Porque sou tão emotivo ? Isso não é bom, preciso de autocontrole 8'
- Como assim você quer a mim ? - perguntei assustada - Isso é um absurdo
- Não pra mim princesa, sou malditamente louco por você - abaixou o tom de voz - Só fico me imaginando tocando essa sua pele de seda, te beijando com fervor ...
- Para, para com isso - gritei quase deixando o celular cair - Eu nem conheço você seu pervertido, como pode sequestrar o meu filho por causa disso?
- Ah princesa, você não sabe nem a metade das coisas que já fiz pra tentar ficar com você
- Você, você já fez outras coisas ? - gaguejei
- Varias meu amor, pena que nenhuma delas deu certo, até agora claro - riu - Você pode esbravejar o quanto quiser querida, mas estou com seu filho e o único modo de eu mante-lo vivo e que você venha e fique comigo, pra sempre
- Pra sempre ? - engoli seco
- Pra sempre - confirmou - Se você me deixar, esse lindo bebezinho morre, você sabe que não tem escolha - assoviou - A policia chegou ai, preciso desligar
- Espera - disse mas já era tarde dimais, ele havia desligado e vi a policia entrar pela porta, eles a arrombaram e antes que eu pudesse impedir pegaram o celular de mim.
Luan Narrando
Não era possível que ela não iria sair daquele quarto, já faziam mais de vinte minutos e ela ainda estava la dentro, meu pai tentava me acalmar e por varias vezes me impediu de arrombar a porta e tomar o telefone da mão dela. O meu nervoso só aumentava e eu quase explodi quando a ouvi gritando pra que a pessoa parasse, dessa vez estava decidido a arrombar aquela porta a qualquer custo, mas não tive tempo pois a policia chegou
- Cade ela ? - o delegado perguntou
- No quarto, o que esta acontecendo ? - perguntei aflito
- É um homem, ele ligou pra ela mas não conseguimos o rastrear - ele disse apressado - Ouvimos parte da conversa até ele mandar ela pegar um outro celular
- Outro celular ???
- Sim, ele disse que estava em baixo da cama, depois disso viemos o mais rápido que pudemos pra cá, e olha temos um péssimo pressentimento
- Como assim ? - minha mãe que havia acordado com o barulho veio até a sala - O que esta acontecendo, e cade a Jéssy?
- Ela esta no quarto falando com o criminoso - o policial Paulo respondeu - Precisamos pegar o celular dela agora, talvez ele tenha deixado algum rastro - ele nos explicou rapidamente que o que ouviram foi que o tal não queria dinheiro, mas que não puderam ouvir o que ele queria já que a Jéssy devia estar usando o tal celular que ele infiltrou em nosso apartamento. - Não temos mais tempo, precisamos entrar la - concordei e pedi que meus pais ficassem ali, não queria botar eles em perigo também, não poderia aguentar mais nada. Os policiais arrombaram a porta do quarto e encontraram a Jéssy com o celular no ouvido, sem esperar o delegado o pegou das mãos dela e começou a mexer a procura de qualquer coisa que pudesse ajudar
- Não tem nada, o desgraçado não deixou rastro - rosnou o delegado - E essa porcaria é descartável, não temos nada que nos mostre onde ele esta - fitou a Jéssy - Ele te disse onde estava, deu alguma endereço, alguma localização?
- Na, não, ele só disse o que queria - disse gaguejando
- E o que ele tanto quer ?? - perguntei desesperado
- Ele quer a mim - me olhou - Ele disse coisas repulsivas, disse que se eu não ficasse com ele mataria meu filho - começou a chorar - Meu filho
- Não, ele não vai conseguir - me sentei a abraçando - Façam alguma coisa, vocês tem que dar um jeito nisso, ele não pode fazer isso
- Nós vamos fazer tudo que pudermos senhor, precisamos ir pra delegacia - um dos policiais disse olhando pro delegado
- Sim, mas o Paulo vai ficar aqui, precisamos ter certeza de que ela estará segura, e vocês venham comigo - chamou os outros policiais, eles saíram e o Paulo avisou que ficaria na sala vigiando a porta, e mandou que ficássemos no quarto por questão de segurança.
