segunda-feira, 20 de julho de 2015

Agradecimentos

 Quero agradecer a cada uma das pessoas que estiveram envolvidas nessa fanfic. Desde aquelas que me ajudaram me dando ideias, até aquelas que não me abandonaram mesmo depois de tantas mancadas minhas. Passamos por fases difíceis até aqui, desde a minha falta de inspiração, ficando dias sem postar, até as vezes em que fiquei sem internet, e de recentemente quando fiquei quase 1 ano sem postar por falta de internet !
 Nossa, foi muita coisa que aconteceu, e só tenho que agradecer a quem não desistiu de mim, a quem me incentivou e apesar de tudo confiou em mim para terminar essa história. Não tenho palavras para agradecer o que vocês fizeram por mim ! Essa fanfic foi e sempre vai ser muito importante para mim, foi aqui que tive novas ideias, que aprendi mais sobre escrita e que superei barreiras que eu pensava ser impossíveis de se ultrapassar. Mas acima de tudo, eu junto com vocês, vivenciei uma linda história de amor, e só posso desejar que todas (os) vocês, possam viver histórias tão lindas como essa.

OBRIGADO, vocês estão no meu coração, e vão estar para sempre. Eu amo, amo mesmo, vocês ! Com carinho, de sua autora, e eterna luanete : Jéssica D Cordeiro ; Jéssy





Próxima fanfic : God Gave me you 

Inicio : Agosto de 2015 (sem dia certo)

Autora : Jéssica D Cordeiro (eu) 

Gênero : Romance, Drama, Sexo , Brigas 

 Se o grande amor da sua vida fosse tirado de você, o que você faria ? Se a vida fosse injusta com você justo quando as coisas tinham tudo para dar certo, você seguiria em frente ? 

Gabriela precisara tomar decisões que nunca pensou, após um grande crime, que chocou o pais inteiro. E eu terei o prazer em lhes contar essa história. Quem sou ? Não revelarei agora, mas podem me chamar de .... ANONIMA

God Gave me you


domingo, 19 de julho de 2015

Capitulo 117 "Ultimo capitulo"

Eu soube que era amor, no momento em que coloquei meus olhos em você. E soube que seria para sempre, quando você sorriu para mim. 


  Anos mais tarde ....

 Me lembro como se fosse ontem, quando Luan ficou sabendo que eu estava gravida novamente, entrou em total estado de alegria, nunca o vi tão feliz como naquele dia. Cheguei a pensar que ele teria um infarte, mas graças a Deus isso não aconteceu. Aquele dia foi tão especial, que me lembro de cada palavra e de cada pequeno detalhe.
- Você esta gravida - repetiu para si mesmo - Vamos ter outro filho?
- Sim - ri - Ou filha 
- Eu vou ser pai novamente - me olhou com lagrimas nos olhos - Vou ter mais um filho, ou filha - se levantou - Vê ? Somos abençoados
- Somos sim amor - sorri me levantando também 
- O Breno vai ter com quem brincar - segurou em meus pulsos - Ai meu Deus, eu amo tanto você, tanto que até dói - disse me abraçando com força 
- Eu também te amo Luan - sorri recebendo um beijo seu 
- Precisamos contar isso para todos - disse e eu assenti - Precisamos contar isso para o Breno, vem amor, vamos - disse me puxando pela escada. Subi atras dele rindo de sua reação, se ele já era um pai babão agora seria em dobro. - Breno, você vai ter um irmão ou uma irmã - disse o pegando no colo. Breno me olhou como se quisesse entender
- O papai e eu fizemos um bebe pra brincar com você meu amor - sorri 
- Pa .. papai - Luan me olhou já chorando, Breno havia dito sua primeira palavra 
- É hoje que eu morro, é muita alegria para um dia só - Luan disse entre lagrimas 
- É sim amor, é o papai - me aproximei chorando de alegria. Luan sorriu emocionado, e me deu um beijo. Naquele momento, senti que nada mais nos atrapalharia. 



Parece que foi ontem que isso tudo aconteceu, lembro-me de naquele dia mesmo dar a noticia a todos por meio das redes sociais. Naquela época, todos ficaram super felizes, as fãs do Luan começaram a mandar presentes logo no outro dia, e dali em diante só tive motivos para sorrir. Tempos depois, minha mãe se mudou para o apartamento, Luan o havia mobiliado e eu já tinha providenciado para que ela tivesse comida suficiente para um bom tempo.
- Você tem certeza de que vai ficar bem ? - perguntei colocando a caixa que estava em minhas mãos, em cima da mesa - Se quiser ainda pode morar com a gente 
- Não, já disse que prefiro assim - parou me olhando - Vou me sentir mais a vontade aqui sozinha, e tenho certeza de que vocês também 
- Não seja boba, o Luan e eu não nos importamos com isso 
- Eu sei querida, mas prefiro assim - disse indo até a cozinha - E vocês podem me visitar, não vou fugir daqui 
- Eu sei mãe, é só que .. - disse me encostando na pia - Só não quero ficar longe de você - desabafei - Já fiquei anos sem você comigo, não quero mais perder tempo
- E não vai querida - se aproximou tocando meu rosto - Vamos ter bastante tempo juntas, mas você ainda precisa viver a sua vida. Entendo você, mas não quero interferir na sua vida, você formou uma família e agora precisa cuidar dela - abri a boca para protestar mas ela me calou - Não adianta insistir, vou ficar aqui e você vem me visitar - concordei e ela me deu um selinho, como sempre fazia quando eu era mais nova. Naquele dia, arrumamos suas coisas, e quando anoiteceu, comemos besteiras enquanto víamos filmes na TV, e dormi aconchegada em seu colo. 
 Foi um dos melhores dias da minha vida, me senti como quando eu era criança, e minha mãe me protegia de todo mal apenas me ninando em seu colo. E dali em diante, aproveitei cada segundo ao seu lado. Luan se apegou muito a ela, e costumava dizer que ela era a sua segunda mãe, estava sempre fazendo gracinhas com ela, e sempre que podia, dava presentes para ela.
Lembro-me de tudo, de todos os momentos ao lado dela, lembro-me do dia em que comprovaram que o acelerador do carro de Téo havia sido sabotado, e de toda a dor refletida nos olhos dela. De todas as vezes que a vi chorando e se culpando pela morte dele. De todas as noites em claro que eu passava ao telefone com ela. E de toda a alegria quando descobrimos o sexo do bebe.
 Como da outra vez, Luan não conseguia se conter, queria saber se teria outro menino ou se viria uma princesa, ele já havia até escolhido o nome caso fosse outro menino, se chamaria Rafael, e eu acabei concordando por ver como ele ficaria feliz com isso. Já estava chegando nossa vez de passar com o médico, e Luan já havia roído todas as unhas de sua mão. Minha mãe que estava conosco, tentava o acalmar mas nada dava certo. Quando finalmente nos chamaram, Luan só faltou me arrastar pelos cabelos para dentro da sala. 
- É sua primeira gravidez ? - a enfermeira perguntou colocando as luvas 
- Não - sorri - Já tenho um filho de 1 anos e dois meses 
- Ah que legal - sorriu - E ai, querem que seja menina ou menino ?
- Eu quero é que tenha saúde - respondi sorridente 
- E eu que seja outro menino - Luan disse nervoso - Menina da muito trabalho
- Porque ? - perguntei curiosa
- Por que vai ter um monte de urubu em cima dela 
- Ai como é ciumento - ri 
 A enfermeira que ouvia tudo, riu e continuou seu trabalho. Depois de passar o gel em minha barriga, ela começou a me examinar, ficou por quase cinco minutos analisando as imagens na tela, e depois de alguns olhares desconfiados, ela sorriu, tirou o aparelho da minha barriga e limpou o gel. Luan já estava tendo um infarte quando ela finalmente nos revelou o sexo do bebe
- É uma menina 
 Nunca o vi pular de tal forma, mesmo querendo um menino, pareceu estar satisfeito, eu sabia que ele gostaria mesmo assim, afinal era filha dele. E após sairmos dali, ficou decidido, ela se chamaria Rafaela, e seria a menininha mais amada de todo o mundo. 
 Nunca vou esquecer desse dia, Luan me fez ir com ele no mesmo dia a uma loja de bebes, e comprou tudo o que viu pela frente, disse que daria o melhor para a sua princesa. Depois dali, nossa vida só se alegrou ainda mais. Bruna engravidou pouco depois, deixando Luan louco e os pais dela mais felizes do que nunca. Quando tive minha pequena, Bruna já estava com 6 meses, e havia descoberto que teria um menino, se chamaria Renan e como combinamos, seria o melhor amigo de Breno.
 Os anos continuaram passando, Breno estava com 7 anos e minha princesa tinha acabado de completar 6, estávamos felizes e sentíamos que nossa família estava completa. Foi nessa época em que soube que Giovana havia sido solta a mais ou menos um ano, ela foi solta um ano antes por bom comportamento, e certo dia, acabei trombando com ela na rua.
 Já era noite e eu com meu marido e nossos filhos saímos para tomar um sorvete no parque. Estávamos indo em direção a pracinha para nos sentarmos, quando avistei Giovana, ela vinha de braços com dados com um homem, e só quando chegaram mais perto foi quem eu notei que era ele
- Gustavo ? Quanto tempo - disse surpresa 
- Pois é - sorriu sem graça 
- Vocês estão juntos ? - Luan perguntou curioso
- Estamos sim - Gustavo respondeu sorrindo - Acabamos nos apaixonando
- Ah, meus parabéns - disse sem graça 
- Obrigado 
 Conversamos por mais alguns minutos, antes de eles se despedirem e irem embora. Não havia trocado nenhuma palavra com a Giovana, e nem queria, ela era uma pagina virada na minha vida, e eu não a traria de volta, não me faria bem ter alguém como ela por perto.
 Depois desse dia, nunca mais a vi, nem mesmo ao Gustavo, eles sumiram completamente da minha vida e eu fiquei feliz por isso. Continuei seguindo minha vida normalmente, e já não viajava mais com o Luan, apenas quando nossos filhos insistiam para irem ver um de seus shows, caso contrario, ficava apenas em casa, cuidando deles e da minha mãe, que depois de alguns anos, já não conseguia se cuidar sozinha. A trouxemos para casa e cuidamos dela, até o dia em que ela partiu, e dessa vez foi de verdade, fui eu quem a encontrei já sem vida, sentada em sua cadeira de balanço.
 Havia acabado de preparar o almoço, meus filhos já comiam e estranhei o fato de minha mãe não ter atendido aos meus chamados, então fui até a varanda e a vi sentada em sua cadeira. Me aproximei e toquei em seu ombro 
- Mamãe o almoço esta pronto, vamos comer - vi que ela não respondeu e pensei que estivesse dormindo - Vamos mamãe, você precisa comer - disse a balançando. Sua cabeça caiu para o lado, e só então percebi que ela estava gelada. Chequei seu pulso e constei que ela já estava sem vida, chocada, me agachei ao seu lado, segurei sua mão e chorei, chorei como da vez em que pensei te-la perdido, senti a dor da perda novamente, e foi pior, pois dessa vez não restavam duvidas, minha mãe havia me deixado, havia partido para junto de meu pai e do meu irmão.
 Eu tinha 34 anos quando isso aconteceu, meus filhos já estavam entrando na adolescência e sofreram muito com a morte da avô materna. Eles eram muito apegados a ela, e fizeram questão de prestarem homenagens através de cartões e presentes. Luan foi um dos que mais sofreu, havia perdido sua segunda mãe, e eu como ele, estava arrasada, queria ter tido mais tempo com ela.
Depois que minha mãe faleceu, tive de me recuperar e seguir com minha vida, os anos passaram rápido e aos poucos vi as pessoas que conhecia e de quem gostava, formarem suas famílias, se mudarem e algumas até falecerem. Thais e Guto, tiveram dois filho, Iágo e Jésse e se mudaram para São Paulo. Bruna e Lucas tiveram apenas o pequeno Renan, Bruno e Jade acabaram se mudando para os EUA e perdemos contato com eles. Henrique morreu na cadeia, nos disseram que ele havia entrado numa briga e o mataram a facadas. Mas penso que o tempo foi generoso com todos nós, nos concedeu a graça de termos amigos abençoados e uma família maravilhosa.
 Conforme o passar dos anos eu e o Luan fomos envelhecendo, nossos filhos atingiram a maior idade e seguiram seus caminhos. Rafaela seguiu a carreira de modelo e Breno Gabriel deu continuidade a profissão do pai, se tornando um grande cantor sertanejo. Os dois se casaram com pessoas maravilhosas, e Breno seria pai dentro de alguns meses. E como eu disse, os anos não paravam de passar, dali a três anos, quando eu estava com 50 anos e Luan com 55 seus pais vieram a óbitos, os dois morreram dormindo, juntos até o fim da vida. Eu e Luan choramos muito com a morte deles, e Bruna passou por uma grave depressão, mas com ajuda do Lucas e de seu filho conseguiu superar.
Mas esquecendo de todas as dificuldades, só vivi momentos lindos, ao lado das pessoas que tanto amei, presenciei algumas perdas durante os últimos anos, mas a mais dolorida, aquela que me fez pensar que estivesse com uma faca atravessada no coração, foi a do único e grande amor.
 Estava com meu marido na casa dos meus filhos, tudo corria perfeitamente bem. Luan contava ao Breno as histórias da época em que ainda cantava, e lhe dava alguns concelhos sobre como se manter nesse meio, o incentivando sempre a ser humilde, e a amar suas fãs assim como elas o amavam. Quando do nada ele se calou, olhou para mim e sussurrou um "eu te amo", logo depois, sua cabeça caiu e ele se foi desta vida. No hospital, disseram que ele havia tido um infarte, e eu chorei ao lembrar que ele se despediu, se despediu dizendo pela ultima vez, que me amava. 
 Hoje moro com meu filho, sua esposa e minha pequena neta Jéssica, a qual foi dado o nome em homenagem a mim. Sou feliz por ter quem cuide de mim, mas ainda me lembro de quando tinha meu amor ao meu lado. Lembro-me das tardes em que ficávamos em nossas cadeiras de balanço, apenas relembrando os momentos bons de nossas vidas. Esta tarde, me sentei na minha cadeira de balanço, meu filho havia trazido as cadeiras para cá assim como eu havia pedido. E foi ali, naquela varanda, me vendo ao lado de meu grande amor, ouvindo-o dizer que me amava, que parti desta vida.


