Narrado pela 3° pessoa
Sentado na cama ele sorria, pensava ser o plano perfeito, na parede do quarto a foto rasgada ao meio, a parte em que seu adversário estava foi queimada enquanto ele ria. Sua protegida o olhava orgulhosa, aquele plano também era dela, e se ele estava feliz ela também estava. Se o seu plano desse certo, tudo iria ser como eles sempre quiseram
- Não vai demorar muito - ele disse sorrindo pra ela - Logo vamos ter aquilo que queremos, o que é nosso por direito
- Tudo isso graças a você - ela disse risonha - Não teria tido tantas ideias boas
- Não seja boba, você também foi muito importante pra esse plano
- Claro, mas espere - seu sorriso desapareceu - E se não der certo ? Vários outros deram errado na última hora
- Ai vamos pro plano B - sorriu diabolicamente
- Temos um plano B? - lhe retribuiu o sorriso
- Temos, claro que temos - sorriu outra vez, agora coçando o próprio queixo enquanto planejava seu próximo passo
Luan Narrando
A cada minuto trancado naquele lugar eu sentia como se eu fosse ficar louco, pra todos os lados que eu olhava só via paredes e um porta trancada, não tinha saída, não tinha ninguém por perto, eu estava sozinho e sem direito de sair de la. Aquilo tudo era muito surreal, nunca imaginei que um dia me encontraria nessa situação, não consigo nem imaginar como os meus pais vão reagir a isso, isso se eles já não descobriram, devem estar envergonhados, mas o problema é que eu não fiz nada, não mandei ninguém bater naquele desgraçado, não é possível que ninguém aqui acredite em mim. E a Jéssy, sera que ela já sabe ? Sera que esta sofrendo ? Ou eu estava certo e .. Não, chega eu tenho que confiar nela, merda, o que eu faço? Minha cabeça parece um furacão de pensamentos, nada faz sentido e eu não consigo achar nenhuma resposta, nenhuma solução pra isso tudo. Eu só queria poder sair daqui, pensar em tudo que eu disse e achar uma solução, eu preciso muito sair daqui, preciso saber como ela esta, e se ela vai me perdoar? Me levantei do chão e comecei a bater na porta, um policial apareceu e me olhou feio pela brecha da porta.
- Ei cara, pra que tanto barulho?
- Eu preciso de uma coisa
- Ah, todos precisam - ele disse já indo embora
- Espera, é sério - ele me fitou - Quero mandar uma carta pra minha mulher, por favor, juro que não vou pedir mais nada - lhe implorei
- Certo, eu vou perguntar ao delegado se você pode, enviar a tal carta
- Obrigado - disse mas ele já havia saído, me sentei novamente mas agora na pequena cama que havia naquela cela. Apoiei a cabeça nas mãos e comecei a chorar, quem disse que homem não chora era um tremendo de um mentiroso.
Jéssy Narrando
Depois da prisão do Luan ficou praticamente impossível de se viver, dezenas de repórteres vivam na frente do prédio, alguns deles as vezes conseguiam subir e bater na porta do meu apartamento, estava ficando cada vez mais insuportável, e ainda tinham as noticias sobre o Luan, as Fabíola era uma das que mais fazia fofoca e falava merdas, ela postava até coisas que nunca aconteceram, inventava e jogava mais lenha na fogueira, até de mim ela falou ! Disse que eu já tinha dado entrada no divórcio e ia marcar o casamento com o Fernando, vê se pode uma coisa dessas ? O Fernando é meu amigo, eu nunca casaria com ele, e mesmo que não fosse, eu amo o Luan, apesar das merdas dele, confesso que não sei se consigo perdoa-lo, mas também não sei se estou preparada para viver sem ele. Ele foi e ainda é o grande amor da minha vida, e eu arruinaria minha vida se perdesse isso, esse amor tão forte e bonito que sinto por ele, se tirasse um pedaço de mim, de mim e do nosso filho, querendo ou não, teremos um bebe, e isso nos liga pro resto de nossas vidas.
- Esta tudo bem ? - Bruna perguntou se sentando ao meu lado
- De verdade ? Não - suspirei - Tem muita coisa acontecendo e muita coisa na minha cabeça, não consigo nem organizar meus pensamentos, ta tudo embaralhado. E tudo isso por culpa daquela Fabíola, se ela não tivesse inventando aquela porcaria ...
