro
- Não da Lucas, meu sobrinho vai nascer e eu quero saber se ta tudo bem - me virei pra ele - Sera que ainda vai demorar muito? Cade uma enfermeira nesse lugar
- Bruna eu to falando, se acalmar por favor - se levantou me segurando pelos ombros - To ficando com torcicolo de tanto virar a cabeça pra te olhar
- Então não olha pra mim, saco - resmunguei alto
- Ta demorando mesmo - Fernando disse, tirando os olhos do celular por um segundo e depois voltando a digitar
- O que você tanto meche nesse celular ? - Lucas perguntou desconfiado
- Ha, são negócios, to arrumando um show pra um cantor ai - disse sem tirar os olhos do aparelho
- Velho se é pra trabalhar sai daqui, vai trabalhar em outro lugar - me exaltei. Ele me olhou um pouco assustado e eu suspirei me sentando - Desculpa, é que eu não aguento mais - baixei a cabeça a apoiando nas mãos - Isso é tortura - Lucas se sentou ao meu lado e me abraçou, ele também parecia estar nervoso, só não demonstrava muito.

Luan Narrando 

 Não ligo se o médico e os enfermeiros pensaram que eu era doente mental, ou qualquer coisa que seja, só sei que quando vi aquele bebe tão pequeno, tão frágil, eu só tive vontade de o pegar no colo e levar pra casa comigo, era como se um novo tipo de amor tivesse nascido dentro do meu peito, era muito maior do que qualquer outro amor que eu já tenha sentido por algo ou por alguém. Me aproximei e eles o entregaram pra mim, nem sabia direito como segura-lo por isso tomei muito cuidado, ele era molinho e eu tinha a impressão de que fosse quebrar se eu mexesse muito, o admirei por longos minutos antes de o levar até a Jéssy e o mostrar a ela
- Oh meu Deus, você é tão lindo - ela disse sorrindo e chorando ao mesmo tempo
- Ele puxou a mãe dele - beijei sua testa - Olha só, tem a sua boca
- E os seus olhos - sorriu - Também é lindo como o papai - acariciou sua cabecinha - Espero que não me de o mesmo trabalho que o pai - riu
- Mentira dela Brenão, seu papai é o cara mais comportado do mundo
- Que mentiroso - riu - Não acredite no seu pai não, ele só fala besteira
- Luan, quer cortar o cordão umbilical ? - o médico se aproximou me mostrando uma tesoura
- Posso ? - ele assentiu e me entregou a tesoura. Me aproximei e com muito cuidado o cortei, uma lagrima escapou dos meus olhos e eu sorri olhando pra ela, que agora segurava o nosso filho nos braços. Cheguei mais perto novamente e beijei os dois, queria que aquele momento durasse para sempre, pois nunca senti amor tão grande como o que estava sentindo agora.
- Luan, Luan pega o bebe - Jéssy disse me tirando de meus pensamentos - Ele vai cair - Olhei e vi que seus braços estavam ficando moles, peguei o bebe antes que ele escorrega-se e o entreguei a uma enfermeira que estava ao meu lado, Olhei assustado para o médico que já voltava a vestir suas luvas e vinha em direção a ela - Eu não sinto nada, o que, o que ta acontecendo ? - ela disse começando a chorar em desespero
- Doutor o que ta acontecendo??? Tava tudo bem até agora - comecei a gritar procurando alguma explicação pro que estava acontecendo - Ela ta sangrando, meu Deus ela ta sangrando - disse ao ver que do lençol vertia sangue, no chão já havia uma pequena poça
- Ela esta tendo uma hemorragia, rápido aqui - gritou pros enfermeiros - Luan por favor peço que se retire, não pode ficar aqui agora
- O QUE? NÃO, É MINHA MULHER, EU NÃO VOU DEIXAR ELA - comecei a gritar recusando-me a sair dali sem ela
- Por favor, levem o senhor Luan daqui - o médico ordenou e dois caras vieram pra cima de mim, fui arrastado pra sala de espera do hospital enquanto eles voltavam pra la sem me dar chance de protestar ou fazer qualquer outra coisa.
- MERDA, MERDA - esmurrei a parede - ME DEIXEM VER MINHA MULHER
- Luan o que ta acontecendo ? - vi Bruna vindo em minha direção seguida do Lucas e o infortúnio da minha vida - Porque você ta gritando desse jeito ?
- O bebe nasceu - disse a encarando - E depois a gente tava segurando ele e , e ai a Jéssy pediu pra eu pegar ele porque ele ia cair, depois ela começou a sangrar e eu não sei, eu não sei o que ta acontecendo com ela - disse desesperado atropelando as palavras
- Espera o que ? Mas ela ta bem? Cade ela agora ? - Bruna se desesperou
- Eu não sei Bruna, não sei - me sentei sem forças e comecei a chora e a amaldiçoar a Deus e a todas as pessoas que existem na terra, Bruna se sentou do meu lado e me abraçou, nós dois choramos enquanto Lucas, também abatido, foi buscar água com açúcar para nós tomarmos. Fernando parecia ter visto um fantasma pois estava branco como a parede do hospital, não conseguia acreditar que ele se importa-se com ela, mas foda-se eu não to nem ai pra ele, eu só preciso que ela fique bem.