Fim


sábado, 18 de julho de 2015

Capitulo 116 "Penúltimo capitulo"

"E o céu deve estar rindo agora
Se você já contou aquela sua história
Sei que agora é tudo diferente
Mas vai durar pra sempre na minha memória"
- Mc Gui - Sua história


Ela afirmou com um gesto de cabeça e eu simplesmente não soube como reagir. Olhei pro meu marido que agora me olhava preocupado, ele parecia entender tudo o que eu estava sentindo naquele momento. O silêncio tomou conta do espaço, assim que todos perceberam o que estava acontecendo. Todos olhavam curiosos e alguns até comentavam baixinho, e eu ainda continuava sentada enquanto piscava repetidamente tentando controlar as lagrimas que estavam por vir. Quando finalmente consegui olhar bem nos seus olhos, vi que ela parecia prestes e suplicar por algo, eu só não conseguia saber o que. Me levantei ainda em estado de choque e fiquei olhando pra ela. Ela por sua vez, tentou tocar meu rosto, mas me afastei antes que ela pudesse. Ela também tinha me enganado, como eu poderia querer abraça-la sem antes uma explicação?
- Filha, sou eu, sua mãe - estendeu a mão novamente 
- Por favor, não toque em mim - a impedi novamente 
- Filha eu sei que eu fui ausente mas ...
- Ausente ? - disse incrédula - Você me enganou, enganou o Téo ! - lagrimas agora escorriam por meu rosto - Eu pensava que você estava morta assim como o papai !
- Meu amor me deixei explicar - disse tentando vir até mim 
- É bom, eu acho muito bom que você tenha uma explicação descente para isso ! - disse pegando minha bolsa - Mas não aqui, e não agora - olhei pro Luan que me entendeu sem eu precisar dizer nada. Ele levantou com nosso filho no colo e veio para o meu lado
- É seu filho ? - perguntou olhando pro Breno 
- É sim senhora ... 
- Karyna, me chamo Karyna - respondeu o fitando - E você é?
- Sou o Luan, marido da Jéssy - me abraçou de lado - Vamos amor?
- Vamos - a olhei uma ultima vez - Conversamos amanhã, tudo bem ? - disse lhe entregando um papel com meu numero e endereço. Ela apenas assentiu e eu sai andando com meu marido. Todos os olhares ficaram voltados para nós, mas ninguém se atreveu a dizer uma sequer palavra. Ao sair vi Gustavo parado na porta, ele parecia ter presenciado o que aconteceu de longe, e apenas fez um aceno de cabeça quando passei por ele. No caminho até em casa meus pensamentos voaram longe, lembrei de tudo o que vivi antes daquele acidente e de como era a minha mãe, aquela que não deixaria os filhos por nada nesse mundo. ( ... ) Chegamos em casa e eu fui direto para o quarto, enquanto Luan foi colocar nosso filho para dormir eu apenas me sentei na cama e chorei, as lagrimas não paravam de cair, e eu não sabia o que fazer da minha vida. Estava feliz por ela estar viva, afinal ela é minha mãe, mas também estava com raiva, como a minha própria mãe pôde fazer algo tão cruel comigo e com meu irmão ? Ai meu Deus, o meu irmão, ele morreu sem saber que ela estava viva, ela nos privou de sua companhia, nos privou de termos nossa mãe junto da gente.
- Amor, ta tudo bem ? - Luan disse se sentando ao meu lado
- Não Luan, não ta - apoiei a cabeça nas mãos - Eu to com tanta raiva, porque ela fez isso comigo ? Porque ela não ficou com a gente ? - perguntei chorando
- Isso só ela pode responder amor - me abraçou de lado
- Eu to com tanta raiva dela - me desesperei
- Não amor, não fique com raiva - acariciou meus cabelos - Isso só vai te fazer mal, e eu sei que ela deve ter uma boa explicação pra isso - Disse segurando meu rosto - Se acalma ta ? Vai ficar tudo bem, você vai ver - me aninhei ainda mais em seu peito e deixei sair de mim tudo o que estava me sufocando, deixei que todas as lagrimas saíssem.

( ... )

 Passei quase a noite inteira chorando, Luan quase não conseguiu dormir e acabei acordando o Breno com meu choro algumas vezes. Mesmo assim, meu marido foi paciente comigo e não se irritou nenhuma vez, sempre sendo carinhoso e dizendo que tudo ia ficar bem. E só quando já estava quase amanhecendo é que eu conseguir pegar no sono. Quando acordei, Luan já não estava mais na cama. Me levantei e fui tomar um banho, me vesti e fui até o quarto do Breno, ele também não estava la. Desci a procura dos dois e não vi ninguém e quando cheguei a cozinha encontrei um bilhete em cima da bancada, era do Luan

 Amor, sua mãe ligou mas você estava dormindo. Por isso tomei a liberdade de atende-la, ela parecia tão aflita quando você, então pedi que ela viesse aqui as 14:00h pra vocês conversarem. E como penso que precisam de privacidade, decidi passar o dia com meus pais, e estou levando nosso filho para que você não precise se preocupar. Agora, fique calma, siga o que o seu coração disser okay ?! E não se esqueça, eu estarei sempre do seu lado, seja la qual forem suas escolhas. Eu te amo !

 Deixei o bilhete de volta em seu lugar e olhei para o relógio da parede, já era 13:50h , e daqui a pouco ela estaria aqui. Me forcei a comer alguma coisa enquanto esperava, e pouco depois ouvi tocarem a campainha. Me levantei e fui andando devagar até a porta, quando a abri, ela estava parada, com uma grande sacola em suas mãos. Me afastei deixando-a passar, e a guiei até a sala , onde me sentei e fiz gestos para que ela se senta-se de frente para mim
- Então, você esta mais calma ? - perguntou me olhando
- Sim, estou sim - me mantive séria - Mas vamos logo ao assunto, pode começar
- Tudo bem - suspirou relaxando os ombros - Não sei o que contaram para você, mas eu tenho uma explicação para ter feito isso - me fitou - Sei que o Fernando andou dizendo que eu consenti com isso, mas ele estava mentindo, eu nunca deixaria vocês por vontade própria - me fitou enquanto se ajeitava no sofá - Quando aconteceu o acidente, eu mesma cheguei a pensar que estivesse morta, e quando acordei não me lembrava de quem eu era - começou a contar - Só depois de alguns dias recobrei a memória, e ai eu já estava com o Fernando naquela casa. Eu disse a ele que precisava voltar, que não poderia deixar você e o seu irmão sozinhos, mas ele começou a fazer um monte de ameaças. Ele dizia que iria matar vocês se eu não ficasse la, que os mataria se soubessem que eu estava viva - me fitou
- Ele te ameaçou? A Giovana me disse que você concordou que seria melhor não voltar, falou até de uma foto de vocês dois abraçados - a interrompi
- Sim, ele me amaçou muitas vezes ! E sobre essa foto, ou outra que possam haver, isso tudo foi antes de eu recobrar a memória. Ele se aproveitou, dizia que eu era mãe dele e tudo mais - enxugou uma lagrima que escorreu - Quando as ameaças começaram, eu tentei fugir, diversas vezes, mas sempre tinha alguém la para me impedir. Chegaram até a me bater e me trancaram por dois dias, sem comida, água ou qualquer outra coisa. Mesmo assim eu tentei fugir novamente, mas não consegui, e da ultima vez em que tentei ele saiu furioso e voltou com um vídeo onde ele ameaçava sabotar o carro do Téo - disse já chorando - Eu fiquei desesperada, e concordei em não tentar mais fugir - me fitou - Isso faz pouco mais de um ano, eu só fiz pra proteger vocês dois
- Então você não queria ficar la ?
- Não, é claro que não - disse negando com a cabeça - Todos os dias eu sonhava em rever você o seu irmão, queria abraçar vocês, cuidar de vocês - enxugou as lagrimas com um lencinho - E quando fiquei sabendo que o Fernando morreu, por aquele advogado o Gustavo - assenti - Fiquei aliviada, e pedi para que ele me levasse até você, ou seja ontem - fungou - E foi isso, eu não espero que você me perdoe, sei que ainda deve ter as suas duvidas
- Não é que eu duvide - a fitei - É só que é estranho - suspirei - Até pouco tempo atras você estava morta, pelo menos eu achava que você estava morta - corrigi
- Eu entendo você - me olhou com lagrimas nos olhos - E o seu irmão, ele já sabe ?
- Ele também não contou pra você - disse pra mim mesma. A olhei, e ela espera ansiosa a minha resposta, então respirei fundo e disse - O Téo morreu mãe, em um acidente de carro
- O que ? - ela disse piscando varias vezes - A quanto tempo ?
- A pouco mais de um ano - disse e vi seus olhos transbordarem lagrimas novamente
- Foi o Fernando, eu tenho certeza de que foi ele - apoiou a cabeça nas mãos chorando - Ele disse, disse que cortaria o freio, ou sabotaria o acelerador
- Sabotar o acelerador ? - disse confusa - Então, pode ser que o Téo não estivesse indo tão rápido como disseram ? - falei chocada
- Sim - fungou - Foi tudo culpa minha, tudo culpa minha - praguejou
- Não se culpe, não foi você quem matou o Téo - a fitei - Precisamos contar isso pra policia, eles tem que nos dizer se foi só um acidente ou se foi culpa do Fernando - ela assentiu enxugando as lagrimas. Liguei para o Gustavo e contei tudo, ela me ajudou a explicar tudo, e ele disse que iria tomar as devidas providencias para nós. Quando desliguei, ela já havia se acalmado e se levantou do sofá
- Acho melhor eu ir embora - fungou - Você deve ter coisas para fazer - assenti sem saber o que falar, e a acompanhei até a porta. Ela se despediu, e foi andando lentamente em direção a rua do condomínio. Senti um aperto no peito, vendo-a ir embora desse jeito
- MÃE - gritei. Ela se virou e eu sai correndo ao seu encontro, a abraçando com força