Narrado pela 3° pessoa
Ele ainda se sentia tenso, mas ainda continuava confiante até agora seu plano estava correndo como ele havia planejado, dessa vez ele não poderia falhar, era sua ultima chance de conseguir te-la em seus braços, de realizar o sonho da irmã de se casar com o cantor famoso e de quebra ficaria com o pirralho, criaria como se fosse dele. Na cabeça doentia do rapaz, ela o amava e não admitia, mas de uma coisa ele sabia, sabia que estava doente por ela, que a queria em sua cama de todas as formas possíveis, mostraria a ela como se satisfaz uma mulher, como se é um homem de verdade
- Temos um pequeno problema - a outra o interrompeu entrando na sala
- O que foi agora ? - ele a olhou com desprezo
- O bebe esta com a fralda suja - bufou - Como vou cuidar dele assim ?
- Se vira, não tem um pano vélho por ai? - disse virando sua bebida pouco se importando se o bebe estava todo cagado ou seja la o que fosse
- Não, não tem um pano velho - se enfureceu - E ele vai ficar com fome em algum momento sabia ? Ele precisa de leite pra não morrer de fome
- Eu to me lixando pra esse bebe, com tanto que ele dure até meu plano dar certo - revirou os olhos - Posso me virar sem ele depois
- Não seja idiota, ele vai abrir o berreiro se ficar com fome - bufou - Quer mesmo ficar ouvindo ele chorar pelas próximas horas?
- Saco, toma aqui a porcaria do dinheiro - disse o jogando na mesa - Mande ela buscar, você fica e cuida pra que ele segure a porra do choro
- Mas que merda, porque não posso ir?
- Por que vai fugir, acha que eu sou trouxa ? Acha que não sei que vai correndo contar pra policia aonde eu estou ? - rosnou - Agora entregue o dinheiro pra ela e vá cuidar do maldito bebe como eu estou mandando, é surda ?
- Não, eu não sou surda - se levantou e foi entregar o dinheiro a outra, que revoltada saiu como disse pra "comprar as porcarias pro pirralho" , quando voltou trouxe fraldas vagabundas e uma lata de leite em pó junto com uma garrafa de água.
- Deve ter alguma panela velha se precisar esquentar, agora anda, aquela merda de bebe esta começando a chorar e eu não vou aguentar isso - Seguindo as ordens dos dois ela foi para a cozinha e achou uma pequena panela velha, esquentou a água e colocou o leite, depois improvisou uma mamadeira e alimentou a criança. Enquanto via o bebe mamar, se arrependia de ter cometido tal ato, aquilo era traição e ela mesma nunca se perdoaria, deveria ter arrumado outro meio de conseguir o dinheiro que precisava, deveria ter sido uma amiga melhor.
Jéssy Narrando
Já era de madrugada quando ouvi alguma coisa tocando, Luan que pegou no sono nem se mexeu na cama, me levantei com cuidado pra não acorda-lo e encontrei um pequeno celular tocando perto dos meus sapatos, fui até o banheiro e me tranquei la
- Alô ?
- Oi princesa, sentiu saudades ?
- Não seja idiota, você sabe que não - disse com nojo
- Ainda se fazendo de difícil - riu - Olha só eu sabia que eles levariam aquele, então escondi esse ai, vejo que foi esperta pra achar onde estava
- Ah sim, agora pare de enrolar, me diga alguma coisa - esbravejei - Onde você esta com o meu bebe?? E o que eu tenho que fazer?
- Olha, gosta de ir direto ao assunto, eu gosto - riu - Vou te passar um endereço, você precisa vir antes de amanhecer, sem que ninguém veja você
- Ok já entendi, me fala logo o endereço - ele me passou um endereço que eu nem sabia onde ficava e me explicou como chegar, desliguei o celular e o levei comigo na bolça. Sai sem fazer barulho do quarto e na sala encontrei o policial, respirei aliviada quando vi que ele dormia sentado no sofá, abri a porta sem fazer barulho e sai, desci pelo elevador e peguei o carro do Luan. Nervosa respirei fundo e dei a partida, precisava chegar la o mais rápido possível.
( ... )
Na ultima curva entrei em uma estrada no meio do mato, passar por ali era quase impossível e no meio do caminho tive que descer do carro e seguir apé, antes de ir coloquei o celular pequeno no sutiã e segurei o meu nas mãos, andei alguns metros e avistei uma casa abandonada, la dentro pude ver que havia claridade e achei estranho, mas claro era um cativeiro, eles logicamente arrumaram um jeito de colocar luz ali. Andei mais um pouco e fui surpreendida com alguém me puxando, quando fui colocada contra parede e abri os olhos quase não acreditei
- Fernando ??