- Eu sei, mas já foi, ela já fez - me olhou - Sei que ta sendo difícil pra você, pra mim também esta, ele é meu irmão, mas temos que ser fortes. Nós três - apontou pra minha barriga
- Só você pra me alegrar um pouco - sorri de leve
- Bom, eu vou fazer alguma coisa pra gente comer - se levantou - E nem adianta me olhar com essa cara, não vou deixar meu sobrinho desnutrido porque a mãe chata dele não quis comer
Ri por um segundo e a observei indo para a cozinha, encostei no sofá e deitei a cabeça, desde aquele dia não tenho conseguido dormir direito, e vez ou outra me pego cochilando no sofá, parece que essa virou a minha cama, principalmente por não me lembrar tanto do Luan quanto quando estou deitada na cama, naquele quarto. Ta tão difícil, tudo me faz lembrar ele, exatamente tudo.
Bruna voltou pra sala pouco tempo depois, com um prato de sopa e copos com suco, se sentou do meu lado e comemos ali sentadas no sofá. Olhando pra ela, posso ver que esta tão abatida quanto eu, queria estar sendo forte assim como ela, aguentando tudo e dando forças pras outras pessoas que estão sofrendo com isso, como as fãs do Luan e os pais dele, a os pais dele, nunca havia visto a Mari gritar tanto como no momento em que soube que seu filho havia sido preso, aquilo doeu em mim, ver as pessoas que amo sofrendo só me faz sofrer ainda mais, talvez seja por isso que a Bruna tem sido tão forte, por não querer que soframos ainda mais com essa situação.
- Estava uma delicia Bru, obrigado - disse ao lhe devolver o prato
- Que nada, agora sim eu estou feliz, você comeu tudo - sorriu pra mim - Espero que continue assim, você não quer que o Luan te veja fraca e magrela quando ele sair de la quer ? - parou e me olhou. Tirei o sorriso do rosto e abaixei os olhos - Você ainda não perdoou ele, não é ? - se sentou ao meu lado largando a bandeja na mesa de centro
- Eu não sei Bruna, eu ainda sinto tanto ódio por ele ter duvidado de mim, por ter dito aquelas coisas - a fitei - Mas ao mesmo tempo eu sinto falta dele, sinto que estou incompleta, mas não sei se consigo perdoar ele - apoiei a cabeça nas mãos - Eu não sei o que fazer
- Eu entendo você - pausa - Olha, não sou boa com concelhos, mas tenta ouvir seu coração, ele vai te dizer o que fazer - sorriu de leve - Vou lavar essas louças, se precisar de mim é só gritar - disse pegando a bandeja e indo até a cozinha.
Luan Narrando
Por quase meia hora eu esperei, cheguei a pensar que ninguém voltaria nem pra me falar um não, mas finalmente a porta se abriu. O mesmo policial me entregou algumas folhas de caderno e uma caneta, me pediu pra ser rápido. "o delegado podia acabar mudando de ideia" foi o que ele disse, agradeci e me sentei em frente a uma pequena mesa que havia ali. Não sabia direito nem o que escrever, fui o mais rápido que pude, não podia perder a oportunidade de pelo menos mandar uma carta pra ela, dizer tudo o que quero dizer. Escrevi como se minha vida dependesse daquilo, porque parte dela realmente dependia.
Narrado pela 3° pessoa
Parecia que o plano deles estava sendo ameaçado novamente, com fúria ele bateu na mesa, curvado ele ainda planejava como impedir que um de seus planos desse errado novamente. Estava sozinho naquela sala, não queria que ela visse sua fúria, não queria assustar sua protegida. Seu rosto se transformava e ele já não era mais o mesmo, o ódio doentio o corroía por todos os membros do corpo, nunca esqueceria do dia em que jurou se vingar, em que jurou te-la para si. E agora estava tão perto de conseguir, podia até sentir o cheiro da vitória, quase podia toca-la, mas havia um único empecilho era ele, o único que ficava entre ele e sua amada, separando-o daquela que ele amou desde de que a viu a primeira vez, desde que a viu quando tinham apenas 15 anos, desde então sua busca por te-la só foi ficando mais intensa, mais doentia. Mas ele não se importava, gostava de estar doente, um doente apaixonado, era assim que ele pensava quando se imaginava ao lado dela.
- Você esta bem ? - uma voz perturbou seus pensamentos
- Estou, o que você quer? - disse sem ao menos se mover
- Só queria saber o que vamos fazer, a respeito disso ?