Senti suas mãos acolhedoras me apertarem, e uma felicidade imensa tomou conta de mim. A quantos anos eu estava sem aquele abraço, quantas vezes desejei que ela estivesse aqui para me abraçar, e agora ela estava. Minha raiva havia ido embora, e a unica coisa que eu conseguia fazer era chorar de alegria, ela também estava chorando, e ficamos assim por cerca de dez minutos no minimo. Quando nos soltamos, nós duas estávamos sorrindo.
- Eu te amo tanto minha filha - fungou
- Também te amo mãe - sorri - Senti tanta falta do seu abraço
- E eu de você - acariciou meu rosto - Você se tornou uma moça tão bonita
- Obrigado mãe - sorri novamente - Acho que você quer conhecer seu neto, né?
- Sim - sorriu - Onde ele esta ?
- Com o Luan na casa dos meus sogros, vamos até la, fica aqui mesmo no condomínio - ela assentiu. Fechei a casa e fomos andando até a casa dos pais do Luan.

Luan Narrando 

 Já tinham quase três horas que eu já estava na casa dos meus pais, e eu não conseguia parar quieto um segundo. Ficava me perguntando se deveria ter ficado la, ou se fiz certo em deixa-las sozinhas. Eu só espero, que elas se entendam, minha mulher já sofreu dimais nessa vida, e tudo o que eu quero é que ela seja feliz, e acho que tendo a mãe dela por perto, é um bom começo.
- Filho pare com isso, vai acabar com os seus dedos - minha mãe me repreendeu, vendo que eu roía todas as minhas unhas
- Desculpa mãe - abaixei as mãos - É que eu estou nervoso, não sei se fiz certo em deixa-las la sozinhas, tenho medo de elas brigarem
- Elas não vão brigar - disse se sentando ao meu lado - Tenho certeza de que vão se acertar, você vai ver, vai dar tudo certo
- Eu espero que sim mamusca, não aguentaria ver a Jéssy sofrendo mais - a fitei - Sera que elas ainda estão conversando ? Eu deveria ir la ver - ameacei me levantar
- Não, você fica aqui - me segurou pelo braço - Deixe elas se resolverem, tenho certeza de que a Jéssy dará alguma noticia mais tarde
- Você tem razão - me acomodei no sofá - Só espero não demorar muito, se não vou acabar roendo os meus dedos - ela riu e se levantou balançando a cabeça, e eu fiquei sentado ali sozinho, rezando para tudo dar certo. ( ... ) Após mais trinta minutos de espera ouvi a campainha de casa tocar, me levantei atropelando os móveis e ao abrir a porta vi as duas sorrindo uma para a outra
- Oi - Jéssy sorriu para mim
- Oi - respondi aliviado - Entrem, por favor - dei passagem e as duas entraram. Minha mãe veio do outro comodo para ver que havia chegado, e sorriu ao ver a Jéssy e sua mãe paradas na sala.
- Que bom que estão aqui - disse indo abraça-las - Prazer em conhece-la Karyna
- O prazer é todo meu - sorriu - Espero não estar incomodando
- Que isso, sente-se por favor - minha mãe disse sorridente - Vou preparar algo para nós comermos, pode ficar a vontade
- Não precisa se preocupar, eu só estou de passagem
- Nada disso, eu não aceito não como resposta - sorriu - Volto em um minuto
- Nem adianta discutir, quando minha mãe quer que alguém fique, a pessoa fique - brinquei me sentando - Mas sente-se, você já é de casa
- Obrigado - disse se sentando ao lado da Jéssy - Vocês são uns amores
- O pai, vem aqui embaixo - gritei e ele apareceu com um jornal na mão
- Oi filho - olhou pra Karyna - Ah, a mãe da Jéssy, prazer em conhece-la - foi até ela estendendo a mão - Vejo que se entenderam
- Sim - sorriu - Obrigado por me receberam tão bem
- Ah que nada - riu - Você é da nossa família, lembra ? - disse se sentando na poltrona
- Vou precisar me acostumar - riu - Tem mais alguém que eu precise conhecer ?
- Ah um monte de gente - respondi rindo - Inclusive a minha irmã, mas ela acabou de ir pra lua de mel e só volta daqui um tempo
- Óh sim, a festa era pra ela não é?!
- Uhum - concordei - Ela foi embora algumas horas antes de você aparecer
- Ah sim - sacudiu a cabeça positivamente - Mas olha, a casa dos seus pais é linda - sorriu - E a de vocês também ! rs
- Ah obrigado - sorri - Por falar nisso, a senhora pretende morar aonde, agora que o Fernando não pode mais te prender ?
- Eu não tinha pensado nisso - respondeu envergonhada - Acho que la mesmo, sei que não é bom, mas é o único lugar que me resta - deu de ombros
- Que besteira, você tem a nós, poderia morar conosco - sugeri
- Óh não, eu tiraria a liberdade de vocês la dentro - negou com a cabeça
- Que isso, não iria tirar nada - insisti - Alem disso, não vou deixar que a mãe da minha esposa, fique isolada num lugar onde tem lembranças ruins - olhei para Jéssy que sorriu pra mim
- Obrigado pelo convite, mas insisto que isso não seria correto - negou novamente
- Luan, vocês ainda tem o apartamento, não tem ? - meu pai perguntou
- Sim pai, porque ?
- Poderiam deixar que ela morasse la, assim ficariam todos felizes - sugeriu
- Verdade, eu acho uma ótima ideia - Jéssy disse - O que você acha Luan ?
- Bom, se ela quiser, eu não vejo problemas - a fitei - Você gostaria ?
- Óh, sim - sorriu - Quero dizer, se não for abusar da bondade de vocês
- Claro que não - ri - Esta decidido então, vamos providenciar para que o apartamento seja mobiliado para você - disse sorrindo para ela
- Adorei a ideia - minha mãe disse vindo da cozinha - Mas enquanto isso, pode ficar aqui com a gente, temos dois quartos livres e nenhuma companhia - sorriu colocando a bandeja com lanches e suco em cima da mesinha de centro. Karyna agradeceu mais umas mil vezes enquanto comíamos. E quando anoiteceu fui com ela até o hotel em que havia se hospedado para buscar suas coisas. E depois de jantarmos, deixei-a na casa dos meus pais, e eu minha esposa e meu filho fomos para nossa casa. Jéssy ficou radiante e me deu um monte de beijos em agradecimento
- Você é o melhor marido do mundo - selinho - Do mundo inteiro - selinho
- Para que assim vou ficar me achando - ri segurando sua cintura
- Não - selinho - Pode ficar se achando - selinho - Pois você é - selinho
- Olha, tem alguém acordando aqui - ri olhando pra baixo
- Hum, eu gosto - disse mordendo os lábios. Não aguentei e a peguei no colo a levando pro nosso quarto, rezei para que Breno não acordasse, pois eu não iria aguentar ficar sem fazer amor com ela aquela noite. A derrubei na cama, e fui beijando cada pedacinho do seu corpo, com calma e desejo, eu estava feliz, e queria que aquela noite fosse inesquecível para ela. ( ... ) Nos amamos durante horas, e quando acabamos, ficamos trocando beijos e carinhos. Fizemos planos para o futuro, e trocamos varias e varias juras de amor.

2 semanas mais tarde ... Narrado por Jéssy

 A alguns dias vinha me sentindo estranha, estava tendo enjoo, ânsia de vomito e tonturas. Já estava preocupada, por isso sem deixar que o Luan soubesse fui até o médico e fiz alguns exames de rotina, os resultados saíram em algumas horas, e após passar com o médico para saber o que deram os exames, voltei para casa. Precisava achar a melhor maneira de contar isso para o Luan. ( ... ) Horas depois, meu marido chegou da casa dos meus sogros, e eu já tinha tudo pronto. Me escondi na cozinha, e fiquei olhando a reação dele ao ver o que aprontei.

Luan Narrando 

 Cheguei em casa, e o chão estava repleto de pétalas de rosas vermelhas, achei aquilo estranho e fui seguindo a trilha até a mesinha de centro da sala, me sentei no sofá confuso, e só então notei que haviam dois sapatinhos de trico ali em cima, e junto deles havia um bilhete

Dentro de mim agora, batem dois corações. Te amo


 Peguei os sapatinhos nas mãos, e fiquei os olhando ainda confuso, queria entender o que aquilo tudo queria dizer. Olhei para o lado e vi Jéssy vir em minha direção sorrindo, nas mãos ela segurava um papel, e após se sentar ao meu lado, o entregou a mim. Olhei e logo li o que estava escrito "Teste de gravidez: Positivo" A olhei surpreso, e ela sorriu
- Você ... - ela balançou a cabeça positivamente 
- Eu estou gravida 

É isso ai, chegamos ao penúltimo capitulo, que tristi :( kkk Espero que tenham gostado desse capitulo, e espero mais ainda que gostem do próximo capitulo, que claro vai ser o ultimo ! Nem acredito que estamos chegando ao fim, depois de tanto tempo hein ? Tempos difíceis com falta de ideia, depois quase um ano sem internet, é isso ai kk, agradeço a quem não abandonou a fic apesar de tudo ! E como o próximo vai ser o último, espero receber pelo menos 4 comentários, principalmente pra mim saber que vocês ainda estão aqui, e se estão gostando ! É isso, beijos amores, nos vemos no ultimo capitulo ! :3

Capitulo 115

"Porque você é a maçã da minha torta
Você é o "mo" do meu "rango"
Você é a fumaça do meu cigarro
E você é o único com quem quero me casar"
- Perfect Two - Auburn