- Xiii - colocou os dedos na minha boca - Quietinha agora
- Então era você? Esse tempo todo era você? - perguntei surpresa
- Ah sim, era eu sim - roçou seu nariz no meu - Não sabe o quanto eu senti falta dessa sua boquinha - a acariciou com os dedos - Quanto senti falta dessa sua pele - passou as mãos pelos meus braços, tentei me esquivar mas ele me segurou - Xi, assim não vamos nos entender
- Eu tenho nojo de você - cuspi as palavras - Como pode ser tão frio ? Eu acreditei em você, confiei que você era um cara decente
- Aparências enganam princesa, agora vamos pra dentro, esta frio aqui fora e tem gente te esperando la dentro - ele colocou meus braços pra traz e foi os segurando assim enquanto me empurrava pra dentro, fomos para um quarto e ele me jogou em cima de um colchão velho - Alguém pode trazer essa porra de bebe aqui - ele gritou pra fora. Minutos depois vi uma mulher com um moletom de touca trazer o bebe pra mim, ela o deu a Fernando que por sua vez me entregou. O abracei com força e chorei enquanto sentia que meu pedaço faltando estava de volta em seu lugar, Fernando me observava com olhar curioso, parecia me analisar
- Como você pode amar isso dai ?
- Você ta falando do meu filho?
- É, esse treco pequenininho, como consegue amar ele se ele mal acabou de nascer?
- Ele é meu filho, já o amava desde que soube que estava gravida - esbravejei - Como pode questionar isso? Seu imbecil
- Só não entendo, como sabe que ele não vai ser como eu ?
- Ele não tem pais loucos, já você deve ter tido - cuspi as palavras
- Haha boa, mas você sabe que meus pais não foram loucos
- Como é que eu poderia saber ???
- Não se lembra? - se sentou ao meu lado, me encolhi com o meu filho nos braços e ele riu da minha tentativa de fugir - Quando tínhamos 15 anos estudamos juntos, eu sempre fui apaixonado por você, mas você nem notava que eu existia - começou a contar - Meus amigos me empurravam em cima de você, e você e suas amigas riam de mim. Ah, queria tanto me vingar, queria te mostrar que eu era o certo pra você - pegou minha mão a força e a segurou entre as suas - Não se lembra? Te roubei um beijo e você ficou toda nervosinha - riu - Mas tenho certeza que ficou caidinha por mim, só não admitiu por causa das suas amigas, dai você mudou de cidade e .. - me olhou - Eu não consegui te esquecer, arrumei essa profissão apenas pra te achar, e achei - sorriu - Mas aquele vesguinho já estava no meu caminho, ai tive que me virar
- Meu Deus, você já era doente desde aquela época ? - me afastei ainda mais soltando minha mão da dele - Como pode pensar que sinto algo por você ?? Eu nem lembrava que você algum dia existiu, meu Deus - o olhei com horror
- Não se faça de difícil - ele disse vindo pra perto de mim - Sei que não resiste, me da esse bebe aqui pra podermos ficar a sós - relutei mas ele foi mais forte e tirou Breno dos meus braços, entregou a mulher do capuz e mandou que ela saísse, depois veio pra cima de mim beijando meu pescoço
Tentei o empurrar mas ele tinha vantagem, era mais forte que eu e ainda tinha a vantagem de eu ainda sentir fraqueza por conta do que aconteceu comigo. Fechei as pernas quando ele tentou colocar as mãos ali e ele riu mordendo minha orelha, estava me sentindo com nojo de mim mesma naquele momento e se não fosse pelo celular dele que tocou tenho certeza de que ele teria abusado de mim ali naquele colchão sujo e velho.
Fernando Narrando
Levantei frustrado e fui atender o telefone longe dali, queria saber quem foi o filho de uma puta que me interrompeu justo naquele momento, ajeitei as calças tentando abaixar o meu menino e atendi, do outro lado estava o meu informante, o tal que se dizia pai do irmão morto da Jéssy
- O que foi agora caralho ??? Me ligou justo na hora que eu ia fuder aquela gostosa
- Ah me desculpe, pode fuder ela depois - gritou - Mas só depois mesmo, porque o desgraçado do Luan ta quase chegando ai
- Como assim ele ta quase chegando aqui ??? - rosnei
- A você não viu ??? A putinha ta com o celular dela, essa merda tem rastreador porra, ele e a policia já estão se preparando, estão armando a melhor forma de entrar ai e te prender - gritou - Como você foi burro desse jeito seu filho da puta ?