- Você não precisa se preocupar, cuidarei disto sozinho
- Mas ...
- Agora vá, preciso ficar sozinho - a expulsou com um gesto de mão.
Sem o questionar ela o deixou sozinho, tão bem como ele queria, precisava pensar, não poderia levantar suspeitas contra si nem contra ela, sua protegida era tão inocente, só fazia as suas vontades sem pedir nada em troca, mas ele a retribuiria, daria a ela aquele a quem ela ama, por quem ela é apaixonada a anos. Realizara o sonho de sua protegida e o seu, sem mais interrupções, sem mais desculpas, ele pegaria tudo que era dele, e mais ninguém o impediria, ninguém.
Bruna Narrando
Já era fim de tarde quando percebi que estávamos sem açúcar, queria fazer um doce pra Jéssy então decidi que pediria a um vizinho ou iria até o mercado mais próximo comprar. Quando abri a porta me deparei com o Fernando, ele estava agachado pegando uma carta do chão, quando me viu pareceu tomar um susto, se levantou rápido e segurou a carta com as duas mãos
- Ah oi - sorriu sem jeito
- Oi - o fitei - Que carta é essa? - inclinei a cabeça - Tem o nome da Jéssy ai, foi você que escreveu ?
- Ah não, é, é tava caída no chão, eu pensei em entregar pra ela
- Ah, sei - entendi a mão - Pode dar pra mim, eu entrego pra ela
- Am , claro, claro - me entregou a carta - Ela esta em casa ?
- Esta sim, a propósito, precisamos de açúcar, você poderia nos emprestar um pouco ?
- Claro, posso sim. Eu vou buscar, só um minuto - saiu correndo pelo corredor e eu fiquei parada na porta esperando ele voltar
- Quem era? - Jéssy apareceu na porta
- O Fernando - disse a fitando - A propósito essa carta estava na porta - a entreguei
- Ah, é o do Luan - titubeou - Depois, depois eu leio
- Tudo bem, não precisa se pressionar a ler - sorri solidaria
- Aqui, o açúcar - ele voltou com um pequeno pote
- Obrigado -agradeci - Vai entrar ?
- Se eu não for incomodar - disse olhando pra Jéssy
- Não, claro que não, entra - o chamou. Entramos os três e fui logo pra cozinha, comecei a fazer o doce enquanto pensava no quão estranho foi ver o Fernando ali parado com aquela carta, parece até que estava tentando aprontar alguma coisas, a chega, não vou ficar paranoica que nem o Luan, eu já vi onde isso vai acabar se eu ficar como ele.
Luan Narrando
O que eu mais queria era que ela lesse aquela carta e que me perdoa-se que fizesse aquilo que pedi, só assim saberia que ela me perdoou, que ela iria voltar pra mim. Sem ela eu não seria nada, ela foi a pessoa que entrou na minha vida e fez ela valer a pena, me fez me sentir mais vivo do que nunca, me fez sentir-me o homem mais feliz do mundo. Me disseram que a carta já foi entregue a ela, e que se houver resposta eles irão me avisar, e eu rezo pra que haja uma resposta, e que ela seja positiva. Por falar em cartas, recebi uma da minha mãe, meu sofrimento só aumentou ao ler as palavras dela.
Filho, sou eu sua mãe.
Já sinto tanto a sua falta, os policiais não nos deixaram te ver, por isso estrou escrevendo isso para que lhe entreguem, estamos aqui do lado de fora, e não iremos sair até que possamos te tirar desse lugar horrível. Também tem algumas fãs suas la fora, não as deixaram entrar mas prometi que as informaria de tudo, elas são meninas de ouro, concordo com você quando diz que elas são as melhores fãs do mundo!
Mas escute, eu e seu pai acreditamos em você, sei que não seria capaz de fazer uma atrocidade daquelas, sabemos também sobre o que aconteceu entre você e a Jéssy, sua irmã nos contou. Peço que não se culpe por isso, poderia ter acontecido com qualquer um! Tenho certeza de que ela irá te perdoar, afinal ela te ama, sua irmã nos contou que durante o sono a Jéssy chama seu nome, claro que não contamos a ela mas ... achei que precisava saber disso.
Por favor filho, fique bem ai dentro, estaremos aqui quando você sair, nunca iremos abandonar você, nós te amamos filho, e temos orgulho de você !
Com amor, mamusca e pai.