- Jéssy, pelo amor de Deus me ajuda - Bruna gritava histérica enquanto corria de um lado para o outro segurando o vestido dela nas mãos
- Bruna se acalme, ainda faltam 3 horas pro casamento - disse tentando acalma-la - E largue esse vestido, vai acabar sujando ele todo desse jeito
- Ai Jéssy, como você consegue ? - perguntou se sentando - Como pôde ficar tão calma no seu casamento ? - me fitou
- Eu não fiquei calma no meu casamento - ri me sentando ao seu lado - Fiquei nervosa também, mas tentei não deixar as pessoas saberem disso - segurei suas mãos - Não precisa ter medo, o Lucas te ama e esse vai ser o melhor dia da sua vida
- Eu sei - me olhou com lagrimas nos olhos - É que eu tenho medo de não ser a mulher certa pra ele, e se ele desistir e não casar comigo ?
- Não seja boba ! - enxuguei suas lagrimas - O Lucas é louco por você, seria mais fácil a igreja sumir do que ele desistir de se casar com você ! - brinquei e ela sorriu - Agora trate de se acalmar, você não vai querer aparecer na igreja desse jeito, vai ? - perguntei e ela negou com a cabeça. Sorri e me levantei indo até a penteadeira dela, peguei sua maleta de maquiagens e fui até ela novamente. Mesmo com tanta opção a Bruna fez questão de que e somente eu a maquiasse a arrumasse seu cabelo, me senti honrada e claro que aceitei, e também seria a madrinha de casamento dela. Depois de maquia-la entrei em um dilema, se deixava ou não o cabelo dela solto, e então decidi que deixaria ele solto e jogado pro lado, afinal não tinha coragem de prender um cabelo tão lindo como o dela. Quando terminei, a deixei se olhar no espelho

(ignorem a roupa)

 Bruna sorriu e se levantou me dando um abraço de surpresa, ri de sua felicidade e a abracei de volta. Ela parecia radiante e não parava de se olhar no espelho, acho que finalmente consegui acalma-la. Como ela já estava quase pronta decidi ir ajeitando as coisas dela, ela e Lucas viajariam logo após o casamento até uma cidadezinha aqui perto e amanhã bem cedo pegariam um avião para Amsterdã. Coloquei em sua mala tudo o que achei que ela iria precisar e estava esquecendo. Bruna se olhava no espelho, e pude ver de soslaio que ela lutava com todas as suas forças para não roer as unhas, levando as mãos até a boca e as abaixando logo em seguida. Ri comigo mesma, acho que eu não fiquei tão nervosa assim quando me casei com o Luan.

Lucas Narrando 

 Três horas, ainda faltam três horas ! Como é que eu vou aguentar três horas porra ?? Preciso ver minha mulher agora, por mim casaria com ela nesse segundo, aqui, só nós dois e o padre. E afinal, porque foi que eu deixei o Luan me trazer para a igreja agora ? Eu vou acabar tendo um infarte, sem contar que aquele cabeçudo me largou aqui sozinho, juro que vou matar ele, e vai ser agora!
 Sai do quartinho em que eu estava e fui procurando ele por todos os cantos, até no banheiro eu fui procurar aquele desmiolado e não achei, já estava perdendo as esperanças quando senti alguém tocar meu ombro, me virei e Thais estava me olhando com cara de paisagem
- Aconteceu alguma coisa ? - perguntou me olhando
- Sim, vou matar o cabeçudo do Luan - sorri sarcástico - Se você ver ele, pode avisar que eu quero matar ele um pouquinho ?
- Ah, quando ele voltar eu digo - disse após titubear um pouco
- Como assim voltar ? - perguntei ficando vermelho de raiva
- É que ele me disse que ia ver a Jéssy, ai ele saiu de carro - me olhou confusa - Pensei que ele tivesse avisado você 
- Não, ele não avisou - bufei - Chegou algum convidado ?
- Não, ainda não - me fitou - Porque ?
- Ótimo, por que eu vou assassinar o Luan - sai andando nervoso pelo corredor. Passei pelo padre que estava arrumando o altar e nem o respondi quando ele perguntou se eu estava bem. Parei o primeiro táxi que passou ali e fui até a casa dos pais da Bruna, era la que aquele cabeçudo estava, e eu ia matar ele, a como eu ia.

Luan Narrando

 Sei que eu deveria ficar com o Lucas, mas eu estava sentindo falta da minha mulher. Desde ontem ela ficou com a Bruna na casa dos meus pais e eu mau pude vê-la já que a Bruna queria ela só para si, e não me deixou ficar perto dela. Sai sem o Lucas saber e fui de carro até a casa dos meus pais, a igreja ficava um tanto quanto longe e demorei quase trinta minutos para chegar la. Quando cheguei, minha mãe me olhou surpresa 
- Você não estava com o Lucas ?
- Sim, mas queria ver a Jéssy - ri 
- E deixou ele sozinho ? - fiz que sim e ela me repreendeu - Luan, como você deixa o menino sozinho ? Ele deve estar arrancando os cabelos a essas horas !
- Mas eu tava com saudade da minha mulher - me justifiquei
- Não seja bobo, você a veria daqui a pouco - me olhou brava 
- Mas eu já to aqui - fiz bico - Deixa eu ver ela mamusca 
- Ta bom, mas não demora - disse se fazendo de brava. Dei um beijo em seu rosto e subi as escadas correndo, fui em direção ao quarto da Bruna e já fui entrando. Bruna me olhou espantada e Jéssy me jogou um travesseiro
- O que você ta fazendo aqui ? - Bruna perguntou se encolhendo em seu roupão
- Eu vim ver a minha mulher - respondi dando de ombros - Não posso?
- Não, você não pode - se levantou me empurrando - Sai daqui Luan
- Bruna me deixa dar um beijo nela - a segurei a empurrando pra trás. Ele me xingou e tentou me parar mas eu fui mais forte e consegui derrubar ela na cama. Fui até minha mulher e lhe tasquei um belo de um beijo na boca. Quando parei ela riu ficando vermelha.
- Sai Luan - Bruna gritou - O MÃE TIRA ELE DAQUI
- Se entendam vocês ai em cima - ela gritou la de baixo
- A caramba, você é um pé no saco - Bruna se sentou cruzando os braços - Você parece um cachorro, vive atras da dona ! - bufou. Ri alto e ela me fuzilou com os olhos.

( ... )

 Depois de trinta minutos Bruna ainda resmungava e me mandava embora, mas ainda faltavam duas horas pro casamento, e eu não ia ficar esse tempo todo longe da minha mulher e do meu filho, que alias já estava esperto que nem o pai. Minha mãe havia o trazido a poucos minutos e Jéssy estava brincando com ele em seu colo. Me sentei do lado dela e fiquei cutucando o Breno, que ria e mexia as mãozinhas tentando me afastar dele.
- Deixa o papai fazer cócegas - dizia ameaçando fazer cécegas nele. Ele ria e balançava a cabeça fazendo que não. Jéssy ria da cena e Bruna só faltava me esganar.
- Luan, cade você seu fi de uma égua - ouvi Lucas gritar la de baixo - Sem ofensas - ouvi ele dizer e logo depois seus passos na escada. Fiquei parado olhando pra porta e ele entrou feito um furacão no quarto. Me levantei e ele veio em cima de mim - Você me largou, pra vir ficar de namorico aqui - colocou as mãos no meu pescoço - Eu vou te esganar
- Parem vocês dois - Bruna tentou empurrar o Lucas - Vocês são doidos
- Ele me largou sozinho e nem me avisou, eu vou matar ele e você não se meta - Lucas disse me empurrando pra porta. Tentei me defender mas ele estava louco, me apertou na parede e ficou com cara de cachorro louco. Jesus ele ta possuído, só pode.
- Parem vocês dois, parem já com isso - Bruna esbravejou enquanto Jéssy só observava com nosso filho no colo, Breno parecia assustado e prestes a chorar
- Cara você ta assustando o b.. - tentei falar mas ele me impediu. Já estava quase sem ar, quando vi um monte de água voar em cima dele. Bruna estava parada com um treco daqueles de fazer o pé pingando, e parecia nervosa
- SAIM DAQUI, SEUS IDIOTAS ! -Lucas me olhou novamente e me soltou, saímos os dois do quarto e ouvi Bruna berrar la dentro, o negócio tinha ficado feio pro lado dele, tenho certeza.

Jéssy Narrando 

 Os dois saíram do quarto e Bruna começou a berrar, não dava nem para entender direito o que ela falava, estava tão nervosa que até gaguejava. Breno assustado começou a chorar, e ela acabou por nem perceber, resolvi deixa-lo com a Mari até conseguir acalmar a Bruna, pois ele chorando assustado só ia piorar a situação, e isso não fazia bem pra ninguém.
- Bruna se acalme - dizia tentando a parar - A gente tem menos de duas horas agora, e você precisa me ajudar com essa bagunça - apontei pro chão molhado
- Porque, porque eles são tão idiotas ? Nem no dia do meu casamento ele se comportam como gente ! - gritava andando de um lado para o outro - Eu devia cancelar esse casamento, é isso, eu vou cancelar esse casamento ! - parou no meio do quarto - Filhos da mãe - disse parada, a olhei esperando que ela tivesse se acalmado, mas ela derrubou o vaso do criado mudo e recomeçou a gritar
- BRUNA, PARA COM ISSO - gritei desesperada - Olha ai a sujeira que você fez - me abaixei pegando os cacos do vaso - Você vai se atrasar desse jeito, caramba - sai do quarto para buscar as cosias pra limpar aquilo. Limpei tudo sem nem olhar pra Bruna e depois fui ficar na sala, ela precisava se acalmar, desse jeito não ia dar certo.

Luan Narrando 

 Voltamos para a igreja e com apenas uma hora faltando para o casamento Lucas foi se arrumar, esperei ele tomar banho e fui logo em seguida. Quando sai ele já estava vestido.


- E ai, como eu estou ? - ele disse se virando
- Esta ótimo, e eu como estou ? - disse exibindo meu traje


- Nada mal - disse me analisando - Agora falando sério, que horas são ?
- São quase 18:00h - disse olhando para o meu relógio - Menos de uma hora cara, e logo você vai estar preso na coleira - disse alisando meu pescoço
- Haha muito engraçado - me fitou nervoso - Sera que os convidados já chegaram ?
- Claro né - disse me olhando no espelho - Acho melhor tomarmos uma água e irmos para la, você tem que cumprimentar todo mundo - Lucas assentiu e assim fizemos. A igreja já estava lotada, sem contar as fãs que estavam do lado de fora tentando ver alguma coisa, elas só não entraram por que colocaram algumas grades de proteção e os seguranças só deixavam passar quem tivesse o nome na lista e o convite do casamento.

Jéssy Narrando

 Faltava menos de uma hora para o casamento e só agora Bruna resolveu se acalmar, tive que refazer toda sua maquiagem e ainda a ajudar a colocar o vestido. o que não foi fácil, pois o vestido era cheio de tule e eu quase não enxergava os botões pra fechar. A cada minuto que passava Bruna ficava mais impaciente, o que dificultava as coisas mais ainda. A todo momento eu precisava força-la a ficar quieta, ainda tinha que ver se a Mari conseguiu ajeitar o Breno e me arrumar, até agora não consegui nem tomar um banho por conta do nervoso da Bruna. ( ... ) Quando consegui vesti-la e ajeitar seus cabelos, a levei até o grande espelho da parede e ela se viu de corpo inteiro


 Fiquei com o queixo no chão, ela estava completamente linda ! Bati palmas e ela riu envergonhada, a abracei de novo, tomando cuidado para não amassar seu vestido e disse que iria me arrumar. Combinamos que ela me esperaria na sala, eu ela e seus pais iriamos juntos em um carro alugado e com motorista, tudo isso cortesia dos pais do Lucas, fofos não?! ( ... ) Tomei um banho quente e rápido, depois fui até o quarto que era do Luan, em cima da cama estava meu vestido, e algumas joias e maquiagens. Me vesti e comecei a colocar as joias, quando terminei fiz uma maquiagem básica e passei um perfume que Bruna havia me emprestado, me olhei no espelho dali e gostei do que vi


 Já pronta desci e encontrei todos na sala me esperando. Seu Amarildo me elogiou e eu fiquei vermelha como um pimentão, Mari riu e Bruna apenas fez cara de tédio. Breno estava no colo da avó e quando me viu mexeu as mãozinhas querendo vir para o meu colo, o peguei e dei um beijão nele, deixando uma marca de batom em seu rosto. A limpei com os dedos e ele sorriu.
- Que horas são agora ?  - perguntei ainda com Breno no colo
- Já passou das 18:00h, estamos atrasados - Amarildo disse olhando o relógio - Acho melhor nós irmos agora, só Deus sabe se ainda vamos enfrentar transito - Todos concordamos e fomos até o carro. Breno foi no meu colo brincando com meus cabelos e Bruna estava logo ao meu lado, meus sogros foram no banco atrás da gente, era um tipo de minivan mas com cara de carro chique - risos- Por isso coube todo mundo e ainda sobrou espaço. Durante o trajeto até a igreja Bruna não parou de balançar as pernas, parecia que iria ter um infarte a qualquer momento de tanto nervoso. Tentei acalma-la lhe lançando olhares acolhedores mas parecia que não estava surtindo efeito.