- Não venha me xingar seu velho bêbado, eu deixei essas merdas pra você cuidar - gritei - Agora se vira, atrasa esses desgraçados que eu vou dar o meu jeito aqui - desliguei o celular e quase o quebrei, sai apressado até onde as duas estavam e fui logo dando ordens.
- Você vai ficar na estrada, se faz de morta sei la - gritei - A porra da Jéssy trouxe o celular com rastreador, desgraçada, eu não vi esse celular !!!
- Porra Fernando, o que vamos fazer agora ???
- EU NÃO SEI PORRA, FAZ O QUE TO MANDANDO, PRECISO DE TEMPO - esbravejei - E você sua vagabunda, vai com esse bebe e fica com a Jéssy
- Mas ela vai me ver!!!!
- FODA-SE, FAZ O QUE EU TO MANDANDO - peguei a arma da cintura apontando pra ela, ela se levantou e foi com o bebe pra fora - Anda porra, vai logo, tu quer fuder tudo ??? Vai se fingir de morta na estrada, mostra o cú pros policiais mas atrasa eles caralho
- Já vou maninho, se acalma filho da puta - disse nervosa
- Tu também é filha da puta, agora vaza - a empurrei
Apaguei todas as luzes que eu pude e fiquei de vigia nos fundos, qualquer coisa era só eu fugir ali e foda-se os outros, não vou ser preso, a não vou mesmo.
Luan Narrando
Acordei no meio da madrugada e olhei pro lado, a Jéssy não estava na cama e eu me levantei com tudo, ela não tinha que sair do quarto assim, aonde ela foi??? Me levantei e fui procurar pelo apartamento, não encontrei em lugar nenhum e me desesperei, já ia ligar pra policia mas eles novamente apareceram na hora certa
- O que foi agora ??? - perguntei nervoso - E porque esse policial tava aqui dormindo???? Achei que ele fosse proteger a minha mulher - quis ir pra cima dele
- Se acalme Luan - o delegado me parou - A Jéssy levou seu carro e o celular dela, conseguimos rastrear o sinal e vamos pra la assim que soubermos como abordar o criminoso
- ESPERAR??? TEMOS QUE IR AGORA - gritei nervoso
- Não podemos Luan, ele esta com seu filho e sua mulher, esqueceu ???
Respirei fundo e vi meus pais assustados entrarem na sala, o delegado explicou o que estava acontecendo e disse que provavelmente havia outro celular escondido aqui no apartamento, foi por ele que a Jéssy deve ter se comunicado com ele. Demoraram quase uma hora pra decidir o que fazer, e pelo endereço eu sabia que iriamos demorar a chegar la, aquilo não estava me cheirando bem, eu sabia que algo de muito ruim iria acontecer.
Jéssy Narrando
Depois que o Fernando saiu procurei meu celular mas não achei, devo ter deixado cair quando ele me assustou la fora. Peguei o celular que estava no sutiã mas a porcaria estava sem sinal e não pegava de jeito nenhum, já estava desesperada e ainda ouvi o Fernando gritando com o que pareciam ser mais duas mulheres, ouvi que ele mandou uma delas pra cá e fiquei com medo do que fosse acontecer comigo e com meu filho, não sabia nem se o meu bebe seria trazido de volta pra mim. Me levantei tentando chegar até a porta, queria achar meu filho e fugir dali. Ouvi mais gritos e a mulher de capuz passou correndo pelo corredor, voltei alguns passos com medo de que ele tivesse surtado e fosse atirar, mas nunca esperaria ver o que eu vi, ver quem eu vi.
- Giovana ?? ...
Mais um capitulo \o/ uhuuul, acho que é a primeira vez que escrevo dois capitulos no mesmo dia (não postei os dois no mesmo dia) mas escrevi kkkk e se não tivesse que dormir cedo provavelmente escreveria mais um ou dois, to no pique minha gente \o/ . E a fic ta quase no final, sinto que agora em três capitulos ou quatro (já disse isso kkk) mas sempre acabo dividindo em dois pra fic durar mais ! kkkk AGORA SÉRIO, a Giovana ???? nem eu esperava O.O meu Deus, que horror, e quem sera a outra ??? tenho dois nomes : Thais e Beatrice, quem sera??? haha comentem pra saber, quero saber a opinião de vocês por favoor, beijos.