Jéssy Narrando
Não conseguia nem prestar atenção no que o Fernando estava me falando, só conseguia pensar naquela carta, o sera que havia escrito ali? seria o fim? sera que ele ainda estava desconfiando de mim e com raiva? ou ele ainda me ama, me quer de volta? Tenho medo da resposta, tenho medo da decisão dele, tenho medo da decisão que eu tomar. Se eu fizer a escolha errada irei estragar toda a minha vida, e talvez a vida dele também.
- Me da licença, eu vou pegar uma água - me dirigi até a cozinha e Bruna estava olhando o forno, pedi que ela pegasse um copo de água pra mim e assim que ela me deu agradeci e voltei pra sala, o Fernando parecia estudar a carta em cima da mesa de centro, a mão dele estava bem próxima da carta, mas ele se afastou ao me ver voltando - Algum problema ?
- Não, nenhum - sorriu - Fiquei curioso pra saber de quem era, me desculpe
- Não, tudo bem - suspirei - Quer saber? Ta na hora de eu saber como termina isso, de uma vez por todas - disse pegando a carta nas mãos - Se me der licença - ele titubeou mas assentiu. Me dirigi até o meu quarto e tranquei a porta, precisava de privacidade pra ler o que estava escrito. Respirei o mais fundo que pude e abri a carta ..
Se um dia você me deixar, amor
Deixe um pouco de morfina na minha porta.
Ouvi essa musica do Bruno Mars a um tempo atras, a gora vejo o quanto ela se encaixa com a minha situação. se você me deixar nem toda a morfina do mundo sera capaz de aliviar a dor de te perder, e como também diz na musica, nenhuma religião poderá me salvar.
Eu sei que venho sendo um grande filho da puta com você nos últimos tempos, deixei o ciumes tomar conta das minhas atitudes a machuquei você, mas te juro por Deus que não fui eu quem mandou baterem no Fernando, confesso que contratei um detetive pra investigar se eu estava sendo traído, estava de cego de ciumes, mas nunca faria uma coisa dessas. Você sabe que se fosse pra bater nele eu mesmo faria isso, eu te juro, não fiz isso, não iria me sujar desse jeito por aquele canalha.
Não quero te causar mais sofrimento, estou arrependido e sei que nem todas as desculpas do mundo vão mudar o que aconteceu, mas te peço que me perdoe, não sei viver sem você!
Não precisa responder agora, meu advogado me disse que terei de ficar os dois meses aqui mas conseguiu que assim que essa pena fosse cumprida eu sai-se, você tem dois meses pra decidir se perdoar esse filho da puta aqui ou não .. Não vou te pressionar, não tenho esse direito. .. Se você me perdoar, peço que venha me buscar quando eu sair, e se não .. Você já sabe, eu espero que você venha, que me perdoe.
Eu te amo.
Ass: Pra sempre seu, Luan.
A resposta não veio de imediato, também me lembrei de uma música do Bruno Mars, também achei que se encaixava na minha situação À noite, quando as estrelas Iluminam o meu quarto
Me sento sozinho
Conversando com a lua
Tento chegar até você
Na esperança de que você esteja no outro lado
Conversando comigo também
Ou eu sou um tolo que fica sentado sozinho
Conversando com a lua
Deixei meu coração decidir, e ele escolheu o que era melhor pra ele ....
RETA FINAL !!!!! E os lencinhos ai ? Eu chorei com esse capitulo, espero que tenham gostado. Sei que ficou menor que o anterior, mas achou que ficou bem "intenso" esse capitulo sla kk. E ai, vocês já desconfiam de alguém ? Quem serão essas pessoas que estão armando pra separar os dois ? E qual sera que foi a decisão da Jéssy ?? Sera que ela vai perdoar o Luan?? :O Revelações vem por ai minha gente, vou fazer vocês caírem de suas cadeiras/sofás e afins nos próximos capítulos, e sim estamos caminhando pro final da fic :( , não fiquem tristes kk, vem outra logo depois e espero que me acompanhem la hein? rum kkkk Agora eu fui, beijos meus amores.
Amo MT tudo isso ���� contiiiinua
ResponderExcluirContínua pelo amor de Deus por favor to muito curiosa
ResponderExcluircontinua logo nega por favor,e faça o lu sair logo da cadeia e que o fernando morra ou seje preso não suporto mais ele se metendo na vida do luh e da jessy.
ResponderExcluirVolteiiii não comentei antes pq tava relendo terminei ontem ,mas ta muito perfeito conttt
ResponderExcluir