Lucas Narrando

 Vinte minutos atrasada, onde foi que ela se meteu ? Os convidados já estavam comentando, e eu estava suando feito um porco dentro desse maldito terno. Eu só espero que ela não tenha desistido e me largado aqui, isso seria a morte para mim.
- Se acalma Lucas, desse jeito vão mesmo achar que tem algo errado
- Como eu vou me acalmar Luan ? Já passou vinte minutos do horário e se ela não vier ? Juro pra você que eu me mato aqui mesmo
- Não fale merda cara, ela já deve estar vindo - se balançou com as mãos no bolço. Luan era meu padrinho e estava ao meu lado perto do altar - Você sabe como são as mulheres, e noiva sempre atrasa, relaxa ai - me deu um tapa amigável nas costas. Fiquei olhando para a porta da igreja, e já estava prestes a ligar pro celular dela quando vi que todos se levantaram. Luan foi para o canto dele e eu me ajeitei no altar. Jéssy entrou correndo e foi pro seu lugar, a mãe de Bruna se sentou na segunda fileira e me deu um aceno de mão, mas o que mais me deixou feliz, foi ver a minha noiva entrando juntamente com seu pai. Ela sorria de orelha a orelha, e nossos olhares se cruzaram no momento em que seu pai a entregava para mim
- Cuide bem da minha filha
- Cuidarei - pisquei para ele a pegando pelo braço
 Nos viramos para o padre de braços dados, e ele começou a cerimonia de casamento. A cada palavra que ele dizia, eu sentia que estava prestes a concretizar a melhor faze da minha vida, e acho que para minha querida noiva também era. Ela sorria para mim e apertava minha mão enquanto o padre prosseguia, quando chegou a hora do sim, respondemos sim com prontidão e trocamos nossas alianças. Quando o padre autorizou que nos beijássemos ela ficou nas pontas do pés e me deu o beijo mais doce e apaixonado de toda minha vida


- Eu te amo - sussurrei próximo ao seu ouvido, ela sorriu e se aproximou de mim
- E eu te amo muito mais - disse apertando minhas mãos
 Fomos saindo da igreja enquanto todos nos aplaudiam. Eu era agora, oficialmente, o cara mais feliz de todo esse mundo, e não via a hora de começar a formar minha família com a mulher da minha vida. E o meu plano de agora em diante, era de fazer ela a mulher mais feliz desse mundo. Assim como eu sou por estar ao lado dela.

Jéssy Narrando 

 Durante toda a cerimonia pude notar o quando os dois estavam apaixonados, Bruna tinha aquele brilho especial nos olhos e Lucas parecia não se conter de tanta felicidade, chegue até a pensar que seu rosto iria se rasgar ao meio de tanto que ele sorria. Quando a cerimonia acabou, os amigos mais íntimos e nós da família fomos para uma pequena festa de casamento, organizada pela minha sogra. Seria apenas uma pequena comemoração, que duraria uma hora no máximo, pois eles teriam que partir logo. Na festa, os dois se perderam em meio as pessoas e só consegui falar com eles, quando eles vieram se sentar a nossa mesa
- E então filha, já decidiram onde vão passar a noite ? - Mari perguntou
- Sim mãe, nós vamos para Maringá - disse sorrindo - O Lucas encontrou um hotelzinho la, e amanhã cedo nós pegamos o avião para Amsterdã - Lucas concordou e os dois contaram tudo o que haviam planejado para os dias que passariam em lua de mel. ( ... ) A hora passou rápido e logo tivemos que nos despedir dos dois, Bruna deu um beijo em seu sobrinho e disse que sentiria saudade, e ele pareceu entender pois beijou a tia de volta. Fomos com eles até o carro, e da porta vimos os dois irem em direção a sua felicidade.

Bruna Narrando 

 Eu e meu marido fomos para Maringá, e ao chegarmos la fomos para o quarto que estava alugado. Lucas foi super carinhoso comigo, nos amamos intensamente e foi o mais perfeito possível. Quando acabamos, ele repetiu varias vezes em meu ouvido o quando me amava, e me fez carinho até adormecermos. No dia seguinte, acordamos bem cedinho e fomos até o aeroporto de Maringá, la pegamos o vô direto para Amsterdã. Enquanto o avião decolava, eu vi pela pequena janelinha a cidade ficando para trás, e tive certeza de que estava indo em direção a minha felicidade.


Jéssy Narrando 

 Ficamos mais duas horas no local da festa, todos estavam animados e brindavam ao casal que agora iria seguir para sua nova vida, a vida de casados. Luan brincava com nosso filho e eu os observava feliz, eles eram a razão do meu viver, e eu só em pensava em como queria que a Bruna também tivesse a mesma sorte em seu casamento. Me servi de mais um copo de refrigerante, enquanto observava Luan tentar fazer o Breno comer um salgadinho, quando alguém se aproximou de mim, a principio não notei sua presença, foi só quando a pessoa me chamou que eu a notei
- Mãe ? ...

Ei negas da minha vida, tudo bem por ai ?! Haha comigo tudo ótimo *-* . Gostaram do capitulo ? eu espero do fundo do meu core que sim ! kk Tentei caprichar nesse capitulo, consegui ? Me digam ! E agora, o que sera que a mãe da Jéssy vai falar pra ela?? Comentem, vocês sumiram ! :( , assim eu fico triste achando que não gostaram poxa, comentem ! please :/

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Capitulo 114

"Chegou a hora de ser uma garota grande.
E garotas grandes não choram."
- Big girls don't cry - Fergie 


Jéssy Narrando 

 Meu celular começou a tocar e o Luan se esticou o pegando e entregando a mim. Atendi sem olhar quem era e sorri pro meu marido
- Alô? 
- Olá, senhorita Jéssy?
- Sim, sou eu - respondi desconfiada 
- Ótimo, tenho alguns assuntos a tratar com a senhora ...
- Quem é ? - disse o interrompendo 
- Óh me desculpe - pausa - Me chamo Gustavo, sou advogado - disse e ouvi alguns barulhos de papeis - Bem, eu preciso que você venha até a penitenciaria de Londrina 
- Aham ... - disse achando tudo muito estranho - Mas pra que ? - o indaguei 
- Pra uma visita, a senhorita Giovana solicita a sua presença e ..
- O QUE ? NÃO, VOCÊ FICOU LOUCO - me sentei na cama nervosa 
- Eu entendo sua reação - disse paciente - Ela me disse que você iria se negar - suspirou, parecia cansado - Mas estou seriamente preocupado
- Preocupado com o que ??
- Bem, ela tentou suicídio a alguns dias - me explicou - Chamamos um psicólogo e após a avaliar ele disse que ela queria o seu perdão - pausa - E  achei melhor conversar com ela 
- Certo, mas porque ela me quer ai? Eu não vou perdoar o que ela fez - esbravejei
- Certo, ela sabe disso - mais barulho de papeis - Mas ela diz que tem algo a contar, e que só iria contar com você presente - suspirou - Sem mais delongas, precisamos da senhora aqui 
- E eu posso dizer que não? - bufei
- Na verdade não, a senhorita sera intimida se não comparecer 
- E quando eu tenho que ir ? - perguntei já nervosa 
- Hoje, daqui a .. Três horas - mais barulho, dessa vez de algo batendo 
- Ta, que se foda - bufei - Onde você esta afinal ? Essas merdas de barulhos estão me irritando - perguntei irritada
- Na penitenciaria senhorita, só resolvendo uns papéis aqui - disse e pareceu esbravejar com alguém - Estarei esperando quando você chegar. Alguma duvida?
- Sim, eu posso levar meu marido ?
- Bem, pode - pausa - Mais alguma coisa ?
- Não, muito obrigado - disse e a ligação foi encerrada 
- Quem era ? - Luan perguntou sentando ao meu lado - Você ficou branca no telefone, o que aconteceu dessa vez ?
- A Giovana, ela quer que eu vá até la - revirei os olhos - Quer contar alguma coisa, mas precisa que eu esteja presente 
- E você tem que ir ?
- Tenho, como é interesse deles, o advogado me disse que eu seria intimada se não fosse - disse olhando para o relógio - Daqui a três horas vou ser obrigada a ver aquela desgraçada 
- Não se preocupe - me abraçou - Eu vou estar la com você 
- Eu sei amor,eu sei - disse e deitei a cabeça em seu ombro

( ... ) 

 Essa manhã tomei o banho mais longo de toda a minha vida, a água caia sobre meu corpo, como um rio passa por um pedra. Eu mal sentia as gostas que se derramavam sobre mim, as lagrimas saiam sem cessar e eu só queria poder fugir. Passei o ultimo mês e meio tentando esquecer o rosto dela, esquecer que um dia fui sua amiga, e agora ela aprece e traz todas as lembranças daquele dia, traz tudo a tona novamente. E eu que pensava estar finalmente em paz, que finalmente poderia ser feliz sem mais sofrer, mas acho que eu estava enganada. 
 Já haviam se passado duas horas desde a ligação do advogado, eu e Luan já estávamos prontos, e avisamos os pais dele, pra que ficassem mais tempo com o Breno pois não sabíamos a que hora iriamos voltar para casa. ( ... ) Durante o caminho, Luan não desgrudou suas mãos da minha, tenho certeza de que ele também estava receoso, ele devia saber que se eu não pudesse controlar minha fúria, acabaria a matando. Quando chegamos, fomos revistados de todas as formas possíveis, me senti horrível e envergonhada, ele até nos fizeram tirar a roupa. Sei que quem me revistou foi uma mulher, mas mesmo assim .. Sai dali de cabeça abaixada e ao me encontrar com Luan fomos levados até um corredor, em frente a terceira porta estava um homem de gravata, ele parecia ter pouco mais de 26 anos , tinha cabelos pretos e olhos ligeiramente esverdeados 