( ... )

 Fazia duas horas desde que fui expulso de la e não tive noticias da Jéssy, algumas enfermeiras que passaram me garantiram que assim que soubessem de alguma coisa viriam me avisar. Eu não aguentava mais ficar sem noticias e estava a ponto de quebrar o hospital inteiro atras dela
- Senhor Luan ? - uma enfermeira parou a minha frente
- Sim sou eu - me levantei - Como esta minha mulher ?
- Bem, me desculpe eu não sei - disse olhando seu prontuário - Trabalho na parte do berçário, só vim avisar que se quiserem podem ver o bebe através do vidro
- Vamos por favor ? - Bruna parou ao meu lado - Sei que não é uma boa hora, mas eu quero tanto ver meu sobrinho, por favor
- Tudo bem - concordei - Vamos, mas depois eu não me chamo Luan se eu não arrumar um jeito de saber noticias da Jéssy - ela fez que sim e todos seguimos atras da enfermeira. Através do vidro ela nos mostrou onde o Breno estava, Bruna grudou no vidro e só faltou babar o chão todo quando viu o sobrinho dela que havia acabado  de nascer


- Ele é tão lindo, quando vamos poder pegar ele ? - perguntou pra enfermeira
- Dentro de um dia ou dois, ele ainda precisa de alguns cuidados, banho se alimentar - explicou - Depois ele sera levado pro quarto da mãe todos os dias por algumas horas até o dia da alta
- Ain, não sei se vou aguentar ficar sem apertar essa coisinha linda - riu - Mas, eu sei que você só trabalha na maternidade, mas não tinha como saber como esta a mãe do pequeno Breno Gabriel ? - disse fazendo biquinho pra enfermeira
- Olha eu não costumo fazer isso, mas vou tentar conseguir alguma informação
- Obrigado - a abraçou - Vamos esperar na sala de espera
 Voltamos a nos sentar naquela maldita sala e ficamos sentados ali pelo que me pareceu uma eternidade, já estava duvidando de que aquela enfermeira fosse resolver alguma coisa, até que ela apareceu trazendo o médico com ela
- Doutor como ela esta ? Pelo amor de Deus, eu quero ver a minha mulher
- Se acalme senhor Luan, por favor - disse olhando pra todos nós, que agora estávamos em pé - Tenho que dizer ao senhor que me surpreendi ao ver que o bebe nasceu bem e com vida e ..
- Ah por favor, eu preciso saber como ela esta - o interrompi
- Certo, tudo bem - olhou seu prontuário - Olha eu sei que o senhor vai achar estranho, mas eu já esperava que algo assim fosse acontecer - o olhei sem entender nada - Por isso já estava preparado para atende-la com os procedimentos corretos
- Então ela esta bem ? - senti uma pontinha de esperança
- Digamos que sim - pausa - Ela perdeu mais sangue do que o normal, teve algumas paradas cardíacas e uma respiratória, mas conseguimos a estabilizar, porem ..
- Porem ?? - Bruna perguntou dando um passo a frente
- Porem ela esta fraca demais, esta respirando como ajuda de oxigênio, e por conta de tudo que ocorreu entrou em estado de coma - ao ouvir essas palavras me apoiei no ombro do médico e comecei a chorar, aquilo não podia estar acontecendo


- Mas ela vai ficar bem não vai doutor? Ela vai acordar logo, não vai ? - perguntei entre soluços
- Sinto muito por isso- disse medindo as palavras que iria usar - eu adoraria poder dizer outra coisa, mas ela ainda corre sério risco de vida. Sua esposa esta entre a vida e a morte, agora a unica coisa que podemos fazer é esperar que ela acorde ....

Oi amores da minha vida, tudo bem ? *-* Quero dizer que pretendia postar ontem mas estava cansada e morrendo de dor no pescoço e no ouvido, não ia sair uma coisa legal comigo daquele jeito então decidi adiar pra hoje. Enfim, chorei litros agora, serio mesmo, não me matem por tudo que ta acontecendo e o que vai acontecer nesses últimos capítulos, please. prometo que no fim tudo vai dar certo !! Agora comentem se não vou ficar que nem esse gato 

kkkkkkkkkkk serio, agora eu fui, beijos e comentem :3