- Olá, sou o Gustavo - ele disse dando um sorriso cansado - Você deve ser a Jéssy, estou certo!? - perguntou me olhando. Assenti sem falar nada, que gostoso gente .. Balancei a cabeça, não estava ali pra ver se o advogado era bonito ou não, e eu tenho marido. Se comporte Jéssy - Desculpe, o que disse ? - perguntou curioso
- O que ? eu ? - o olhei nervosa - Eu nada, acho que pensei alto 
- Ah sim - deu uma pequena risada - Me acompanhem por favor - disse se virando
- Eu posso saber, porque chamou ele de gostoso ? - Luan perguntou baixinho, segurando meu braço enquanto íamos atras dele 
- Eu não chamei ele de gostoso - falei baixinho - Você deve estar ouvindo coisas 
- Não, eu não estou - esbravejou baixinho - Espera chegar em casa, que você vai ver quem é o gostoso - disse segurando ainda mais firme no meu braço. Olhei pra frente e comecei a passar mal de calor, isso não tinha que acontecer agora, eu preciso me focar no aqui e agora, droga. 
- Filho da puta gostoso - disse baixinho pro Luan, antes de finalmente pararmos em frente a uma porta que tinha um vidro onde podíamos ver la dentro. Luan riu baixinho e Gustavo se virou para nós, ele parecia estar segurando uma risada 
- O que foi ? - perguntei já ficando vermelha 
- Óh, nada - tossiu - Podemos ? Ela esta aqui dentro - disse indicando a porta
- Podemos - respirei fundo - Deus me tire a força, se não vai dar merda - disse em voz alta. Dessa vez Gustavo soltou uma risada alta, mas logo se recompôs. Também, ele é muito novo pra ser advogado, não sabe nem ser discreto. Entramos na sala e Giovana estava sentada com os braços cruzados em cima da mesa e a cabeça abaixada. Quando notou nossa presença, levantou o rosto e pude ver que ela havia chorado, nos braços ela tinha marcas de cortes e parecia estar bem mais magra do que da ultima vez que a vi. Do lado oposto da mesa, estavam três cadeiras, me sentei na ponta, Luan no meio e o advogado na outra ponta. Por alguns minutos ninguém falou nada, Gustavo pareceu tenso e começou a falar quebrando o silêncio
- Bem Giovana, estamos aqui - a fitou - Pode falar agora
- E não precisar ter algum policial aqui ? - ela perguntou baixo
- Não, eles estão nos vendo por uma câmera - disse apontando - E nos ouvindo também
- Am, tudo bem - disse brincando com os dedos - Eu sinceramente não sei como contar isso, eu nem sei se é verdade - gaguejou me olhando
- O que ? Conta de uma vez - esbravejei
- Tudo bem, não precisa se irritar - Luan disse me acalmando - Por favor Giovana, o que quer que seja, conte logo - a fitou
- Certo - respirou fundo - A algum tempo eu binha recebendo dinheiro do Fernando para o ajudar, e receberia mais , se .. Bem, isso não vem ao caso, o caso é que convivi por meses com ele, e acabei descobrindo alguns segredos que mantinha a sete chaves - me fitou - Entendam, não sei se é verdade, mas acho que vocês merecem saber - olhou Gustavo que fez um gesto para que ela continuasse - Bem, eu estava certo dia no apartamento do Fernando, ele havia saído e me pediu pra cuidar de tudo. Como não tinha muito o que fazer, comecei a limpar o apartamento todo e acabei encontrando uma caixa em baixo da cama dele, curiosa, a abri e dentro haviam varias fotos, e alguns recortes de jornal, comecei a ler e vi um acidente de carro - pausa - E acabei tomando um susto, vi o Téo e ... e a Jéssy, eles estavam sendo atendidos por para-médicos - me olhou enquanto falava - Ainda sem entender, vi que duas pessoas eram dadas como mortas, seus pais Jéssy - tomou folego - Então comecei a olhar as fotos, e la estava, aquela mulher que havia sido dada como morta ... Ela, ela estava com o Fernando, e ele a abraçava carinhosamente - olhei pro Luan assustada e precisei piscar algumas vezes para não deixar que as lagrimas escapassem de meus olhos - Sem entender mais nada, juntei tudo e esperei ele voltar, e quando ele me viu com a caixa virou uma fera, gritou comigo e quase me bateu - abaixou a cabeça choramingando - Ainda sim, o questionei sobre aquilo, e ele me disse que a mulher da foto, a sua mãe, estava viva - disse soluçando - Ele disse que os médicos erraram ao dizer que ela estava morta, disse que sua mãe acordou no IML , os funcionários ficaram assustados, e tentaram entrar em contato com vocês - pausa - Mas não conseguiram, ele me contou, que fez uma identidade falsa e se apresentou como se fosse o Téo ..
- Espera, como, como ele fez isso ? Minha mãe iria saber que ele não era o Téo - a interrompi nervosa - Ela teria avisado alguém ...
- Sim, eu também estranhei - ela disse retomando de onde parou - Mas depois ele me contou, que ela teve uma pequena perda de memória e que se aproveitou disso, depois, quando ela recobrou a memória, ele a convenceu de que seria ruim pra vocês se ela aparecesse viva assim do nado, e a levou pra morar num lugar afastado - me fitou - Eu não consegui o endereço, por isso pensei em contar isso com a policia presente, eles talvez possam acha-la
- Minha mãe - gaguejei me levantando - Minha mãe esta viva ? Luan, eu tenho que acha-la, ela esta viva Luan - Luan se levantou me abraçando com força
- Sim amor, nós vamos acha-la - acariciou minha cabeça - Eu prometo
- Mas espera - Gustavo disse a fitando - E o corpo que foi enterrado? Tinha um corpo, não tinha ? - ainda abraçada a Luan virei o rosto a fitando, eu não tinha pensado nisso
- Sim, ele subornou algumas pessoas e conseguiu o corpo de uma mulher muito parecida com a mãe de vocês - pausa - Eu acho que vocês não devem ter visto a diferença e ..
- Não, eles mal nos deixaram olhar pra ela ! Disseram que ela estava muito deformada, e que era melhor que o caixão ficasse fechado - chorei em desespero - Só ha vi de relance, quando a tampa foi aberta por alguns segundos, mas eles logo fecharam - me sentei em prantos - Me engaram, me engaram esse tempo todo - comecei a soluçar em desespero.
- Bem, acho que podemos ir agora - Gustavo se levantou - Tenho certeza de que os policiais irão investigar isso - me fitou - Irei acompanhar pessoalmente esse caso. E Giovana - a fitou - Você ainda tem algum acesso ao apartamento do Fernando ?
- Eu tenho uma cópia da chave, ficou na minha casa
- Certo, cuidarei disso também - me fitou - Você deve estar abatida, gostaria de tomar alguma coisa ? Eu posso pedir que tragam água, ou ..
- Não, tudo bem - me levantei secando o rosto - Aonde fica o banheiro ? - perguntei já perto da porta. Gustavo me disse aonde ficava e fui até la, entrei e tranquei a porta. Na parede havia um espelho e parei em frente a ele, comecei a relembrar o dia do acidente, todo sofrimento que passei achando que tinha perdido meus pais, pra agora descobrir que minha mãe esta viva. Não aguentando mais desabei ali mesmo, no espelho, eu via refletida toda a minha dor


 O que mais me feria, era saber que minha mãe concordou em ficar longe de mim, concordou em se esconder do que ficar com a gente. Ela não pensou na gente, sera que não pensou que estávamos sofrendo ? Que se ela ficasse com a gente nós talvez tivéssemos seguido caminhos diferentes, talvez ela pudesse ter orientado o Téo, talvez ele pudesse estar vivo agora. Como ela pôde ter sido tão egoísta assim ? E aquele desgraçado do Fernando, ele arruinou parte da minha vida, ele tirou de mim o direito de ter a minha mãe comigo. Droga, quantas vezes precisei dela, quantas vezes chorei sentindo sua falta, e ela esta viva em algum lugar, vivendo a vida dela sem mim, sera que ela sabe que meu irmão morreu ? Sera que ela ainda se importa ? Meu Deus, como o se humano é horrível, ganancioso, trapaceiro , cruel ... Eu não sei mais se acredito que as pessoas possam ser boas umas com as outras, só vejo o mal, em todo lugar que olho só vejo o mal.

( ... )

 Quando sai do banheiro encontrei Luan parado no corredor, quando me viu, veio em minha direção e me abraçou com força, chorei ainda mais em seu peito, ele era o único que conseguia me confortar nos momentos ruins, o único que me entendia mesmo quando eu não dizia nenhuma palavra. Deus, que não tirem ele de mim também, já me tiraram tanta coisa, mas não suportaria perder ele também, ele é minha salvação nesse mundo filho da puta.
- Jéssy, me desculpe - Gustavo nos interrompeu - Mas a senhorita Giovana pediu pra falar com você a sós, só se você quiser é claro - disse com olhar de pena
- Não, tudo bem - enxuguei as lagrimas - Eu vou - olhei pro Luan - Me espera no carro, por favor ? - ele apenas fez que sim e se retirou. Voltei até a sala onde ela estava e entrei, Giovana me olhou surpresa, provavelmente pensou que eu não viria. Me sentei de frente pra ela e a encarei por alguns minutos, até finalmente conseguir falar
- O que você quer conversar comigo ? - disse séria
- Olha, eu sei que você não vai me perdoar - Titubeou - Mas, eu preciso te pedir perdão, preciso pelo menos saber que fiz isso, entende ? - choramingou - Não quero que tenha pena de mim, de me ver desse jeito, ou que ainda sinta alguma simpatia por mim - me fitou - Só quero pedir perdão, quero que você saiba, que vou passar o resto da minha vida me arrependendo do que fiz, e vou me culpar por tudo, por tudo o que tem acontecido de ruim com você - pausa - Sou a pior pessoa do mundo, a pior amiga que alguém poderia ter .. Você não merecia ter me conhecido não merecia ter passado por tudo isso - choramingou - Eu estava desesperada por dinheiro, minha mãe estava com dividas e eu não sabia o que fazer, ela ia perder a nossa casa - disse enxugando as lagrimas - Mas nada justifica o que eu fiz pra você, nada - abaixou a cabeça chorando
- Já chega - disse me levantando - Você sabe que não merece meu perdão, não sabe ? - a fitei - Você não tem noção do tamanho do meu sofrimento, da dor que passei naquele lugar - esbravejei - De todo o medo, o medo de que algo acontecesse com meu filho, comigo! - apontei pra mim mesma - O medo que tive de que ele matasse o Luan - choraminguei - Da dor de ver que uma amiga havia se tornado uma inimiga - disse enquanto nós duas chorávamos - E da minha dor agora, ao saber que minha mãe esta viva, ao saber que você sabia disso e não me contou - cerrei os dentes nervosa - Você não merece nem um pouco o meu perdão !!
- Eu sei - disse chorando - Me desculpe, eu ..
- Mas eu vou perdoar você - disse parando perto da porta - Vou te perdoar, pois o pior veneno para mim é conviver com essa raiva, esse rancor guardados dentro de mim - apontei para mim novamente - Estou te perdoando, mas não por você, por mim !!! - afirmei - Estou te perdoando pra dar paz a minha alma - enxuguei o rosto - E eu espero do fundo do meu coração, que você possa ser feliz, que aprenda a ser uma pessoa boa e que não traia a confiança de mais ninguém - a olhei uma ultima vez - Adeus Giovana - disse saindo e fechando a porta atras de mim.

6 meses depois .. Casamento de Bruna e Lucas ...

Ei minhas neguinhas lindas *-*, como vocês estão ? Bem eu espero ! Desculpem a demora pra postar ta? To com a cabeça a mil aqui, e to vendo que a fic vai durar mais alguns capitulos, como disse não sei mais quantos ! Sempre acho mais ideias e também não quero fazer o final que planejei na correria ! kkk Enfim, isso ^ desse capitulo, não estava nos meus planos, mas né kkk O capitulo ia ser totalmente diferente, ia ser o casamento e tals, mas enfim, acho que vocês gostaram por ser um capitulo mais né ?! kkk Ta, vou parar de falar, comentem me dizendo o que acharam disso tudo, e se acharam que a Jéssy fez certo em perdoar a Giovana ? Me contem o que acham ! Beijos amores


sexta-feira, 10 de julho de 2015

Capitulo 113

Deixe eu te mostrar como estou orgulhosa de ser sua
Deixe esse vestido uma bagunça no chão 
Porque eu só quero estar bonita para você, bonita para você
- Selena Gomez - Good for you


Ainda estava chocada com o que Beatrice me disse, então foi ela ? Foi ela quem matou a Barbara, e esse tempo todo ninguém desconfiou dela. Mas sera que foi ela mesmo? Sera que não foi o Fernando ? Ou se não .. meu irmão ? Ele teria coragem de matar alguém ? Não, é claro que não, ele nunca chegaria a esse ponto. Olhei pro corpo de Beatrice no chão e soube que eu nunca saberia a resposta, isso iria ser enterrado junto com eles, e eu jamais conseguiria saber qual deles realmente fez aquilo.
 Luan se levantou do chão um pouco aturdido e veio até mim, o olhei sem acreditar em nada daquilo e ele me abraçou de lado, deitei a cabeça em seu ombro e comecei a chorar, não sei se por alivio de aquilo tudo ter acabado, ou se era por ainda estar com raiva da Giovana, ou se eu simplesmente precisava chorar daquele jeito. Olhei pro lado e vi Giovana parada, sua boca se abriu como se fosse falar alguma coisa, mas seja o que fosse, ela desistiu de falar, se virou e saiu. Pouco depois o delegado e alguns policiais entraram la dentro, ficaram surpresos ao ver Beatrice e Fernando mortos no chão da casa, mas não disseram nada, apenas nos guiaram para fora. Perto das viaturas vi Giovana ser algemada e colocada no banco de trás, pelo vidro vi que ela chorava com a cabeça abaixada, quase tive vontade de abraça-la, mas não sei se é real, não acredito que ela esteja sendo sincera em se arrepender, e mesmo que esteja, eu acho que nunca vou conseguir perdoar o que ela fez.
- Senhorita Jéssy, esta tudo bem com você ? - policial Paulo perguntou
- Acho que sim - funguei - Como conseguiram passar com os carros?
- Nós conseguimos achar uma outra estradinha - me olhou sério - O que aconteceu la dentro afinal ? Aquela que estava morta não era amiga de vocês ? - olhou pro Luan
- Achei que era - ele respondeu afetado - Mas parece que me enganei, ela era irmã do Fernando, o cara que sequestrou a Jéssy
- Nossa - Paulo pareceu não acreditar - Nem sei o que dizer
- Mas eu sei - o delegado disse chegando perto de nós - Descobrimos um quarto envolvido, ele estava escondido no mato. Podem traze-lo - disse aos policiais. Olhei na direção deles e quase não acreditei no que vi, não podia ser ele, podia ?
- Henrique ? - perguntei assustada - Você também participou disso ?
- Que pergunta idiota - rosnou - É claro que sim, ou acha que depois de tudo o que você fez comigo eu ia deixar barato ?
- Mas como .. Você nem conhecia o Fernando - gaguejei
- Não, não conhecia até aquele dia no hospital - me fitou - Aquele desgraçado vivia seguindo você, e estava la aquele dia, escondido claro - os policiais ficaram atentos e ele começou a contar como foi que entrou nisso tudo

Alguns meses atrás ....

 Eu estava saindo do hospital, cuspia fogo por vocês não terem deixado eu ver meu filho, aquilo não podia ficar daquele jeito, eu tinha meus direitos, afinal era o pai dele. Parei na entrada do hospital e acendi um cigarro, e parei pensando em como conseguiria vê-lo sem vocês me barrarem  - contou apontando pra nós - Quando um cara esquisitão veio correndo la de dentro e parou na minha frente
- O que é ? Também vão me proibir de fumar ? - praguejei achando que ele era dos seguranças do hospital. Ele riu e negou com a cabeça
- Quero falar com você - disse acendendo um cigarro
- Não tenho tempo pra jogar conversa fora - rosnei - Preciso ver meu filho
- É do seu interesse - disse com um sorriso idiota na cara - Posso até conseguir que veja seu filho, mas em troca quero alguns favores - disse se encostando na parede
- E que favores são esses ? - perguntei desconfiado
- Bem, não sei ainda - coçou o queixo - Mas posso te dizer que é sobre os dois la dentro, os que não te deixaram ver seu filho - piscou - Sou doido por aquela mulher, e a quero pra mim
- Ah entendi tudo, esta armando pra separa-los
- Mais ou menos isso - riu - Minha irmã quer o vesguinho,, então esta me ajudando também - tirou o cigarro da boca - Mas chegando ao que interessa, tenho um bom plano caso não consiga separa-los, e se isso acontecer, vou precisar de ajuda
- Sei, certo - cocei o queixo - E o que envolve esse seu "plano de emergência"
- Meu plano de emergência - riu - Certo, envolve sequestro, talvez até mortes ... Mas chega disso, quer ou não ver o seu filho ?
- Claro que eu quero - rosnei - Ande logo com isso, eu te ajudo quando precisar ! - disse jogando o cigarro no chão e pisando em cima dele. Ele se apresentou como Fernando, e naquela mesma noite de algum jeito me ajudou a ver meu filho e a sair sem ser visto por ninguém.

Agora ...

- Então esse desgraçado já estava planejando isso a meses ? - Luan praguejou
- Bom, parece que sim não é - Henrique disse irônico - A algum tempo ele me ligou, e aqui estamos nós - bufou - Satisfeitos ? E agora, onde esta meu filho, ele já saiu do hospital?
- Você não sabe ? - me encolhi cruzando os braços
- Do que ??
- O Téo morreu, nem chegou a acordar - abaixei a cabeça
- O QUE ? COMO? ... AQUELE DESGRAÇADO DO FERNANDO ME DISSE QUE ELE ESTAVA VIVO, QUE EU O VERIA DE NOVO DEPOIS DESSE MALDITO SEQUESTRO - gritou enfurecido - ÓH MERDA, ELE ME ENGANOU, SE ELE JÁ NÃO ESTIVE-SE MORTO - cuspiu - EU O MATARIA - se debateu
- Calma ai cara, melhor levarmos você pra viatura - os dois policiais que o seguravam o levaram até a viatura e o colocaram no porta-malas, acho que não seria seguro para eles viajarem com ele no banco de trás do carro, ele poderia surtar la dentro. Quando voltaram nos guiaram até uma das viaturas, entramos no banco de trás e fomos levados até a delegacia, la demos queixa e contamos em detalhes tudo o que aconteceu dentro daquela casa. Segundo o delegado Giovana ficaria presa por 5 anos e Henrique por seis.
 Assim que saímos da delegacia, vários repórteres vieram em cima de nós, eles queriam saber o que havia acontecido e o que pretendíamos fazer agora, Luan ficou furioso e por pouco não bateu em um deles. Com ajuda de alguns policiais eu o Luan e nosso filho fomos até nosso carro que havia sido trazido para cá mais cedo, nos despedimos do policial Paulo com um aceno de mão e partimos em direção ao apartamento. Durante o caminho eu e Luan permanecemos calados, os motivos dele eu não sei, mas os meus eram muitos, eu estava com medo, sempre que tudo parecia estar bem algo acontecia, sera que nosso sofrimento já acabou? Sera que não tem mais ninguém afim de nos atrapalhar, de nos separar? Por que eu sinceramente não aguentaria mais nada, tudo isso já mexeu dimais comigo, só quero que eu, meu marido e meu filho tenhamos paz.

( ... )

 Ao chegarmos no prédio, Luan estacionou o carro no estacionamento e saímos de mãos dadas. Breno dormia em meu colo, e parecia nem saber o que havia acontecido, ele sim tinha sorte. Assim que entramos no apartamento senti uma angustia, aquele não parecia ser mais o meu lugar, aquele apartamento agora trazia lembranças dimais, principalmente daquele desgraçado.
- Luan - disse parando em frente a ele - Não quero mais ficar nesse apartamento
- É, eu também não - ele disse olhando em volta - Ainda podemos ir pra nossa casa, você quer ? - perguntou me olhando
- Quero muito - respondi
- Então é o que vamos fazer - beijou minha testa - Vou providenciar, iremos pra la o mais rápido possível - sorriu de lado
- Obrigado - sorri lhe dando um selinho - Vou colocar ele no berço, ele precisa dormir - ele assentiu e fui com Breno até o quarto, o coloquei no bercinho e me sentei na poltrona ao seu lado. Fiquei o olhando dormir e rezei pra Deus que aquela paz fosse permanente, não queria mais sofrer e nem ver os dois homens da minha vida sofrendo. ( ... ) Já era quase uma da madrugada quando eu e o Luan fomos nos deitar, estávamos exaustos, mas mesmo assim não conseguíamos pegar no sono
- O que você vai fazer agora Lu ? - estava deitada em seu peito enrolando os fios de cabelo com os dedos - A Beatrice estar morta, e a Giovana foi presa ... Você ta sem baking
- É, eu nem pensei nisso - fez carinho na minha cabeça - Vou pedir pro Anderson ver isso, to sem cabeça pra nada, nem sei se quero fazer os shows
- Ei - me virei ficando apoiada nos cotovelos - Nada disso, suas fãs não tem culpa, e elas já estão a bastante tempo sem show, não acha ? - dei de língua - E agora temos uma pessoinha pra sustentar, esqueceu ?
- Você tem razão - se ajeitou na cama - Mas é foda fazer show, depois de tudo isso - suspirou - Nem sei como minhas fãs vão reagir com tudo isso - me olhou sério
- Vão ficar chocadas, só isso - subi em cima dele - Você precisa parar de se preocupar tanto, suas fãs não vão te abandonar - beijei seus lábios - Muito menos por uma coisa que não é culpa sua
- Eu sei, é que elas não merecem sofrer tanto por causa de mim - se sentou me fazendo sentar entre suas pernas - Queria poder recompensa-las de alguma forma
- E pode,é só fazer os shows - ri apertando seu nariz - E dando aquela sua reboladinha, que nossa senhora - umedeci os lábios
- Você esta me provocando - ele disse rindo - Pode parar
- Não estou nada - dei uma rebolada no seu colo e sai de cima dele - Você sabe que não tem clima - andei até a porta - Vou tomar água, você quer ?
- Malvada - disse balançando a cabeça. Ri e fui até a cozinha beber água, quando voltei me deitei ao lado de Luan e fingi dormir, Luan ficou se mexendo na cama e depois se levantou indo até o banheiro, ri em pensamento e só ai conseguir dormir.

( ... ) Alguns dias depois ...

 Já havia se passado quase um mês desde o ocorrido, Luan havia retomado a rotina de shows e eu fiquei em casa cuidando do Breno Gabriel. Nos mudamos dois dias depois do sequestro, os pais do Luan a Bruna e o Lucas foram super gente fina e nos ajudaram com tudo, a Bruna até montou o quartinho do Breno e ficou uma graça. Hoje chamei a Thais pra vir ficar aqui comigo, como a Bru ta correndo pra marcar casamento essas coisas, quase não tem vindo aqui e eu me sinto bem sozinha, sinto falta de alguém pra conversar
- Cheguei - Thais disse já entrando - Cade o meu amor ?
- Ta no quarto - ri de seu jeito escandaloso - Acabou de acordar
- Que bom, pois eu não ia deixar ele dormir - disse subindo as escadas - Você vem ?
- Vou sim, só um minuto - ela deu de ombros e subiu. Peguei algumas roupas que estavam lavadas no sofá as dobrei e subi com elas pro meu quarto, depois de as guardar entrei no quarto do Breno e a Thais estava o segurando no colo com cara de boba
- Quem é o bebe da titia ? É o Breno - dizia sorrindo
- Que fofura - disse rindo - Mas ele precisa tomar banho
- Ah justo agora ? - disse fazendo bico
- Sim senhora - ri - Vem cá filho - o peguei no colo - Agora você vai tomar seu banho ta? - disse fazendo bico e ele me beijou


- Em mim você não da beijo né Breno ? - Thais se fez de brava - Ta bom então, eu vou embora - virou as costas e foi marchando até la embaixo. Ri balançando a cabeça e fui com meu filho pro banheiro, coloquei a banheirinha dele dentro do box e tirei os sapatos, depois de tirar a roupinha e a fralda dele o coloque na banheirinha e dei um banho quentinho nele. Enquanto eu o banhava ele ia brincando com uns patinhos de borracha e eu achei aquilo uma graça, o Luan ia ficar babando se visse isso, ele queria ver cada movimento do filho. ( ... ) Quando acabei o sequei, coloquei uma fralda limpa e coloquei sua roupinha . Depois de limpinho peguei um dos seus brinquedos e desci com ele até a sala, Thais estava sentada no sofá olhando algumas revistas e abriu um sorriso quando viu que eu havia descido com o Breno.
- Ah finalmente, vem com a titia vem - esticou os braços e Breno foi caindo pro lado querendo ir pro colo dela. Ri e deixei que ela o pega-se
- Agora sim ele ta limpinho - ri - Vou preparar a mamadeira dele, vê se não vai babar ele todo dona Thais - ela deu de língua e fui rindo até a cozinha. Coloquei o leite no fogo e depois deixei esfriar um pouco, coloquei na mamadeira e fui até a sala. Thais resmungou mas me entregou meu filho, o amamentei e ele logo pegou no sono novamente
- Muito obrigado - me olhou zangada - Agora ele vai demorar pra acordar
- Para de ser criança - ri - Ele precisa dormir, esta em fase de crescimento
- Em fase de crescimento - revirou os olhos - Ele devia era ficar acordado e brincar com a titia dele, eu quase não vejo ele sabia ? O Luan não me da folga !
- Como você exagera - ri - E não me venha com essa, o Luan precisa de você e eu sei que tu gosta de trabalhar com ele - disse rindo. A duas semanas o Luan chamou a Thais para ser assessora dele e ela aceitou, depois vem dizer que não gosta dele. - Não sei como ele te aguenta, só faz duas semanas e você já ta reclamando ?!
- To, porque seu marido é chato e eu não aguento mais ele - deu de língua - Você não sabe o quanto foi difícil ele me deixar passar esse fim de semana em casa pra resolver minhas coisas - bufou - Ele só deixou porque eu disse que viria ver você e o bebe
- Sei, e o Anderson ? Ele não disse nada ?
- Não, ele não se mete a besta comigo u.u
- Já ta botando o terror hein ?! - ri - Mas como ta o meu marido ? To com tanta saudade dele, queria poder ver ele todo dia igual você
- Ah ele ta bem, não para de falar de você - revirou os olhos - Tu tem que dar pro seu marido, ele ta parecendo um cachorro no cio - me olhou séria - Não aguento mais ele falando de você, tem hora que ele até baba !
- Ah Thais pelo amor de Deus - gargalhei - Olha as coisas que você diz, credo - ri e meu celular começou a tocar, era o Luan - É meu amor, me da licença
- Claro, vai la falar com o tarado ! - gritou enquanto eu atendia
- Oi amor - ri - Que saudade
- Também estou com saudade amor, como você esta ?
- Bem meu amor, e você ?
- Melhor agora - senti que ele sorria do outro lado da linha - E o nosso filho?
- Ele ta bem, ta dormindo agora - sorri ao dizer isso - E a Thais ta aqui, ta falando super bem de você sabia ?! - ri
- Ah eu até imagino, o que ela andou falando hein?
- Ela disse que é melhor eu dar pra você, pois você esta parecendo um tarado
- Ah meu Deus, eu ainda mato ela - disse sério - Mas olha, não seria má ideia !
- Tarado ! - disse rindo - Quando você volta pra casa ?
- Em uma semana - disse mais calmo
- Hm, sera que vou aguentar tudo isso ? - disse com voz sensual
- Não me provoca dona Jéssy - disse me fazendo rir
- Não estou provocando - ri - Agora vou desligar, a dona Thais fez o favor de acordar o nosso filho - suspirei - Te vivo meu amor
- Também te vivo amor
- Beijo
- Outro - pausa - Bem na sua bunda
- Sem vergonha - ri - Um beijo bem na cabeça do Luan jr - disse e desliguei antes de ele responder. Ri e fui até a cozinha, Thais estava com Breno nos braços e mostrava pra ele um bonequinho que tinha de enfeite na bancada,
- Não acredito que você acordou ele Thais - cruzei os braços
- E não acordei, ele acordou com suas risadas
- Eu te conheço dona Thais - a olhei séria - Agora quando ele fizer coco você quem vai trocar a fralda dele, só pra aprender
- A não Jéssy, por favor - veio atras de mim resmungando. Me sentei no sofá e fiquei ignorando ela. O resto da tarde foi tranquilo, Thais ficou me ajudando a cuidar do Breno e assistimos a alguns filmes. Quando anoiteceu ela foi embora e eu fui me deitar.

Uma semana depois ... Luan Narrando 

 Cheguei em casa doido de saudades da minha mulher e do meu filho, quando entrei percebi que a casa estava em silêncio e comecei a ficar preocupado. Procurei no andar de baixo e nem um sinal da Jéssy ou do meu filho. estranho, ela sabia que eu chegaria hoje
- Jéssy, cade você amor ? - gritei perto das escadas
- Aqui em cima amor - a ouvi gritar. Subi as escadas correndo e vi que o chão do corredor estava repleto de pétalas de rosas vermelhas. Algumas velas enfeitavam a mesinha que ficava ali e eu comecei a desconfiar de que ela estivesse aprontando algo.
- Mas o que ta acontecendo aqu.. - parei na porta do nosso quarto e meu queixo foi no chão
- Surpresa - ela disse sorrindo. Jéssy estava só de lingerie , com os cabelos soltos e um chicote na mão. Olhei para a nossa cama e ali em cima tinham alguns brinquedinhos de adulto. Olhei novamente pra ela e ainda não conseguia fechar a boca. - Vai ficar ai parado?
- Só se eu for louco - larguei as malas no chão e fui até ela. Coloquei minha mão em sua nuca e a puxei para mim, a beijei ferozmente como um animal que ataca a presa, minha outra mão escorregou até seu bumbum e o apertei com força. Ela sorriu entre o beijo e me puxou pela gola da camisa, cai na cama em cima dela, e desesperado comecei a tirar a camisa, fiquei de joelhos na cama e comecei a desabotoar os botões da calça, me atrapalhei e quase arranquei tudo. Jéssy riu e veio me ajudar, soltou um por um os botões da calça com a boca, e depois me ajudou a tira-la. A coloquei de joelhos assim como eu estava e beijei seus lábios, meu pênis já latejava de desejo, e eu mordi seu lábio inferior enquanto descia uma de minhas mãos até suas partes intimas


 Ela gemeu puxando meu pescoço, abocanhei seu pescoço e dei um chupão delicioso, depois a joguei deitada na cama e segurei suas mãos acima da cabeça. Desci a boca por seu peito nu e dei leves mordidinhas, Jéssy enroscou suas pernas nas minhas e se erguia encostando sua vagina em mim, rocei meu membro duro nela e gemi enquanto me levantava. Olhei para os brinquedos que estavam na outra ponta e vi uma corda vermelha, ela sorriu e me entregou a corda, então a amarrei ao lustre que havia no quarto, Jéssy se aproximou colocando as mãos pra cima, sorri e amarrei suas mãos ali
- O que vai fazer agora ? Estou presa, você tem total controle sobre mim - ela disse com uma voz sexy que me fez pirar. Sorri mordendo os lábios e me aproximei dela, comecei a masturba-la por cima da calcinha enquanto sugava seu pescoço


 Tirei minha cueca, e rocei meu pênis em suas partes intimas, ela gemeu envolvendo suas pernas em volta da minha cintura, gemi mordendo sua orelha e com pressa usando as duas mãos arranquei sua calcinha, a penetrei ali mesmo de pé. Nosso movimentos eram intensos e eu a penetrava cada vez mais forte, os gemidos dela só me deixaram mais exitado. Investi com força e rapidamente chegamos ao nosso clímax. Sai dela e fui até a cama, peguei o chicote que estava ali e ao vê-lo ela sorriu. Me aproximei novamente dela e me preparei para dar algumas chicotadas em seus bumbum


 Dei varias chicotadas em seu bumbum, tomando cuidado para não machuca-la. A cada golpe ela soltava um gemido, e a cada gemido meu pênis ganhava mais vida, estava começando a latejar de desejo novamente, quando não aguentei mais, soltei o chicote no chão e a penetrei por trás, ela gemeu alto e eu agarrei seus seios, os bolinando a cada nova investida. Quando gozei novamente, a agarrei com força, a tirei dali e fomos para cama. Não sei porque, nem por quanto tempo, mas naquela noite nós nos amamos loucamente.

( ... )

 No dia seguinte acordei com os raios de sol invadindo o quarto, olhei pra Jessy que ainda dormia e sorri pensando em como eu era sortudo por ter a ela e ao nosso filho. E ao pensar nisso, me lembrei que não o vi, onde estava o Breno ? Já ia acorda-la quando ela lentamente abriu os olhos e sorriu pra mim enquanto se espreguiçava
- Amor, cade o Breno ? - perguntei preocupado
- Ah, eu deixei ele na casa dos seus pais - disse tocando meu rosto - Não precisa se preocupar, hoje a tarde sua mãe vem nos visitar e vai traze-lo aqui
- Ufa - ri aliviado - O que deu em você noite passada ?
- Bem, eu estava com saudades - andou com os dedos em meu peito nu - E andei assistindo a um certo filme chamado cinquenta tons de cinza - riu mordendo os lábios
- Ah rapaz, eu quero ver esse filme ! - ri e dei um pequeno beijo nela
- Vamos ter bastante tempo pra isso - sorriu. O celular dela que estava em cima do criado mudo começou a tocar, me estiquei o pegando e o entreguei a ela, ela atendeu depois de alguns toques - Alô ? Sim sou eu ! .. Quem é ? .. Aham, mas pra que ? .. O QUE? NÃO, VOCÊ FICOU LOUCO ..

 Me desculpem não ter postado antes amores, por favor :( , faz alguns dias que estou tendo dores no pulso e estou morrendo de medo de ter que por gesso de novo (eu tenho tendinite). Por isso me perdoem, tentei deixar o capitulo grande pra compensar vocês ! E ai, gostaram ? O que acharam do hot? Fazia tempo que eles não ficavam juntos assim né ?! kk E da Thais ser assessora do Luan, gostaram ? E esse final? Sera que vou aprontar com vocês ? kkk Prometo que não vai ser nada de grave, palavra de luanete ! E alem do mais, estamos chegando ao fim da fic, já não tenho certeza se vai acabar no 115, pq no 114 esta fora de questão, mas vou e organizar aqui e assim que eu tiver certeza aviso vocês okay ?! Agora comentem, me digam o que estão achando ! :3